Soldier Heart. | H.S || A RESCREVER

21. Truth.

Os comentários diminuíram imenso! O que se passa? Não estão a gostar?

Well, para compensar o capitulo minúsculo que foi o 20 here you go:  

Eu estava estática ao ver Harry ali, parecia impossível e, por momentos cheguei mesmo a pensar que poderia estar a alucinar. Como naqueles filmes em que uma pessoa vê a cara da outra em toda a gente. 

Ouvi passos pesados atrás de mim, passos tais que me trouxeram de volta à realidade, uma realidade em que realmente Styles estava parado à minha frente.

- Ora boas Edward, conhece a minha convidada, Rosalyn. - Disse enquanto colocava as mãos nos meus ombros e exercia uma força um pouco exagerada fazendo-me, inclusive, ter de fechar os olhos.

Harry engoliu em seco e vi, pelo canto do olhos que apertava os dedos, fechando a mão em punho, quase como se se estivesse a controlar para não espetar um soco no rosto do homem mais velho. 

- Soldado Edward, mas para ti é apenas senhor. - cuspiu e o meu mundo pareceu quebrar. O que raios estava a acontecer ali? Porque é que Harry se estava a apresentar como outra pessoa e a tratar-me daquela maneira. Estaria realmente a alucinar? O que quer que fosse eu não me iria deixar abater, chamar "senhor" a Harry seria regredir em tudo aquilo pelo que lutei.

- Vejo que apanhou uma irlandesa, William. - Harry disse e o aperto nos meus ombros aumentou fazendo-me inclusive pensar que os meus ossos se estavam a deslocar de tão apertados que estavam a ser. Porém, mantive-me calada, toda aquela estranha situação estava a causar-me um enorme medo, eu estava confusa e assustada.

- Das boas. - Riu e guinchei conforme senti realmente uns dos meus ossos quase ceder. - Está caladinha, não vês que está um homem decente à tua frente? Mantém-te de boca fechada se não a queres ver cozida. - Disse ao meu ouvido e uma lágrima escorreu pelo meu rosto enquanto ouvia aquelas palavras e encarava Styles que mantinha o maxilar trancado e respirava lentamente.

- William, você disse que não existiam divergências na sua casa. - murmurei com medo que pelo meu tom de voz o homem se exaltasse e me matasse ali mesmo.

- Parece que para além de boa companhia também sou bom mentiroso. - Murmurou e olhou para Styles que mantinha o olhar fixo em mim mas que de imediato desviou. - Esta veio-me contar uma história de amor das boas. - disse rindo e foi quando me apercebi que o seu sotaque irlandês não estava mais presente e tinha sido substituído por um bastante forte de Inglaterra. Eu tinha sido enganada e apanhada e, por muito que eu quisesse entregar Harry naquele momento eu não o queria prejudicar. A minha dor não tinha de ser partilhada, eu não seria egoísta a esse ponto.

- Deu-lhe o chá? - Harry perguntou e o velho, mais uma vez, riu. Sempre um riso cheio de sarcasmo.

- Bebeu que nem um bébe bebe leite. Quatro taças, daqui uns minutos é toda tua. - Mal sabia o homem que isso, já eu era. 

- O que me vai acontecer? - perguntei assustada e, conforme terminei a pergunta William soltou-me e eu cai desamparada no chão sem conseguir mexer as pernas ou sequer senti-las, estavam complemente adormecidas, talvez mortas. Olhei para Harry assustada e este apenas desviou o olhar.

Harry estava tão distante e indiferente que eu sentia que se morresse ali ele até ajudaria a levar o meu corpo aos pontapés para o exterior.  Era em momentos como aquele que eu me perguntava o que é que ele realmente queria de mim? O que é que ele sentia em relação a mim para me deixar viver. 

Styles era ao mesmo tempo tão próximo e tão distante. E eu estava tão presa que mesmo sendo assim tratada eu não conseguia odiá-lo, e eu odiava-me por isso.