( NÃO EU NÃO MORRI E NÃO EU NÃO DESISTI DA SOLDIER HEART, UM TIRO NO PÉ DOIA MENOS DO QUE DESISTIR DESTA FIC!)
Já se tinham passado dois dias desde o acontecimento catastrófico de pura teimosia e curiosidade.
Acontecimento tal que tinha trazido consigo alguns agregados que chegavam a ser agoniantes, tais como olhares frios de Styles, de desilusão e repugnância, não existia nenhuma palavra que fosse trocada entre nós, não que tivesse realmente de haver, não existia nada que nos ligasse o suficiente para devermos algo ao outro, não existia nenhuma necessidade de palavras, eu não o conhecia, ele não me conhecia, no mais sincero do meu ser eu não sabia porque é que aquilo de afetava daquela maneira, só afetava.
Eu permanecia trancada no seu quarto, começando a dar em louca, um pouco mais do que antes, com as quatro paredes que me rodeavam, tendo por vezes, a ilusão que estas se mexiam. Nunca o via, ele saía antes de eu acordar e regressava quando eu já dormia. Quando acordava de noite não sentia ninguém ao meu lado, na cama. No entanto sentia a sua presença no quarto, a sua respiração calma mas, devido à escuridão tenebrosa não conseguia identificar onde ele dormia, Talvez no chão, talvez em pé.. talvez nem fosse ele.
Sinceramente, eu não fazia ideia do porquê do seu comportamento. Depois da ameaça de que iria "Fazer coisas que eu pedi para ele não fazer" o mesmo simplesmente abandonou o quarto, voltou 5 horas depois quando eu já quase dormia, no entanto, não me atrevi a abrir os olhos e encara-lo, talvez o devesse ter feito, nunca saberei. Dois dias depois ali estava eu, encostada a um canto do quarto agarrada aos meu cabelos pensando em todas as maneiras possíveis, e impossíveis, de sair dali.
Não saber as intenções de Styles, ou melhor, não saber se ele sequer tinha algumas deixava-me num estado de angustia e ansiedade sufocante. Não conseguir saber se no final ele apenas ia entrar pelo quarto com algum tipo de arma e acabar com a minha vida, se isto não passava de um jogo psicológico para satisfazer algum desejo maluco de ver alguém enlouquecer, mas se assim fosse, já estava meio caminho andado.
Era o terceiro dia que se passava desde que tinha falado com Styles e tomei a decisão, algures nessa noite que ia tentar sair do quarto. Antes que chegasse a altura em que ele poderia entrar pelo quarto dentro tentei vislumbrar o que seria necessário, ou poderia ser útil nesta fuga. No fundo da cama estava um casaco cinzento que lhe pertencia, peguei no mesmo e vesti-o. Iria ajudar-me a escapar um pouco do frio da noite longa que se aproximava, e ele não acharia estranho pois poderia apenas ter tido frio durante o dia. Ao menos não esperava que o incomodasse. De dentro da sua cómoda tirei um maço de tabaco com mais de metade dos cigarros totais e um isqueiro escondendo os mesmo nos bolsos das calças de fato de treino que também lhe pertenciam, peguei ainda numa navalha que ele escondia debaixo do tapete mas sabia que assim que chegasse iria dar pela sua falta, e isso arruinaria todo o plano. Tentei vislumbrar o que mais me poderia ajudar ou fazer falta, mas nada mais parecia ser útil ou respeitável.
Quando ele chegou, a horas incertas, mas provavelmente depois da meia noite, tentei ver onde ele guardava as chaves.
E, bingo. Não era um sítio muito complicado, na verdade era num sítio tão simples como o topo de uma pequena mesa que nos dias de silêncio ele lá tinha colocado e onde deixava alguma comida para eu me alimentar durante o dia, coisa que me fazia ainda mais confusa.
Assim que senti que Styles havia adormecido, devido à sua respiração ter ficado ligeiramente mais calma, levantei-me da cama, o mais devagar possível para não provocar nenhuns sons que o fizessem despertar, ele era soldado e por isso treinado para qualquer emergência, facto que fazia com que ele não tivesse um sono muito pesado. O nervosismo corria o meu sangue e as palmas das minhas mãos começavam a ficar suadas. Não era nada demais, somente pegar numas chaves e sair do quarto.
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Soldier Heart. | H.S || A RESCREVER
Romance"Eu devia matá-la mas, ela matou esse lado de mim"