Meu lado...

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oi, aqui e o autor!
Nesse momento você deve se perguntar se Tyler seria capaz de algo... talvez fosse, talvez não, o foco agora e saber se ele teria motivos o suficiente não acha? boa leitura...

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Oi, meu nome e Tyler... Tyler Joseph, tinha apenas  7 anos quando perdi meu pai, você deve estar com pena de mim agora ou algo do tipo, peço que não tenha... não diga nada, não pense e apenas escute o que essa voz em sua mente tem a dizer....

Era um inverno frio quando ele saiu de casa cedo, ninguém esperava que no pequeno trajeto da casa para seu escritório ele simplesmente ficaria soterrado na neve ou algo do tipo, foi exatamente o que aconteceu... não meu amigo, isso não foi o ápice da historia ainda, o pior veio depois de seu enterro quando  minha mãe encontrou um cara que destruiu o resto que ainda havia de sanidade.

O inverno foi longo e difícil para mim, um dia de tempestade de neve havia me prendido em casa e minha mãe havia... havia... não lembro ao certo o que ela estaria fazendo, apenas me lembro que esta sozinho em casa com meu novo padrasto, eram 11:00 da manhã quando o meu despertador não tocou e fui acordar por meu padrasto com alguns tapinhas nas costas, ele fedia a vinho barato e com toda certeza estava bêbado... foi aqui que aconteceu, se foi toda minha inocência com algumas palavras ecoando pelo quarto e brevemente pela sala onde cai no chão... "apenas fique quieto garoto" essas palavras me marcaram... perdi meu chão, a voz e por fim... minha sanidade mental.

Meu sangue escorria até meus tornozelos quando liguei o chuveiro, a dor misturada a minha incapacidade de defesa me derrubavam por dentro aos poucos, lágrimas escorriam dos meus olhos em total silencio enquanto a aquecia meu corpo relaxando cada músculo.

As horas seguintes foram terríveis e assim que minha mãe chegou e me questionou como foi meu dia e eu fiquei em silencio ela já havia entendido que algo estava errado, eu não podia contar a ela e queria poder esquecer aquele momento para sempre... e então fugi para floresta para ficar sozinho... ao invez disso encontre outro pobre garoto que também precisava de atenção.

Se passaram dias e semanas comigo ainda em silencio e sofrendo sozinho sem apoio algum, minha mãe achava que eu estava fazendo algum tipo de jogo com ela por ela ter encontrado outro cara sem ter dado um ano sequer da morte de meu pai, ela se enganava feio e sequer sabia quem estava acolhendo em casa.

No fim do inverno na entrada para primavera eu estava na saída da escola quando vi um garoto pálido que se destacava entre os restantes, seus cabelos eram cor de rosa e isso o fazia diferente, naquela época ninguém deixaria uma criança o pintar o cabelo, ele parecia solitário com seu caderno em mãos e umas marcas no rosto que conclui que devia ser de alguma briga ou algo assim, eu já havia o visto em algum lugar... talvez na floresta... perdi ele de vista assim que minha mãe parou em frente a escola com o carro.

Mãe do Tyler:
- Filho.. nos últimos dias você ficou o tempo inteiro quieto e queria mesmo que se abrisse comigo... sou sua mãe e amiga e preciso que me conte o que esta acontecendo ou vou ser obrigada a te levar a um psicólogo ou algo do tipo, você tem ideia de que vai ser pior... vamos conversar?

Apenas dei de ombros, ela realmente nem se importava com aquilo, apenas se sentia culpada por eu não falar mais com ninguém... isso tudo era patético e ela não pensou duas vezes antes de mudar seu percurso e ir para na frente de uma clinica... desci do carro assim que o mesmo parou e sem dizer nada fui entrando no local e parando em frente a porta de vidro que dava para ver rua, por alguns estantes vi o mesmo menino pálido passar em frente a clinica com sua mala nas costas parecendo ter pressa sem olhar para os lados e quase ser atropelado por um taxista.

Eu sorri pela primeira vez desde a morte de meu pai... meu pensamento foi rompido por minha mãe que me puxou pelo braço ate uma das salas e eu entrei a deixando parada do lado de fora, a sala era ampla e aconchegantemente neutra, o doutro me indicou a sentar em uma das poltronas e me encostar se tivesse vontade, não tinha porque, queria sair logo dali...

Doutor Franco:
- Você perdeu muita coisa recentemente jovem, seu pai e um bom exemplo disso, pelo que sua mãe me disse em nosso breve papo via mensagens você tem se silenciado ultimamente por algum motivo e muitas vezes até deixado de sair do quarto, me diga, como se sente?

Meus olhos se marearam de repente se juntando a um aperto do coração... eu não entendia o porque da emoção vir átona naquele momento, eu simplesmente fechei meus olhos e vieram vários flashbacks em minha mente... um deles era um padrasto sobre mim me dizendo para ficar quieto e outro era meu pai sendo enterrado, e ambos se misturava a outros que não sabia distinguir entre as partes da minha infância e por ultimo a imagem do garoto que havia visto mais cedo... eu já havia o visto mesmo.

Tyler:
- me sinto... aterrorizado.

Continua...

"Oi aqui é o autor, para esclarecer um pouco caso não tenha entendido a linha temporal entre os capitulos... no primeiro capitulo Josh encontra Tyler na floresta, nesse momento Tyler havia acabado de fugir de casa como relatado nesse capitulo... o segundo encontro deles aconteceu após essa consulta... então isso significa que essa consulta aconteceu entre os 2 anos que se passaram do capitulo 1 para o 2, obrigado pela atenção!"

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