Correndo Riscos

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GreenVille

Muito próximo ao entardecer, Katie e Clarisse estão decididas a irem até a casa de Clarisse para pegar alguns itens para a menina:
— Ok, Clara, preciso te pedir um favor - diz Katie, tentando acalmar Clarisse - Você vai precisar ser forte agora, tá?
— Tá bom - responde Clarisse.
— Ótimo! - diz Katie, pegando as chaves do carro - Então, quer dizer que tem uma janela nos fundos? Então nós vamos quebrá-la e entraremos por ela.

Antes de sair, Katie leva consigo um martelo para ser usado para quebrar a janela e também para proteção. Ela se dirige até a porta e a abre. Observa o movimento do lado de fora antes de chamar Clarisse:
— Nenhum sinal de infectado - diz Katie já próximo à rua - Venha, Clarisse! Temos que ir até o carro rápido.

Elas rapidamente se dirigem ao carro. Katie o liga e sai em direção à casa de Clarisse, uma viagem de alguns minutos.

Peter

Peter dirige seu carro rumo à fronteira entre GreenVille e YellowTown. Ao chegar, ele é abordado pelos militares que fazem uma barricada.
— Desculpe, senhor! A área está bloqueada - diz um dos soldados.
— Eu preciso ir até GreenVille! - responde Peter.
— Senhor, eu já disse, ninguém passa pelo bloqueio - insiste o soldado.
Peter pega sua carteira e se identifica como agente das forças especiais:
— Escute, bom homem! Sou das forças especiais - diz Peter. - Eu preciso ir até GreenVille urgentemente. Estou numa missão.
— Senhor, não recebemos nenhuma mensagem sobre missão ou algo do tipo - diz o soldado.
— Escute, meu rapaz, eu realmente preciso entrar em GreenVille. Vidas estão em jogo. Quer ser responsável por ter impedido centenas de vidas de serem salvas? - argumenta Peter.
— Senhor, escute! - insiste o soldado. - Eu até poderia permitir a sua entrada. Mas não irei garantir a sua saída.
— Não será preciso! - diz Peter. - Tudo vai estar resolvido rapidamente.
O soldado finalmente concorda em deixar Peter ir a GreenVille.
— Estou indo te encontrar, Mia! - diz Peter, acelerando seu carro.

Centro de Pesquisas de YellowTown

Merlin está sozinho em uma sala, imerso em seus estudos sobre a cura para o vírus, quando um dos cientistas do centro adentra a sala:
— Dr. Merlin, como vai? - pergunta o cientista Ektor. - Não tem dormido bem desde que chegou aqui.
— Estou bem! - responde Merlin. - Eu só preciso desenvolver essa maldita cura.
— Quis dizer bendita cura, não é Dr.? - corrige Davis.
— Sim, sim, bendita cura - responde Merlin, um pouco constrangido. - Ou precisamos tomar outras medidas.
— Quais outras medidas? - pergunta Ektor.
— Não é bom falarmos sobre isso, Dr. Ektor. Pode acabar atraindo azar - responde Merlin.
— Você está certo! - concorda Ektor. - Qualquer coisa, sabe onde me encontrar.

O Dr. Ektor se retira, deixando Merlin sozinho na sala.
Merlin pega um celular e disca para um número.

Ligação sendo feita
— Alô? - responde uma voz pelo telefone.
— Preciso de um pequeno favor aqui no centro de pesquisa — responde Merlin
— Pode falar... - responde a voz misteriosa.

GreenVille

Katie e Clarisse chegam ao local pretendido.
— É aquela casa - diz Clarisse apontando para uma residência.
— Certo! - responde Katie desligando o carro. - Lembra do que eu te falei?
— Sim - responde Clarisse. - Eu devo ficar perto de você, e se eu ver algo devo te avisar.
— Exatamente! - diz Katie pegando o martelo e destrancando o carro.

Elas saem do carro, e atentamente atravessam a rua em direção à casa de Clarisse.
— Ok, é pelos fundos né? - pergunta Katie ao chegar em frente a casa.
— Sim! - responde Clarisse. - Temos que dar a volta.

Elas caminham até a parte de trás da casa. Já está quase anoitecendo enquanto estão naquele lugar.
— É essa! - indica Clarisse.
— Ótimo! - diz Katie se aproximando da janela. - Chega um pouco para trás, vamos abrir isso.

Katie começa a dar golpes na janela com o martelo. Os vidros se partem já na primeira, porém as partes em alumínio são mais resistentes. A ação de Katie gera um barulho.
Bem próximo, havia um infectado que se vê atraído pelo som. Katie já está próximo de conseguir abrir a janela, quando Clarisse avista o infectado se aproximando.

— Katie! - diz Clarisse sussurrando.
— Oi? - responde Katie.

Clarisse está imóvel e apenas olha em direção à rua. Katie se aproxima de Clarisse, e ao chegar próximo da menina ela vê o infectado perambulando pela frente da casa. Katie pega Clarisse pela mão tentando acalmá-la:
— Venha, vamos - diz Katie sussurrando enquanto tira Clarisse do campo de visão do infectado.

Ao saírem do campo de visão, Katie se abaixa e abraça Clarisse, esperando que o infectado se vá.
O infectado ronda toda a frente da casa, e ameaça ir em direção aos fundos. Ele caminha em direção, mas antes que pudesse chegar ele retorna pela ausência de som. E vai embora.
— Você está bem? - pergunta Katie.

Clarisse apenas acena a cabeça positivamente.

Katie decide tentar forçar a janela com suas próprias mãos. A janela já estava bastante quebrada, e logo ela consegue abrir um de seus lados.
— Tá bom Clarisse, consegue passar por aqui? - pergunta Katie.
— Consigo! - responde Clarisse.
— Ótimo, vou levantar você. Aí você procura a outra cópia da chave e destranca a porta, certo? - diz Katie.
— Tá bom - responde Clarisse.

Katie levanta Clarisse para que ela entre pela janela.
— Certo, sabe onde eles deixam as chaves, não é? - pergunta Katie logo após Clarisse entrar.
— Sim, é na sala - responde Clarisse.
— Tá certo. Vou estar na porta esperando você abrir - diz Katie indo até a frente da casa.

Katie chega à porta e aguarda Clarisse abrir. Porém, na rua o infectado novamente caminha. Katie bate discretamente na porta apressando Clarisse.
— EU ACHEI! - grita Clarisse de dentro da casa.

O infectado ouve a voz de Clarisse e avista Katie na porta. Imediatamente ele começa a correr em direção à ela. Katie desesperadamente bate a porta.
— Clarisse! Abre logo! Ele está vindo! - diz Katie.

O infectado se aproxima. Katie tem o martelo em suas mãos, ela desce alguns degraus da varanda da casa, e anda em direção ao infectado que vem correndo.
— Por favor Deus! - diz ela apertando o martelo em suas mãos.

A dois metros de distância Katie arremessa o martelo contra o infectado. Ela o acerta na cabeça. Ele permanece de pé, mas está desorientado. Ela consegue atrasar um pouco ele, tempo suficiente para que Clarisse abra a porta.
— KATIE! - grita Clarisse.

Katie corre para a casa, e novamente é seguida. Ela adentra e ao tentar fechar a porta o infectado a impede, fazendo força contra a porta. Um teste de força se inicia. Enquanto Katie tenta fechar a porta, o infectado tenta abri-la para entrar.

Quando Katie começa a perder forças, Clarisse pega alguns objetos pela casa e começa a arremessar contra o infectado, pela brecha da porta aberta.

Clarisse consegue atrapalhar o infectado e Katie consegue finalmente fechar a porta. Ela a tranca e empurra um pequeno sofá para a frente da porta, enquanto o infectado continua batendo na porta.
— Vem, vamos subir! - diz Katie levando Clarisse para o quarto dela.

Elas chegam e se trancam no quarto. Katie está ofegante, enquanto Clarisse se encontra assustada e com seus olhos lacrimejando.
— Pensei que fosse te perder - diz Clarisse.

Katie vai até Clarisse, senta com ela no chão e diz:
— Ninguém vai nos separar, Clarisse, eu prometo.
— Mas essa foi por pouco - Complementa Katie sorrindo aliviada.

Continua...

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