Decepções

112 11 3
                                    

Tudo parecia meio cinza naquele
dia,mesmo que no horizonte se via o céu laranja com um lindo por do sol completando a linda paisagem de um campo verde com algumas árvores floridas espalhadas por sua extensão,ainda sim tudo parecia cinza pra Ana,Jhon que naquele momento segurava em seu ombro o soltou e discretamente se afastou sabia que a filha de criação precisava de um tempo com a mãe e sua falecida esposa,de longe Jhon via a tristeza que não costumava morar nos olhos dá menina, Ana sempre transmitia sua alegria por onde passava mas naquele dia não tinha nada que deixasse a menina alegre.
- Oi mamãe,já faz dois anos que a senhora se foi - Ana disse passando a ponta dos dedos nas palavras no túmulo que dizia:Marie Louise de 1981 a 2015.
As lágrimas já desciam livremente pelo seu rosto,Ana precisava tanto dá mãe naquele momento,precisava do seu abraço,dos seus conselhos,do seu colo.
- Mamãe...Eu preciso tanto de você agora,não que o papai esteja fazendo algo errado na verdade ele vem sendo umas das poucas pessoas com eu realmente possa contar mas...Ele não é você,não posso contar pra ele das minhas desilusões amorosas é capaz de ele ir lá e matar o James. - Não que seja uma coisa ruim - Completou em pensamento
- As pessoas em quem eu mais confiava me decepcionaram mamãe,e nesse momento eu sinto que não posso confiar mais em ninguém eu me sinto perdida no escuro,doe tanto...Doe tanto acreditar nas pessoas e elas te decepcionarem - Ana chorava copiosamente não conseguia falar mais nada só de lembrar oque aconteceu no decorrer daquela semana e lembrar que sua mãe nunca mais a abraçaria em momentos como aquele, as lágrimas caíam sem ela querer.
Olhou para as flores em sua mão e sorriu ao pensar em como sua mãe adorava receber flores, ainda mais quando não tinha motivo nenhum para recebe-las.
- Você quer me fazer sorrir mande flores pra mim não porque é meu aniversário ou o dia dos namorados,mas só porque hoje é terça - feira - Era oque ela dizia.
Ana coloca as flores em cima do túmulo da mãe que fica em uma parte meio deserta na fazenda,e se afastau indo de encontro a Jhon que a esperava perto dos cavalos.
- Podemos ir? - Jhon pergunta com um olhar fraternal
- Pode ir indo na frente pai, eu só vou dar mais uma volta ainda não quero voltar pra casa.
Jhon não queria deixar Ana ir andar pelas terras de cabeça quente ainda mais por já está escurecendo,mas queria de alguma forma ajuda - lá naquele momento, doía nele a morte dá esposa mas mantinha a postura de durão,ele tinha que ser forte pra dá auxílio a filha, que mesmo não sendo biológica a amava do mesmo jeito que amava seu filho biológico,ao pensar em Bernado Jhon se entristece mais ainda,será que um dia ele o perdoaria?
- Não vai longe e volta antes de escurecer totalmente,OK mocinha? - fala Jhon de uma forma protetora
- Pode deixar pai e não se preucupe,antes do jantar eu estou de volta - Ana beija o rosto do pai montando em seu Mustang logo em seguida.
Era como uma terapia o vento batia no seu rosto fazendo que seus cabelos loiros voassem a adrenalina que sentia enquanto o cavalo aumentava a velocidade era incrível e naquele momento Ana não pensava em nada é como se só existe​se ela e seu cavalo no mundo todo,Ana se sentia tão bem que nem percebeu o tempo passar, depois de um tempo voltou pra casa.
- Pai oque tem pra comer tô... - ela mesmo se interrompe quando ver a cara de desespero do pai
- Você já viu quantas horas Ana? -a garota olha o relógio de parede pendurado na cozinha e vê que o pai tem razão de estar zangado, já se passaram três horas que ela estava fora.
- Me perdoa pai não percebi as horas passando...
- Você quer me deixar doido,Ana você desaparece por três horas montada em um Mustang e acha isso normal? - Jhon a interrompe
- Não,claro que não eu não reparei no tempo me desculpe, mas pai eu monto aquele Mustang muito melhor que muito dos seus piões.
- Ana eu sei, mas é perigoso, já está escuro,você queria que eu achasse isso a coisa mais normal do mundo. -Jhon passa a mão nos cabelos,Ana já reconhecia tal atitude,ele sempre fazia tal coisa quando estava nervoso ou confuso - olha come algo e dorme hoje o dia foi cansativo amanhã você tem aula.
Ao lembrar do fato que teria aula amanhã Ana se desespera,não poderia faltar a aula pois já tinha faltado hoje,mas ao saber que teria que encarar as pessoas que lhe causaram tanta dor naqueles últimos dias já sentia medo.

Oque O Destino ReservouOnde histórias criam vida. Descubra agora