A cabeça âncora mantém lembranças no fundo do oceano
Nos bolsos buracos negros insisto em depositar esperança
Os pés asas nunca recebem vento o suficiente para voarem
A mãe coração se disfarça de sobrancelhas
Para esconder o propósito maternal com a pseudo inutilidadeCortem minha cabeça!
Para que meu corpo sem memória
Consiga emergir do mar
Amarrem meus pulsos!
Para que eu não perca minha fé
No breu do espaço
Arranquem meus pés!
Pois não preciso andar ou correr
Se não consigo voar
Rasguem meu rosto!
Penetrem meu coração!
Para que eu não mais possua
A melancolia familiar
E a frustração de Édipo.O espaço-tempo é um mosaico Construído por Deus.
Eu sou um pequeno traço
Na margem de uma fratura
Arquitetado pelo bem estético da geometria.
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O verdadeiro paraíso é a ascensão diária dos infernos cotidianos.
PoesiaColetânea de poemas ordinários. Foto: Lucas Giroto Obs.: "Pode ser que você não saiba, mas copiar algum texto completa ou parcialmente, sem dar os devidos créditos, ou sem a autorização do autor é crime com pena prevista em lei. O Código Penal tem u...