Garden of evil

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Tate conduz-me a um campo coberto de flores, juro que nunca tinha visto nada assim.
Era uma clareira, rodeada de árvores  que faziam um círculo à volta das imensas plantas de imensas cores.
Estava um dia solarengo e ambos estávamos molhados.
Tate andou até o meio da clareira, pegando-me na mão arrastando me com ele.
Ele senta-se.
Sento-me também.
Tem as pernas cruzadas e os ombros relaxados, pega-me nas mãos e fecha os olhos.
Ao início não estava a perceber o que se estava a passar mas de repente ouvi, conseguia ouvir a água do rio a borbulhar e a cair lentamente por cima das pedras e paus que o atravessavam. E o vento. Brincavam juntos muito calmamente mas entusiasmados.
Esperei sentido a brisa sacudir o meu cabelo levemente.
-Tudo começou quando o meu pai deixou a minha quando se apercebeu que algo nela era errado- continuei calada, olhando-o. Tate estava descontraído e as palavras fluíam pela boca e continuava de olhos fechados.
-Deixou-nos. A mim, à minha irmã que tem síndrome de Dawn, e depois da morte de outro irmão meu, que a minha mãe decidiu sufocar.
As coisas pioraram, bebia a toda a hora, batia-nos e punha a minha irmã a limpar. Uma altura eu tinha acabado de chegar da escola, pousei as coisas e subi as escadas para ver a minha irmã. Encontrei-a no chão, numa poça de sangue, com a cabeça aberta e os olhos revirados. A minha mãe estava sentada na cama, com a minha irmã deitada à frente dela, como forma de submissão, quase. Ela tinha uma pistola na mão, e uma garrafa noutra.
''O QUÊ QUE FIZESTE?''
''Tratei do que dava trabalho''
Só me lembro de ela se levantar e atirar-me no ombro.- Nesse momento Tate baixa a camisola e vejo.uma cicatriz enorme a atravessar o ombro- Só me lembro de estar na cama, nu e ver a minha mãe em cima de mim, nua também, e foi com ela que perdi a virgindade. A partir daí, começou-me a violar. E eu deixava, porque era fraco, ela manipulava-me com a minha irmã. Congelou-a, desmembrou-a e de cada vez que me queria fazer obedecê-la mostrava-me a cabeça dela.
    Tate, torcia-se enquanto falava, mas continuava de olhos fechados e os ombros contraindo e depois descontraíndo.
Eu estava de boca aberta com o horror. Que tipo de mãe faria isso com um filho?
-Oh meu deus Tate! Lamento tanto. Eu nem sei o que dizer- Ele sacudiu os ombros.
-Eu não me.importo, agora não. Tenho-te a ti para me curar as feridas. Nunca me deixes Violet, és tu que me fazes voltar à vida, és tu que me fazes não pensar coisas más. - ele abre os olhos e levanta-se.
Levanto-me também.
-Eu não deixo- Olho para ele.
-Vais deixar, vais ter medo.
-Não vou. Não tenho medo de nada- Ele sorriu.
Beijou-me abraçando-me.
-Amo-te.
-Também te amo- olho para Tate que me beija a testa. Abraça-me.
E ficamos ali, como dois pássaros descobrindo de novo a vida e os sentimentos, expondo-nos nu um ao outro.

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Está aqui!
Estive a escrever enquanto vou para chaves para jogar futsal 😂
E vocês? Que andas a fazer?
Digam aí se gostaram deste capítulo e se gostaram de um dos segredos de Tate (spoiler).
Querem q comece a escrever outras fics?
Fiquem bem e estudem muito.
Thisispats 💜

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