Bom após observar a completa recuperação do garoto estranho, novamente o pedi para ir aonde aquela carta havia me indicado, que lá seria a tal festa, então contei da carta e do local, então ele não ficou nem um pouco satisfeito, pois teria que me ajudar, pois não o deixei ali na rua para morrer de fome então disse que me devia uma.
— qual seu nome ? Bom perguntei porque não queria o chamar de garoto ou estranho a todo momento, então antes de eu terminar a pergunta, logo me veio uma resposta inesperada. — Me chamo bronwen cken.
— ok bronwen, apenas não soube lidar com a rapidez de sua resposta, como se ele tivesse a necessidade de dizer seu nome, no início demonstrou-se muito preso, assustado, mas perguntei o nome e nem hesitou em responder. – bronwen! Porque estava naquele beco e completamente apático? Bom, dessa vez vi um olhar de desconforto bem no rosto dele, mas não voltaria a trás com a pergunta, não era apenas curiosidade, mas sim uma certa preocupação, pois se houvesse algo que eu pudesse fazer para ajudá-lo eu faria, o restante do caminho quase todo fomos em silêncio, não forcei a pergunta, em um momento prestes a chegarmos ao beco ele me para no caminho e não me olha nos olhos mas sua expressão também não era boa, — olha garoto! Não o conheço, mas obrigado por não me deixar morrer de fome e obrigado também por me deixar ficar em sua casa por algumas horas, mas você não me conhece e se me conhecer não seria tão gentil assim.
Ouvi verdades, pois as senti naquele momento, porem não conseguia entender o porque daquilo, eu não tinha amigos, e não fui criado normalmente, sempre que estive prestes a possuir vínculos as coisas; pessoas desapareciam sem mais nem menos, sem uma explicação adequada, pensei em respondê-lo que não haveria problemas com quem ele era no passado ou horas a trás, que o importante era quem ele se mostrou ser naquele exato momento.
– Olha vou lhe ajudar a chegar ao beco, mas quando tudo acabar, não seremos amigos, apenas lhe devo e preciso pagar o que fez por mim, combinado? Ei está me ouvindo? – bom eu ouvi tudo o que foi dito, mas não tinha outra opção a não ser aceitar, mas acho que aquilo seria o mais próximo de uma amizade, mas tentei me sentir confortável com aquilo e não o respondi com palavras, mas apenas o olhei e afirmei com os ombros que, tanto faz, foi quando chegamos de frente ao beco.
Tudo estava bem, ou parecia estar,o lugar vazio e quieto de mais, iniciei uma caminhada até a entrada do beco, quando caminhei um pouco a frente de Bronwen foi como se a temperatura ambiente mudasse de normal para denso e frio, mas o medo me veio quando olhei ao redor e Bronwen não estava lá,
– Bronwen! Está tudo bem ? Bronwen! Cadê você? pare de me assustar, não tem graça. O barulho que veio a seguir não apenas ouvi, estava dentro de minha cabeça, o som era depressivo e me fez ficar enjoado, onde nao pude suportar o mal estar e pus pra fora o que meu estômago ja não estava mais processando, tudo pareceu ficar distorcido, olhei para frente sem forças e com uma das mãos no estômago, então cai de joelhos em uma poça que não estava ali antes e quando olhei meu reflexo na água eu estava em outro corpo e carregava no peito um colar que me trouxe angústia no momento, o que acontecera comigo, aonde eu estava? E que rosto era aquele que vi refletido na água? Não obtive respostas.
– Quem é você? Por favor me responda o que está acontecendo comigo, naquele momento eu já não estava em meu estado normal, pois estava exausto de ser o novo louco da família, não conseguia conter o medo de tudo o que acontecera, o rosto vermelho e banhado por lágrimas, gotas que estavam indo direto para a poça, aquele rosto que mais parecia uma lembrança, se desfez como fumaça juntamente a água que estava no chão, olhei novamente o lugar e era o mesmo beco, mas como se eu estivesse em outra época, as paredes com uma estrutura antiga, clareiras espalhadas pelo lugar, eu ali caído apenas com um moletom escuro, calça jeans, tênis preto, mas respostas não vieram com toda minha lamúria, pensamentos embaraçosos, a alma clamava por descanso, por um pouco de paz e silêncio, mas isso estava se tornando impossível a cada minuto.
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The Cronics Of Fire ( As crônicas do fogo ).
RandomSinopse: ( The book White ) O livro branco. Essa História ficou longe dos seres humanos por muitos anos, mas a grandiosidade desse mundo escondido não pode mais viver na escuridão e batalhas serão travadas amores desvendados e escolhas precisaram...