Epílogo

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21 de Janeiro de 1895

Eu peguei o carro dela e corri em direção a BR-141.
Estava tão ansioso e preocupado que eu havia passado dois sinais vermelhos e estava acima da velocidade.

Quando cheguei perto do ponto do acidente escutei a sirene alta.

Tentei passar pela barreira da polícia mas os polícias só me deixaram passar quando apresentei os documentos do meu carro.

Ela estava na maca.
O rosto estava todo marcado e roxo, sua blusa amarela estava suja de sangue, e seu cabelo sempre perfeitamente alinhado estava uma bagunça.

-E o menino? - Perguntei histérico-Cade o garoto?

A médica que cuidava dela me olhou e sorriu.

Não era um sorriso bom.
Significa Sinto muito.

-Ele já foi enviado ao IML.

Eu chorei naquele instante.
Como nunca havia chorado.

Eu ainda pensava que você ia ficar bem.
Mas eu estava enganado.
Voce não ia.

Você teve três escoriações, duas costelas quebradas e precisaram amputar sua perna para conseguir te tirar do carro.

Eu sabia que você não iria sobreviver.
Mas eu preferi acreditar que talvez sonhos pudesse se realizar.

-Você não pode me deixar Aurora. Não pode.

Eu sussurrei.
Ela não estava me ouvindo.

-Desculpa por tudo, por todo que eu fiz, só quero te dizer uma coisa, é uma pena que seja tarde demais, mas eu me arrependo.
Me arrependo muito.
Talvez eu devesse ter ido com vocês ao museu.
Talvez eu devesse te ajudar a fazer os deveres do Vítor.
Talvez eu devesse ter te amado mais
Ser mais presente.
Me perdoa.
E eu te prometo eu não vou me cansar de tentar mudar isto, nem que eu morra tentando,eu vou arrumar um geito. Eu juro que vou.

Pardon AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora