CAPITULO 2 - BLUE EYES

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POV REGINA

Eu podia perceber que ela não acreditava em mim, mas eu estava falando muito sério, não desistiria até achar uma cura.
- Emma eu preciso medir sua pressão - Ela se sentou em sua cama, tirou seu casaco e me deu seu braço. Quando segurei o mesmo me assustei com os ematomas que haviam. Provavelmente eram de todas as injeções que tomara. - Tenta não mexer o braço tudo bem?! - Ela apenas abaixou a cabeça - Ótimo sua pressão está normal, eu preciso saber se está sentindo alguma dor.
- Não.
- Eu preciso checar o seu batimento cardíaco - Ela se levantou e fomos para um quarto cheio de equipamentos médicos, e lá havia uma esteira, a preparei e comecei a avaliação. - Quando não estiver aguentando mais, por favor me avise.
- Okay - Falou ofegante, e nem correndo ela estava apenas caminhando - Eu... eu não consigo - Ela saiu da esteira, conseguiu caminhar apenas por 10 minutos
- Tudo bem - Entreguei a ela um pouco de água, pude ver uma lágrima caindo dos seus olhos. - Emma você está bem?
- Eu quero ficar sozinha. - Me retirei do quarto. E algo começou a crescer dentro de mim, eu queria cura-la mais que tudo.
- Dra. Mills eu tenho que ir ao trabalho, não devo demorar muito - A senhora Nolan falouse retirando.
Agora era oficial, eu realmente era a medica de Emma, eu não sabia se eu ficava contente com um trabalho tão importante ou se entrava em desespero, por medo de falhar.
- Dra Mills - Emma me chamou com uma voz fraca, fazendo com que Eu corresse em sua direção. Encontrei ela sentada no chão chorando de soluçar, sua boca estava suja de vômito, assim como o chão. Eu podia ver o desespero em seus olhos.
- Emma... Calma - Tentei levanta-lá, mas era inútil, ela não conseguia se mexer. - Você precisa me ajudar, tente levantar - Eu podia ver que ela estava tentando porém não era o suficiente.
- Eu não consigo - Falou soluçando. Eu não sei o que deu em mim, eu apenas me sentei atrás dela e a abracei, fiquei assim até ela parar de chorar. Eu nunca me comovia emocionalmente com nenhum paciente, mas algo nela estava mexendo comigo de uma forma que eu não entendia.
Quando finalmente parou de chorar, eu me levantei deixando-a sentanda no chão, e fui limpar a sujeira. Depois que limpei o chão comecei a limpar a Emma.
- Me desculpa - Tentava falar.
- Você não tem que se desculpar por nada, eu que tenho... Não deveria ter te forçado tanto.

POV EMMA

Regina estava realmente se sentindo culpada, eu sabia que não era culpa dela, afinal como ela podia saber... Eu estava me sentindo tão envergonhada, e sabia que minha vergonha iria piorar, pelo o que estava por vir.
- Emma, você consegue se levantar?
- Acho que sim - Ela segurou em minha cintura, e passou meu braço em seu ombro, juntei toda minha força, ou o que restava dela, e consegui ficar em pé, porém sabia que não conseguiria andar sozinha.
- Vamos, você precisa de um banho - Ótimo, era tudo o que precisava para me sentir mais envergonhada. Ela me levou ao banheiro, não no meu pois não conseguiria subir as escadas, me sentou no vaso e começou a preparar a banheira, já que não conseguiria ficar em pé. 
Depois que a banheira estava cheia, ela desligou a água e veio até mim, eu não queria que ela me vise sem roupa.
- Chame minha mãe por favor - Pedi quase que implorando
- Emma, ela esta trabalho - Abaixei minha cabeça, isso não podia estar acontecendo - Ei eu sou médica,  não precisa ficar assim, prometo não olhar, - A olhei confusa - Eu vou olhar apenas nos seus olhos não me desviarei deles. - Eu não tinha muita opção então acabei concordando. E como prometera, em nenhum momento ela desviou seus olhos dos meus. Depois de ja estar nua, es me pois na banheira, e virou descostas. - Talvez se eu ficar assim, você se sinta mais confortável.
- Obrigada - Ela era a primeira medica que eu tive que se importava se eu me sentiria confortável ou não... Aquilo era estranho para mim. Sai dos meus pensamentos quando um celular tocou.
- Emma, terei que atender, é realmente importante, qualquer coisa me chame. - Falou saindo sem que eu ao menos respondesse.

POV REGINA

Sai do banheiro atendendo a ligação.
- Oi amor
"Oi mamãe" - Henry falava ofegante provavelmente estava correndo "Cadê você? Estou no hospital e você não esta aqui"
- Aconteceu um imprevisto amor, não sai daí, já mandei uma mensagem para sua tia, ela passará ai daqui a pouco para te buscar. - Confesso que Henry era mais responsável que minha irmã mais velha Zelena, mas nao havia outra escolha. - Prometo que quando chegar em casa fazemos o que você quiser - Ele riu falou que me amava e desligou.
Entrei no banheiro sorrindo, mas meu sorriso logo se desfez ao ver a loira choranco.
- O que aconteceu? - Nada falou apenas me olhou com seus lindos olhos azuis, que estavam ainda mais azuis por conta das lágrimas
- Nada... Apenas pensando - Meus olhos continuavam nos delas, como minha promessa
- No que está pensando?
- Meus pais - Deu um meio sorriso - Eles se dedicaram tanto por mim, que acabaram esquecendo de viver a vida deles, - Eu estava prestando atenção tentando entender aonde ela queria chegar com aquilo - Eu estou morrendo, posso sentir isso... - Um desespero cresceu em mim - E tudo o que eles fizeram e deixaram de fazer por minha causa, não vai ter servido para nada.
- Ei, eu não vou deixar nada te acontecer você vai viver por muitos anos ainda - Falei - Eu sou uma das melhores médicas do estado do Maine, e tenho a melhor equipe de Storybrooke, nos vamos achar uma cura.
- Você não entende... Eu não quero uma cura - Falou rindo - Eu quero ser feliz, eu quero ir do lado de fora ao menos uma vez, eu quero sentir a chuva caindo nos meus cabelos, sentir o calor do sol na minha pele... Não preciso estar curada para isso acontecer
- Sua imunidade é muito baixa, você ficaria doente e não aguentaria
- Eu não tenho medo da morte... - Seus olhos brilhavam, que olhos lindos.

NOTAS
Boa noite pessoas, quem está gostando da história deixe seu comentário. E se quiser eu tenho uma outra história chamada The Story of us.

You Save MeWhere stories live. Discover now