Blood on the floor

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Está frio. Encaminho-me para a cozinha, quero fazer uma análise geral da casa, pois quase toda a gente que passou por aqui para investigar, os homens saíram desta casa insanos, não conseguem falar e foram reencaminhados para hospitais psiquiátricos e, as mulheres, todas elas desapareceram e ainda ninguém descobriu o que aconteceu com elas, até hoje.

Passo pela cozinha, esta é composta por azulejos brancos em quase toda a parte, tem uns armários de madeira escura, e tudo se encontra muito limpo, apesar desta casa estar abandonada há imenso tempo. Sinto alguém a observar-me, viro-me e nada mas no canto do meu olho vejo um vulto, uma senhora parecia-me.

Passo para a sala, os sofás estão cobertos com mantas  cheias de pó, caminho por entre o mobiliário, tudo parece tão bem conservado apesar do tempo. Abro as gavetas, papéis de fichas de pessoas e anotações, de um psicólogo parece-me, vejo um gravador e clico no play:

''The world is a filthy place. It's a goddman horror show. There's so much pain y'know?''

E mal esta frase acaba de ser proferida, sinto uma brisa na nuca, viro-me e um senhor alto de cabelo preto diz-me:

-Ele levou a minha filha sabias? Agora estamos presos aqui e não conseguimos sair- Grito de surpresa

-O quê? Eu tinha a certeza que estava sozinha! Como entrou?- falo alto olhando em volta tentando encontrar a entrada pela qual o senhor entrou mas quando olho de volta esperando pela resposta já ninguém se encontrava lá.

Arquejo.

Pouso o gravador na gaveta, mas tiro uma foto antes e aponto a frase e a minha pequena alucinação no meu caderno, pergunto-me se estou a imaginar coisas.

Decido subir as escadas, o primeiro piso tem 3 quartos. Entro na porta que se encontra em frente ao lanço de escadas, é um quarto que parece vazio, que nunca foi utilizado, as gavetas estão vazias e a cama é apenas constituída por um colchão. O segundo quarto é de casal, tem a cama feita e encontra-se incrivelmente limpo, como a cozinha e começo a questionar-me se alguém está responsável por manter a casa limpa. As cómodas ainda têm roupa, nas primeiras gavetas, de homem e nas últimas, de mulher.

Vou registando tudo com a máquina fotográfica e apontando no meu caderno.

O quarto tem também uma casa de banho onde se encontra uma pequena carteira de cabedal com um estetoscópio, suponho que houvesse um médico e um psicólogo em casa, e tudo se encontra em perfeitas condições apesar do registo das últimas pessoas a viverem nesta casa ter sido à 66 anos.

Passo então para o terceiro quarto e mal abro a porta, uma dor prespassa-me pelo peito, e os meus braços ficam dormentes.

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