Depois do episódio bizarro do chá, eu fui para Belfast ficar na casa do meu pai. Decidi não levar as meninas para Los Angeles para não gerar alarde sobre minha presença. Elas ficaram com meu pai e Samina. Dakota não quer assumir essa gravidez tão cedo, então temos que correr dos paparazzi, afinal sua barriga cresce mais a cada dia.
Estava no avião ansioso para ver minha linda, ela parecia tão animada com a minha presença na consulta. Imagino como ela deve ter sofrido nas consultas anteriores principalmente se alguém no consultório perguntasse pelo pai. Evito pensar nesse tipo de coisa se não a culpa me come por dentro. Vejo uma foto linda do meu amor com a barriga de fora que ela me mandou ontem. Assim relaxo um pouco.
Cheguei no aeroporto disfarçado e vi o motorista da mãe de Dakota me esperando na porta dos fundos. Eu disse que iria ficar em um hotel, mas Dakota não deixou. Sua família estava toda em casa e eu senti um pouco de medo. Seus irmãos maternos Alexander e Stella estavam do meu lado, mas os paternos eu não sabia bem. A última e única vez que vi Grace ela estava bem estranha. Jesse me socou há algumas semanas, então estava com medo da reação de seu pai. Ainda bem que os outros dois ainda são crianças. E para piorar tudo Antônio e a mulher de Don também estariam lá. Era aniversário da Avó de Dakota, Tippi.
Desci do carro já dentro da garagem da casa e vi Dakota me esperando. Ela pulou em meus braços me abraçando forte. Ela estava muito gostosa grávida, apesar dela tentar esconder de toda maneira.
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"Que saudade Avatar!!!" Ela fala rindo. Dakota jamais me deixaria em paz com isso.
"Saudade demais Verdinha." Chamo ela assim já que quando estava dopado a vi toda verde. "Como vocês estão?" Pergunto e ela me beija antes de me responder.
"Estamos bem, melhores agora que você chegou. Estou com saudade das meninas também." Ela diz e eu a beijo novamente.
"Da próxima vez eu juro que elas vêm comigo." Digo e Dakota assente.
"Amor, você dormiu no vôo?" Assinto. "Então vamos para o médico. Eu adiantei a consulta porque temos uma coisa para fazer hoje a tarde." Fico curioso.
"Ah é? O que?" Pergunto e ela faz uma cara de sapeca.
"Surpresa!"
Chegamos pela garagem subterrânea ao consultório da ginecologista de Dakota. Ela estava toda animada.
"É minha mãe que sempre vem. Estou tão feliz que você está aqui comigo hoje." Dakota confessa e fico emocionado. Eu também estava super feliz de estar aqui com ela.
Somos chamados e a médica sorri ao nos ver juntos.
"É o papai?" Ela pergunta e eu assinto todo orgulhoso. "Vem, vamos examinar essa moça e ver esse garotão lindo."
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Ver Dakota deitada naquela maca com a imagem no nosso filho com seu coraçãozinho batendo me fez chorar. Segurei sua mão e beijei seus lábios.
"Obrigado! Você me faz o homem mais feliz do mundo." Ela sorri e faz um carinho em meus cabelos. Esse foi um dos melhores momentos da minha vida.
Deixamos o consultório quase na hora do almoço, e pela cara de Dakota ela estava morta de fome.
"Tá com fome, verdinha?" Pergunto e ela assente.
"Tô com vontade de comer um hambúrguer bem gordo no in-n-out." Ela fala.
"Ok, vamos no drive-thru né? Eu não posso ser visto." Explico e ela suspira.
"Tá bom. Não vejo a hora de poder sair com você na rua sem ter que esconder nada." Dakota confessa e eu olho nos seus lindos olhos azuis.
"Logo, meu amor. Logo nós vamos poder sair na rua sem esconder nada de ninguém." Fomos pegar os sanduíches e depois Dakota iria me levar para ver a tal surpresa.
Paramos em frente à uma casa enorme. O portão se abre e vejo quase uma mini fazenda com uma mansão enorme.
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"De quem é essa casa?" Pergunto confuso. Ela sorri pra mim.
"Nossa e dos nossos filhos." Dakota fala e eu fico chocado.
"Sua, você quer dizer né?" Ela sacode a cabeça.
"Nossa! Eu estou esperando você para assinar o contrato. Você quer comprar uma casa junto comigo?" Assinto. Não acredito que ela fez isso.
"Mas essa casa deve ser uma fortuna." Digo parando para pensar um pouco.
"A gente pode pagar, fica tranquilo." Ela fala e finalmente entramos dentro da casa. Tudo já estava decorado e lindo.
"Você já mudou?" Ela sacode a cabeça e me entrega o contrato. Realmente a casa era pagável por ter que pagar apenas a metade. Assinei e vi Dakota com os olhos marejados. Sorri e a puxei para um abraço apertado. "Não precisa chorar, sei que está sensível, mas não gosto de ver lágrimas nos seus olhos." Falo e ela me beija.
"Tô chorando de felicidade, e não, só vou mudar pra cá quando você vier morar aqui comigo e trouxer as meninas." Assinto e a beijo novamente. Ela me entrega as chaves da casa e beija minha mão. "Vamos pra casa da minha mãe? Vamos ter festa até domingo. Vovó me mata se eu não for lá me arrumar com ela." Assinto. Era a hora de enfrentar, literalmente, toda a família de Dakota.
