the geek boy, the pretty girl.

Capitulo 15

O toque finalmente fez-se ouvir indicando que a aula estava por terminada. Arrumei as minhas coisas o mais depressa possível, e peguei na minha mala e nos livros que voltariam ao cacifo, e dirigi-me a Marcel que estava a levantar-se com a sua mochila às costas.

- Está tudo bem pequena? - Ele disse, tocando com o seu indicador debaixo do meu queixo fazendo ligeiramente força para o encarar. Não tive outra escolha senão olhar para a sua face que transmitia preocupação, imaginava como estava a minha, pálida, com os olhos e os lábios traçados para baixo mostrando tristeza. Era assim que me via, com um rosto triste, porque era assim que me sentia.

Dei de ombros abraçando-o, ao qual ele retribui-o agarrando-me com força. A conversa Com Jannie mexeu demasiado comigo, e sentia-me culpada. Eu nunca contei nada do que aconteceu entre mim, Harry e Edward. Ele nem faz ideia, e não pode fazer ideia, não consigo sequer suportar a ideia de o perder quanto mais perde-lo mesmo.

- Que aconteceu Madi? - ele perguntou ainda abraçado a mim.

Era-mos os únicos naquela sala, e não me podia sentir melhor assim, os dois sozinhos, abraçados, sem olhares para cima de nós.

- Não se passa nada, a Jannie é que é muito chata, e eu tinha saudades tuas. - Enrosquei mais a minha cara no seu peito apertando-o mais contra mim. Ouvia o bater do seu coração acelerado, seria eu que o deixava assim?

Eu sei que Marcel me ama, mas claro que tenho as minhas dúvidas, e os meus ciúmes, então ele com aquela amiguinha lá dos estudos, não gosto nada. Porque? Porque eles são iguais! Como se vestem, a forma de ser, os gostos... Ah sei lá, são simplesmente iguais, e temo que ele me deixe por ela, ou então que esteja comigo por pena e a veja às escondidas. A imagem de ele e aquela bicha aos beijos num canto escuro deixa-me enjoada e afasto-me de Marcel para a janela da sala, que era no outro canto da sala de onde estava-mos.

- Que se passa? - Ouvi-o perguntar, abri a janela e deixei o ar infiltrar-se pelos meus pulmões á medida que inspirava.

- Nada porque?

- Porque ainda agora estavas a agarrar-me e agora afastas-te enjoada. Estás bem? Queres ir para casa? - Ele falou, e senti as suas mãos agarrarem as minhas ancas, e ele virou-me para si. Aquele olhar. Ele estava realmente preocupado comigo, awn.

- É só que... Ah não é nada, não te preocupes. -Voltei a dar de ombros e pus-me em biquinhos de pés para o beijar, dê-mos um xoxo e dê-mos as mãos. Ele riria se de mim se eu disse-se que estaria com ciúmes, iria me achar ridícula.

- Madi diz-me por favor que não é outra vez a Rachel. - Ele disse, bah, ele disse o nome daquela bicha. Todo o meu corpo estremeceu quando ele pronunciou o nome "Rachel" e ele riu-se. Eu disse que ele se iria rir. - Estás a ser totó em ter ciúmes dela, já te disse que somos apenas amigos, eu gosto é de ti, não dela.

- Tu não gostas dela, mas ela gosta de ti, eu sei que sim. - Falei aborrecida. Não estava a gostar desta conversa.

- Oh Madi não sejas tonta, eu e ela não seremos mais que amigos ok? Não te preocupes com isso. - E beijou a minha bochecha e começamos a andar para fora da sala, estava-mos na hora de almoço, e não a queria-mos passar aqui nesta espelunca á qual as pessoas chamam de escola, eu prefiro usar o termo "inferno" ou "prisão".

Estava-mos agora a passar o cartão para sairmos dali, iríamos almoçar ao Harrods provavelmente, ou em casa dele, não sei.

- Marcel, onde vamos comer? - Perguntei enquanto ele me dava a mão.

- Não sei, tens algum sítio em mente? - Ele disse, estava-mos ambos parados em frente á escola.