Capítulo 2 (O livro branco)

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CAPÍTULO 2 (O LIVRO BRANCO) A BESTA.

Quando me propus a olhar aquela pequena janela, não havia experimentado uma insana sensação de desejo, pude perceber que dentro da casa haviam grandes cortinas de seda, que iam do alto da casa até o chão, como se fossem feitas em medidas perfeitas para cada comodo, cores fortes tomavam o ambiente, vinho, marfim,passavam um ar de zelo, cuidada todos os dias, realmente acolhedor nada comparado com o lado exterior da casa, mas ainda sim aquilo me embrulhava o estomago pois como uma casa poderia ser tão luxuosa e conservada por dentro e por fora completamente em decadência? mas com tudo, fiquei bem ali, por alguns minutos a olhar cada detalhe da casa.

Foi quando um flash em questão de segundos passou por diante de mim, uma outra imagem e um outro lugar, aquilo me fez cair de cima do balde que me sustentava, até pensei eu, ter visto coisas ou mesmo está louco, mas quando me lembrei da visão parei com o olhar ao vazio, tudo parecia ter ocorrido dentro da mesma casa, mas em períodos diferentes.

Quando voltei a mim, meus olhos trêmulos perceberam que eu já não estava sozinho ali do lado de fora da casa, tentei por diversas vezes me levantar, mas sabe quando algo lhe tira totalmente as forças e você pensa que possui o domínio de si, mas se engana completamente? Isso que me ocorreu naquele momento.

Mas não tive outra escolha, não consegui ao menos me levantar, quando senti alguém me agarrar pelo colarinho e me jogar a uma distância considerável, - CATRAPUS !!! já no chão senti todos meus ossos doerem, a vista embaraçada e completamente cheio de lama, tive dificuldade para me por de pé, então rastejei o mais rápido que pude, para não sofrer outro ataque de algo que nem mesmo conseguia ver.

Mas novamente, outra visão veio em meio a pontapés e sequencias de socos em meu corpo, a cada visão era como se o mesmo ataque e local ja houvessem ocorrido, mas de forma diferente ou em outra época, percebi isso quando avistei a mesma cabana ao longe e alguém que não vi o rosto me acertou em cheio sem dor nem piedade , entao esmoreci o olhar perdendo lentamente as forças me deixando com a visão embaraçada.  Foi quando apaguei...

- acorde! Trapo, - uma voz grotesca me fez despertar e ao mesmo tempo temer o que estaria por vir, não compreendi o restante do que aquele homem falava pois a língua que usava era uma língua morta, pude perceber, pois estudei um certo período, quando dei por mim percebi que estava com frio e complemente molhado dos pés à cabeça, como se vários baldes de água tivessem sido arremessado contra mim na tentativa de me trazer ao mundo real, ou apenas pelo prazer de me fazer sofrer ali, naquele fim de mundo.

Um silêncio sepucral, nem uma voz ou som por ali passava, mas comecei a ouviu o som das gotas que Caim do meu rosto irem direto para uma poça que se formou diante de mim, mas o medo veio logo a seguir quando menos percebi olhei o reflexo na água e não era eu quem estava ali refletido, não era o meu rosto que se formava, era um outro rosto, após ficar completamente palido; ouvi aquela voz.
- sente medo garoto ? Ou vai se fazer de forte? ou prefere me irritar com seu silêncio...  - naquele momento aquele voz ja estava dentro e fora da minha cabeça, todo o meu corpo ficara extasiado, senti a maldade e a arrogância no falar.
- me responda, garoto insolente - ele gritou tão alto essas palavras que um eco veio de algum canto do lugar direto para mim, então entendi que era um buraco ou gruta.
- Shiiiiu! Se continuar em silêncio apenas terei o prazer de cortar sua cabeça e dar aos cães, trapo insolente, ou acha mesmo que verá o sol após esta noite.

- eu apenas consegui exprimir um gemido de angústia, o choro estava incontrolável os intervalos de soluço diminuiam, senti meu rosto queimar com as lágrimas que saiam de mim, então ofegante e com o gosto de suor na boca cuspi as palavras, na tentativa de obter respostas.

- porque eu ? O que fiz a você senhor ? E nesse momento pude levantei meu rosto e ver além de um reflexo, mas olhando diretamente para o homem, uma parte bruta e feroz e a outra metade, de um simples homem com um olhar que não decifrei no momento, pois acho eu que a pergunta o tinha feito pensar.

A parte bruta era de um homem aparentemente grande e sem expressão, braços longos e forte o bastante para derrubar cinco homens com rápidos golpes, um olhar vazio, mesmo com uma tonalidade mesclada do verde para o mel; senti um vazio naquele olhar, e vendo a outra metade, percebi o medo, olhos negros como a noite, me observavam tentando encontrar algo que não saberia dizer o que é, essa parte do corpo não se igualava a outra metade, mas não ficava tão distante, apenas diria que um homem habitava em uma fera.

AMIGOSSS! Obrigado por serem minha inspiração, leiam comentem e digam a seus amigos que muitas aventuras vem por aí, e não se esqueçam de clicar na estrela pra me ajudar a divulgar a história, se preparem! Pois no próximo capítulo revelarei muitas coisas... bjs ass : W.O

The Cronics Of Fire ( As crônicas do fogo ). Onde histórias criam vida. Descubra agora