Hide in the dark

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Levantamo-nos e Tate começa a andar calado.
Pega-me na mão e encaminha-me para o carro.
-Queres ir comer um gelado?-Pergunta-me.
-Quero.- Ele acelera a fundo.
Começo de novo a apreciar a viagem.
Desde que Tate me contou o segredo dele, uma parte da vida dele, que me parece diferente, agora está mais calado e os olhos deles estão mais escuros do que estavam antes.
-Disseste que não tinhas medo de nada- Ele diz.
-E não tenho.
-Não podes ter medo de mim- diz ele apertando-me o joelho com força.
-Não tenho. Nunca irei ter.
-Eu confio em ti.
-É por isso que estás com o meu pai? É por isso que estás no psiquiatra?
-Sim.
O resto da viagem foi calada. Cada um a refletir e cada um no seu pensamento. Sinto a pressão do silêncio em cima de nós.
Quando chegámos à cidade ele inclinou-se para mim antes de sairmos do carro, e beijou-me violentamente.
Um arrepio passou-me pela espinha e senti os meus braços a arrepiarem-se.
Saimos do carro e pedimos o nosso iogurte gelado com extra nutela e com morangos (melhor coisa de sempre).
Tate levou-me a casa e sentamo-nos no quintal a comer gelado.
-Tate, porque não queres ir para a Universidade?
-Porque nunca me encaixei muito bem na escola e acho que não irria correr bem se fosse para a Universidade.
-Tens saudades da escola?
-Mais ou menos.
-Então como arranjas dinheiro?- sorri ao perceber a estupidez da minha pergunta.
-É preciso mesmo saber?
-Não, talvez.
-Fazendo favores.
Continuei calada. Estávamos sentados numa borda das traseiras de minha casa que davam vista para a floresta.
E assim ficámos calados.
No fim, Tate despediu-se de mim e foi-se embora deixando-me naquele silêncio de emoções.
Porquê que me sinto como se estivesse a ser afogada?
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Desculpem estava sem inspiração e sem tempo...com a escola a acabar e os exames a chegar é como uma viagem no tempo. A unica coisa que faço é comer, dormir e estudar.
Desculpem estar a ser fraquinho

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