Truly, madly, deeply, I am

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Qualquer pessoa que já tentou falar algo sério - e que não é o Niall - com Louis, sabe que ele é péssimo com palavras.

Não só com palavras, mas com situações.

Ele conheceu Zayn depois de esbarrar no garoto e falar qualquer coisa grosseira, mas Malik era simpático e resolveu responder com um "Oi!" e a amizade começou aí. Não é uma grande história, mas o suficiente pra sumarizar a existência de Louis.

Até porque ele era muito melhor com ações do que falando, mas agora as ações estavam complicadas.

Hazza se ergueu sem pestanejar do colo de Louis, na mesma em velocidade que o seu pênis - era realmente estranho relacionar a palavra pênis com Hazza no sentido próprio da coisa - encostou no abdômen de Louis, ele também desencostou.

E lá vinham as ações. Louis não vivia embaixo de uma pedra e sabia o quanto isso tinha magoado a garota, embora ele estivesse resistindo pra não manter os olhos presos no pré-gozo da mesma, que escorria em seu abdômen.

Hazza deu o berro mais estridente que Louis já tinha ouvido em toda sua vida. Mais estridente do que Lottie se queimando com chapinha, mais estridente do que Zayn não conseguindo atualizar o aplicativo de horóscopo, mais do que Niall queimando a placa mãe do computador e pior do que Liam perdendo a corrente que Zayn tinha dado no fundo da piscina.

Tudo era isso muito pior.

Era muita dor.

Era tanta dor que Louis estava sentindo como se fosse ele.

Bastou Hazza sair de seu colo que ele tentou a segurar pelo pulso, abraçando-a pela cintura com força e fazendo-a tombar deitada em seu lado. Era muito complicado conseguir segurá-la nessa posição porque, hey! Ele tinha um plug o apertando dentro da bunda e uma perna imóvel sobre travesseiros. Seu tronco estava completamente virado para conseguir segurá-la e ele podia sentir os músculos do tórax arderem pelo esforço. Ele realmente não precisava de mais músculos estirados.

Ele nunca viu alguém se mexer e debater tanto em sua vida.

- Louis, me solta! - Ela gritava do fundo da garganta, a voz extremamente rouca e masculina dessa vez. Ela chorou mais ainda ao ouvir a própria voz, as mãos arranhando o pulso de Louis bem a cima da tatuagens. Era tanta força que Tomlinson acreditou que ela arrancaria as tatuagens de sua pele.

- Hazza, me escut-

- Me larga! - Hazza forçou o quadril com força para trás, tentando o empurrar e vencendo a força de Louis. Seus corpos estavam escorregadios por culpa do suor, sendo uma questão de tempo para que ela escorregasse e solavancasse contra ele, e Louis realmente sentisse a mesma dor que ela estava sentido, só que na perna.

Na perna imobilizada. Mas não mais imobilizada, agora queimando de dentro pra fora como se seu osso tivesse soltado farpas que se fincaram nos músculos.

Louis a soltou a sentir a dor se alastrando pela perna, ele só conseguia cerrar os dentes e fechar os olhos com extrema força, sentindo sua testa chegar a suar. Ele não conseguia respirar direito, seu tórax pareceu imobilizar assim como seu corpo inteiro, tentando fazer com que aquilo parasse.

A garganta de Louis ardeu, junto com a força que ele colocou nos pulsos, se arqueando contra a cama ao estar completamente dividido entre chorar e tentar respirar. O som de engasgo deve ter sido desesperador, já que ele viu Hazza se virar de lado pelo canto dos olhos.

Um zumbido soo em sua orelha e as coisas foram se tornando escuras. Talvez se arrancassem a perna de seu corpo não doeria tanto, é como se ele pudesse ouvir o músculo contundido em suas orelhas, a carne dilacerando.

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