Bernardo
Olhando pra ele, e sem lhe dar a resposta que tanto queria, ele tomou aquilo como uma confirmação e se aproximou, me puxando para um beijo. Aquilo me pegou de surpresa, eu realmente não esperava por aquilo e fiquei totalmente sem saber o que fazer e como reagir enquanto sua boca pressionava a minha com força.
-Nathan... não.
Tentei falar com convicção e forçar seu corpo para mais longe de mim, enquanto também lutava com meu próprio corpo que começava a responder sozinho com suas investidas e suas mãos passeando por mim. Assim que abri a boca, sua língua invadiu a minha boca, dominante e sem dar chance de negar.
-Bernardo... sabia que desde aquele dia que a gente se pegou aqui, eu não consigo mais pensar em outra coisa!?
Nathan falou, cheio de tesão, ao se afastar da minha boca e ir até meu pescoço, fazendo meus olhos se fecharem sem minha permissão. Como ele estava muito próximo, eu pude ser sua excitação se encostar em mim e aquilo fez com que eu sentisse um arrepio que não deveria existir.
Um resquício de sanidade veio a minha cabeça naquele momento. O que eu estava fazendo? Não era certo fazer isso. Não logo agora que eu tinha me entendido com o Victor. O que estava acontecendo comigo? Eu não podia mais continuar com aquilo, não podia perder a cabeça e precisava parar enquanto o estrago não era tão grande. Eu conseguiria explicar até aqui, não conseguiria?
-Não.
Disse, empurrando ele com força e dessa vez conseguindo me afastar alguns preciosos centímetros dele. Imediatamente meu corpo me traiu e eu percebi estava gostando mais daquilo do que poderia gostar, mas ainda tinha a cabeça no lugar e ela estava meu favor.
-Não!
Disse mais uma vez só pra confirmar que eu ainda tinha total controle da minha voz e ainda conseguia me impor. Mas ele pareceu não me ouvir ou não dar muita importância pra minha negativa, pois suas mãos começaram, de novo, passear pelo meu corpo e logo encontraram meu membro.
-O que foi? Você não quer...
-Victor... eu voltei definitivamente com o Victor e não vou fazer isso com ele, não logo agora que a gente tá bem. Eu não sou assim. – Consegui dizer, me afastando de sua boca que vinha me beijar novamente.
-Eu não tenho ciúmes. – Ouvi ele dizer com uma voz tentadora.
-Nathan, não, por favor!
Eu quase implorei, em meio a um gemido, para que ele me ouvisse. O que eu estava fazendo comigo mesmo me sujeitando aquilo? Eu não era assim. O que eu estava fazendo com o Victor? Pensar nele me fez ter mais coragem para tirar definitivamente as mãos do Nathan de mim e me afastar por completo.
-Nathan, vai embora. – Quase gritei no desespero para que ele me ouvisse e acatasse minha ordem. – Isso não podia estar acontecendo.
-Mas está. Olha Bernardo, eu só adulto o suficiente pra separar uma coisa da outra. Isso pode ser nossa brincadeira particular.
Ele me sugeriu, cheio de maldade e me lançando um sorriso pra causar algum tipo de efeito em mim, mas eu fui firme em dizer:
-Você não me conhece! Olha Nathan, eu sei que na nossa amizade eu deixei que isso acontecesse algumas vezes, mas agora não pode mais acontecer. O Victor largou tudo pra estar comigo e eu de verdade quero nosso relacionamento de volta, mas pra isso eu preciso fazer por merecer... Agora vai embora, por favor.
-Tem certeza? – Ele perguntou.
-Tenho. Absoluta. Nunca tive tanta certeza na minha vida. Vai embora, por favor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando o Amor Prevalece - LIVRO 2
RomanceLIVRO 2 - Como num passe de mágica, as coisas podem começar a desandar sem que encontremos uma solução. Foi isso que aconteceu com Bernardo e Victor. Quatro anos após eles finalmente decidem se entregar a paixão e viver aquele amor que sentiam um pe...