Capítulo 4 (O livro branco) Traje a rigor

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Bom hoje é meu aniversario, acho que após o pesadelo, nada mais pode dar errado, acordei as oito horas e logo fui verificar o que estava acontecendo pelos corredores da casa, ao chegar a copa, pude perceber todos estavam estranhamente calmos como se estivessem morbidamente neutros de tudo.

– Mãe! O mãe, estava deprimente perceber que todos da casa estavam naquele estado vegetativo, quando dei por mim, estava caído no chão, acordei com tapas de meu pai (que não foi nada Cortez), a cada dia as coisas ficavam mais complicadas e sem explicação, mas para não entrar em estado crítico, no quesito emocional, preferi acreditar que não passava de um dia ruim.

O meu quarto que mais parece um museu de coisas antigas e objetos estranhos, estava sendo meu refúgio naquele momento, nunca soube o meu histórico familiar, mas nada de estranho continha em nossa família, nada que me fora revelado, apenas o tio louco de guerra.

Lá estava eu novamente em meu quarto, quando fechei a porta e a luz amarelada começou a falhar, como se quisesse queimar (ou me deixar na mão que seria o mesmo,
Como se a energia fosse filtrada da lâmpada, foi-se apagando, e observei por um tempo, até explodir muito próximo ao meu rosto e cair pedaços pelo chão, não sabia bem como agir, como todos acontecimentos do dia anterior, mas percebi que algo estava incorreto, pois logo após a luz do nada estourar, ouvi murmúrios vindos do corredor, era mamãe e papai, estavam conversando na porta do quanto.

– Philipy! Por favor falar com seu filho, você precisa conversar com ele...

– mas não tenho o que dizer querida, o que vou conversar com ele.

– mas Philipy seu filho não está bem, ele tem tido alucinações e seus sobrinhos o encontraram perto da escada caído no chão! Você acha isso normal ou está tudo bem pra você seu filhos dar surtos sem explicação?

– mas o que você quer que eu faça? Que sacuda o garoto e diga que ele está vendo coisas ou ficando louco...
Aquela conversa já estava me deixando descontrolado e completamente perturbado, embora não sabia se era mais uma alucinação ou se realmente meus pais estavam tendo aquela conversa sobre minha loucura, então peguei minha mochila coloquei o necessário, para fugir dali sem que pudessem me empedir , quando olhei o relógio que possuía um formato nada convencional, mais se parecia com um tipo raro de farejador, marcava 12h 30m, a hora estava completamente fora do meu controle.

– Aonde pensas que vai, primo querido?

   Aquela voz me fez fechar as mãos e armar um golpe certeiro no inconveniente do meu primo, Balthazar, mas não poderia dar a entender que realmente estava louco ou surtando, se fosse o caso, então o fuzilei com meus olhos, e respondi entre os dentes.

– Isso não é de sua conta garoto! Não percebeu que possui uma linha nessa porta e seus pés estão invadindo o meu espaço.

  – não sabia que pessoas como você possuíam espaço próprio, ou já faz parte da cadeia dos animais ignorantes? Nem me responda vou me retirar antes que grude sua mão  em mim.
Aquele garoto ressuscitava em mim um lado que raramente eu deixava transparecer, mas era inevitável, então quase destronquei meu braço com o solavanco que dei ao passar por Balthazar.
Seus pais o trataram como se ele fosse a criança mais generosa deste mundo, e aque... aquela voz irritante do meu tio o chamando como se fosse um bebe gigante – FREENDOM fale pros seus Tios suas conquistas de hoje meu filho, e mostre para essa família o quando devemos sentir orgulho de você filhote.

Olha isso não era pra ser da minha conta mais se eu ouvisse mais um vez o apelido carinhoso, FREENDOM, eu bato a primeira porta que vir pela frente, apenas para demostrar minha insatisfação.
Desci as escadas e ao passar pela sala voltei apenas minha cabeça para observar meu vô, rindo de algo que não sei o que era, quando digo que minha família, possui um histórico nada convencional ninguém acredita, tentei não alarmar minha cara de confusão, com a cena que observei, então me retirei e fui em direção a porta.

The Cronics Of Fire ( As crônicas do fogo ). Onde histórias criam vida. Descubra agora