Outono de 1820, eu era o único isolado da família, todos estavam reunidos em uma enorme salão, que fazia parte da casa, não achava necessidade de ser de tamanha espessura aquele lugar, me sentia um pequeno ponto em meio a um pote enorme e vazio, mas poderia ficar por horas admirando aquele lugar pois era completamente atrativo aos meus olhos, o lustre possua um brilho deslumbrante, e bem no meio estava lá aquele símbolo desconhecido, era tudo tão real que a qualquer momento ele poderia expelir algo de seu interior e tornar em cinzas o lugar, OPS! acho que exagerei no pensamento, sou Colligan corvinus, não sou muito de me apresentar, mas prefiro que me chamem pelo nome, pois não entendo onde ficou a educação de meus parentes, que arrumam apelidos monstruosos, mas em resposta apenas pressiono o olhar e demostro aquele sarcástico sorriso de quem não está nem aí para apelidos.
Franzino e olhos em profunda melancolia, características minhas que nada nada me tornam o mais sensato da casa, todos conversavam bem ali sentados à mesa de jantar e isso me fazia entrar em nostalgia, era apontar na mesa que logo me tratavam como se ainda tivesse 12 anos, estava prestes a completar dezessete na noite seguinte, então fiquei na outra sala onde havia o lustre que por diversas vezes pensei em me segurar bem no meio, onde ficava aquele objeto virado com um olhar fixo para uma parte da parede da sala, o que me tomava de curiosidades.
Tudo pareceu ir bem quando na mesma noite, papai e mamãe decidiram sair com a família aquela hora, para conhecer a cidade, pois fazia anos que não os víamos.
- Colligan querido ! Vá por um calçado para sairmos com o pessoal, - apenas respondi que não estava animado pra sair e que estava frio lá fora, na arte de inventar eu gostava de ser o melhor, ela me olhou e disse – Ok querido não quero que pegue um resfriado na véspera de seu aniversário, então descanse vou pedir para seus primos ficarem com você e fazerem companhia.
Pensei mil vezes antes de confirmar com a cabeça que estava tudo bem, meus primos não eramdo do tipo adoráveis, aqueles; que se ficava louco pra ver ou matar a saudade, quanto mais longe melhor, mas mamãe já havia me dado essa oportunidade de ficar sozinho, não seria ousado o bastante, para fazê-la mudar de opinião, então desfiz minha insignificância da sala.
Não queria ser um incomodo naquele momento, apenas confirmei e logo fui para o quarto, que era meu esconderijo, onde tudo ficava em silencio, até mesmo para os meus leves traumas, enquanto me perdia em pensamentos ( um leve desvaneio que podia durar horas ) alguém me desconectadou esmurrando a porta do quarto, mas se fossem meus primos saberiam que eu não abriria a porta, se não fosse caso de vida ou morte, ou apenas por saberem que não levantaria para atendê-los.
A porta novamente foi esmurrada, então o medo se apossou de mim, pois não batiam, mas a cada dez segundos aquele som de como se uma cabeça estivesse sendo jogada contra a porta voltava com mais força, então o som parou, caminhei vagarosamente, já com os olhos bem próximos, um clarão se formou do outro lado, pude perceber pois vi pela fresta, então a luz se desfez deixando apenas o um silencio no corredor.
Antes mesmo de abrir a porta apenas me assustei com algo que foi jogado por debaixo da porta, mas quando percebi que era uma carta, apenas hesitei antes de pegá-la, mas a peguei, a primeira coisa que me fez perder um dos sentidos, fora o emblema que estava como selo, era aquele simbolo exatamente da forma que havia visto no lustre da sala, olhei por horas a carta sem coragem dizia:
- Caro senhor: colling corvinou, é com grande prazer que felicitamos por seu decimo sétimo aniversário, e lhe convidamos para sua festa com trajes a rigor no (beco fling charpy número:17ª).
Cabelos negros como a noite, pele mareada lábios finos e desenhados, será que esse a quem a carta se referia era mesmo eu? ou pequei por engano, mas alguém teria que entrar em casa para me entregar ou também pode ser algum truque dos meus pais! mas eles não fazem esse tipo de brincadeira ou surpresa melhor dizendo, eles não sabem fazer esse tipo de coisa, - em fim, abri a porta e desci as escadas que davam em direção a sala não havia sinal dos meus primos nem ao menos o barulho deles pela casa.
Morávamos em Lídice, mas em uma parte esquecida, isso não foi o que me fez titubear na escada e sim o que estava no final dela, bem no meio do caminho estava alguém caído no chão um garoto com mais ou menos dezesseis anos, com roupas escuras e completamente molhadas, me aproximei para ver se precisava de ajuda, foi quando em um surto ele despertou sufocado e pos toda água de sua boca no tapete da sala, apenas cai para traz me afastando e segurando o corrimão da escada.
O garoto me olhou com agonia tentando levar sua mão até mim, eu assustado apenas me senti sufocado e tampei os ouvidos e baixei a cabeça, não suportava sentir medo, então quando abri os olhos, já não havia ninguém no chão, apenas meus primos com olhos pasmos perante mim, esperando alguma reação.
Apenas me levantei, ainda sem ar , - O que estão olhando! gritei, pois não gostava de ser olhado daquela maneira, como se estivesse ficando louco, - Ixi vamos maninho esse garoto não tem mais jeito não melhor contar pra tia Laurin o que está acontecendo com o filho louco dela.
Aquilo mudou meu temperamento uma imensa vontade que tive; era de jogá-los pela primeira janela que avistasse na minha frente, mas não estava afim de fazer isso e estragar a noite de todos, e meu aniversário estava quase chegando, os fuzilei com o olhar por alguns momentos quando dei por mim escutei o barulho da porta principal abrindo, sim eles já tinham retornado do passeio mas minha respiração e mais ainda estavam em estado de alerta.Mamãe seguiu em sequencia, levou seu olhar para minhas mãos e as desviou para meu rosto que expressavam cansaço e insatisfação, então ela me perguntou - O que houve filho, está tudo bem ? - então não respondi, apenas me posicionei e senti meu rosto queimar, não era muito bom em expressar sentimentos, eu apenas queria que esse dia passa-se.
Este sou eu, apenas alguém com medo do que vem à frente, e sem bases necessárias para encarar o que vier, mas espero está pronto, logo percebi que estava pensando na carta e o convite feito para o meu aniversário, vou ou não vou? Tantas coisas passaram por minha cabeça naquele momento, mas vou pensar e tentar achar uma saída para esses problemas, ou ficar com eles.
OBRIGADOOOO! Pessoal por me incentivarem a continuar e a lerem e participarem comigo dessa grande História, olha não esqueçam da estrelinha, pra me ajudar a divulgar ok ! e muitas surpresas vem por aí fiquem atentos. Bjs de W.O
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The Cronics Of Fire ( As crônicas do fogo ).
RastgeleSinopse: ( The book White ) O livro branco. Essa História ficou longe dos seres humanos por muitos anos, mas a grandiosidade desse mundo escondido não pode mais viver na escuridão e batalhas serão travadas amores desvendados e escolhas precisaram...