GreenVille

Infecção

Casa de Katie

Katie segura o telefone com firmeza, ouvindo as palavras do editor chefe ressoarem em sua mente.
— Eu não vou autorizar você postar isso! — Diz o editor chefe pelo telefone com Katie. — Isso é sensacionalista demais! Não podemos nos comprometer publicando algo que possa deixar as pessoas assustadas.
Katie aperta os lábios, sentindo a frustração crescer dentro dela.
— Jerry, isso não é sensacionalismo. Eu apenas quero apresentar que, tudo está sujeito à falhas — explica Katie, sua voz carregada de determinação. — Eu apenas estou tentando fazer o meu trabalho.
Um silêncio tenso paira no ar, antes de Jerry proferir suas últimas palavras antes de desligar o telefone.
— Então faça corretamente.
Katie suspira, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ela sabe que está em uma encruzilhada entre o dever profissional e a ética jornalística. Determinada a encontrar a verdade, Katie se prepara para mergulhar mais fundo na investigação, mesmo que isso signifique desafiar as ordens do editor.

Hospital de GreenVille

Um médico ainda pondo suas luvas anda pelo corredor em direção a uma das salas:
— Bem, o que temos aqui? — diz o Dr. ao chegar à porta da sala e encontrar um dos enfermeiros.
— Dr. Connor, que bom que chegou — diz o enfermeiro. — Ele chegou há alguns minutos. Estava se contorcendo. Tivemos que aplicar sedativo. Depois a pele dele começou a "apodrecer", e cair algumas partes. Nunca vi isso em minha vida.
— Ok. Deixe-me ver isso — disse o Dr. Connor.

Ele entra na sala, se aproxima do corpo e o examina:
— Mas que porcaria é isso? — Diz o Dr. perplexo.

Enquanto ele continua a examinar, o enfermeiro adentra a sala.
— Olha, eu também nunca vi nada parecido. — Palavras do Dr. Connor ao perceber o enfermeiro se aproximando, quando de repente ele começa a ser violentamente agredido:

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? — grita o Dr. enquanto o enfermeiro desesperadamente o espanca com suas mãos e o morde.

O barulho do confronto chama a atenção da enfermeira Rita:
— Oh meu Deus! SEGURANÇA! — grita ela pedindo por ajuda.

Porém, antes que a ajuda chegasse, o enfermeiro, já com uma esquisita aparência, se prepara para avançar contra ela. Ela agora corre pelo corredor sendo perseguida pelo enfermeiro.

Ao se aproximar de uma porta, surge o segurança, que percebe a estranha movimentação e saca sua arma:
— Pare aí mesmo! — ele ordena apontando sua arma.

Mas a ordem foi sem sucesso e ele dispara um tiro contra o perseguidor, que cai, mas ainda se arrasta pelo chão:
— Mas que merda! — diz ele ao se aproximar e efetuar outro disparo contra a cabeça.

Todos no hospital se assustam com os barulhos e um tumulto se inicia. A enfermeira Rita retorna ao local e vê o segurança próximo ao corpo:
— Ele está morto? — ela pergunta.
— Eu acho que sim. — responde o segurança. — O que foi que aconteceu? Por que ele estava agindo assim?
— Eu não sei. Eu estava passando próximo à sala, e ouvi o Dr. Connor gritando. Então quando abri a porta eles estavam brigando. — explica Rita. — Eu percebi que ele estava estranho, daí ele veio atrás de mim.
— Eu irei ver o Dr. Connor! — fala o segurança indo até a sala onde o episódio se iniciou.

Departamento de Polícia

Eis que o telefone da central toca, é uma ligação do hospital informando o episódio.
— Capitão Barnes! Houve um chamado urgente do hospital — um agente da polícia passando o recado para o capitão. — Houve tiros lá. Está a maior confusão.
— Bem na hora do jogo? — Diz Barnes frustrado — Ok filho, irei até lá. — continua o capitão.
— Preciso de uma unidade comigo agora! — pede o capitão antes de sair.

Casa de Katie

Ela está ligando para seu editor chefe:
— Katie, você sabe que horas são? — diz Jerry ao atender a ligação dela. — São 2 da manhã! Eu não sou o Batman para ficar a noite em claro tá?
— Desculpa Jerry, mas a culpa é sua. — diz Katie num tom cômico. — Estou enviando outra matéria. Dessa vez menos "sensacionalista".
— Escuta, vou avaliar e depois não quero que me ligue mais, entendeu? — diz Jerry, desligando a ligação.
— Nossa! Que mau humor. — brinca Katie.

Hospital de GreenVille

O Capitão de polícia chega ao local e encontra alguns agentes isolando a área:
— E então? Qual a situação? — pergunta o capitão, acendendo um cigarro.
— Já ouvimos alguns depoimentos — começa a explicar o policial. — A enfermeira contou que chegou ao quarto, e estava havendo uma briga. Disse que o médico estava sendo atacado pelo enfermeiro, e que ele estava estranho.
— Bom! Na aparência ele estava bem estranho mesmo — continua o agente. — Então a enfermeira foi perseguida, o segurança apareceu e disparou contra o enfermeiro.
— Só isso? — pergunta o Capitão.
— Em resumo é — responde o agente.

O Capitão vai para a área isolada e lá questiona o segurança e outro enfermeiro:
— Ei vocês! Onde está o médico que foi agredido?
— Ele está bastante machucado. Tivemos que levá-lo a outra ala para receber cuidados — responde o enfermeiro.
— Eu serei preso ou processado por isso? — pergunta o segurança.
— Vamos analisar o caso — responde o capitão. — Sabem o que pode ter motivado o conflito todo?
— Não — diz o enfermeiro. — Tínhamos todos um bom relacionamento.
— Hoje mais cedo chegou um paciente que estava um pouco estranho. Foi preciso aplicar sedativo para acalmá-lo. O Rick (nome do enfermeiro morto), ficou na sala aplicando outros medicamentos e supervisionando. Quando o Dr. Connor chegou, houve tudo isso — explica o enfermeiro.
— Paciente? Que paciente foi esse? — pergunta o capitão.
— Acho melhor o senhor vê-lo! — diz o enfermeiro.

Eles vão até a ala onde se encontra o tal paciente.
— Espere, este homem foi o que participou da experiência do Merlin. Ele foi o paciente zero — lembra o capitão.
— Pois é! — confirma o enfermeiro — A esposa ligou pra cá. Ele havia acordado e passado mal em casa. A pele estava estranha e ele bem agressivo.
— Ok! Aquela ala vai permanecer isolada até amanhã! — ordena o capitão — Eu vou precisar fazer uma visita ao Merlin.
— E outra coisa, vai dormir um pouco. Seus olhos estão estranhos — diz o Capitão já se retirando.