Me desloco, fugindo da luz,
E me torno mudo.
Escuto o breu, enxergo o silêncio
E sinto o gosto do futuro.Em unidade com a escuridão,
Encontro paz e alento.
Desconstruo a metafísica e a religião,
Para encontrar a pura autonomia.Minha língua coça ao pensar no não pronunciável.
E as mãos anseiam pelo escândalo.
Encontro a santidade
No profano que inunda minha mente.No beco mais profundo
Na esquina dos não lugares.
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O verdadeiro paraíso é a ascensão diária dos infernos cotidianos.
ŞiirColetânea de poemas ordinários. Foto: Lucas Giroto Obs.: "Pode ser que você não saiba, mas copiar algum texto completa ou parcialmente, sem dar os devidos créditos, ou sem a autorização do autor é crime com pena prevista em lei. O Código Penal tem u...