Ivictum?

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Pov: Ana


    Acordei no dia seguinte com uma leve dor de cabeça, mas eu já esperava por isso, olhei no criado mudo e o relógio já marcava 07:30, meu pai deve achar que eu estou pronta ele vai ter um troço se  atrasarmos.

   - bom  dia, flor do dia! - gritou maria

   - Bom dia Maria. - sorrio pra ela que retribui. - meu pai vai me matar né?

   - Relaxa menina, seu pai já foi, ele percebeu que o menino Bernardo não queria ir e ele sabe que força as coisas não vai da em nada.

  - Ai que bom, sabe Mari eu não estava nem um pouquinho afim de ir.

  - O bom é que vocês vão ganhar uma folguinha, leva o menino Bernardo pra conhecer a fazenda ou a cidade, sei lá vão se divertir.

  - Eu e ele? - rio irônica - Não rola Maria, ele não foi muito com minha cara.

  - Por isso mesmo você tem que fazer ele ver que está  errado, vocês vão viver um ano sobre o mesmo teto, se viver em guerra vai todo mundo sofrer. - Ela fala seria.

  - Você tá exagerando, fica tranquila nada muito ruim vai acontecer. - Ela me olha com uma cara mais fechada ainda. -  tô falando serio Maria, eu  mato ele  antes de ele tentar algo.

  - Eu  tô falando serio menina, vocês começam com as implicância e vai indo achando que é saudável e quando menos você esperar estão se atracando, e não no bom sentido.

  - E tem um bom sentido pra se atracar? - pergunto risonha

  - Tem, ô se tem. - ri e eu acompanho balançando a cabeça, tenho certeza que eu devia estar vermelha naquele momento, eu sentia minha pele corar. - Mas eu estou falando serio Ana.

  - Tudo bem eu vou tentar. - ela me olha desconfiada. - É serio eu vou.

- Ok, eu vou lá tenho que termina minhas coisas, vou embora cedo hoje, depois do almoço eu vou falar pra Victor da folga de tarde pra Bernardo pra você levar ele pra da uma volta.

     - tá. - Maria já estava fechando a porta quando Ana gritou. - Pera ai! Ele acordou cedo hoje e foi trabalhar? - Pergunto incrédula.

  - Uhum, seu pai o acordou e deu a ele uma escolha, ele preferiu ficar e ajudar Victor com o gado.

  - Obviamente, até eu teria feito o mesmo.

- Essas viagens são tão chatas assim?

- Só não são muito animadas, é um bate volta cansativo.

- Entendo, eu vou lá menina até você decidi acorda de verdade.

   Só quando Maria fechou a porta que eu vi o quanto estava cansada, assim que coloquei a cabeça no travesseiro dormi novamente.

  Pov.: Bernardo

  -  Acorda Bernardo!

- Uhmm.

- Anda logo eu estou atrasado.

- Eu não quero ir John. - falo totalmente grogue de sono e cubro a cabeça, não estava afim de conversa .

- Eu sei, e por isso não vou te obrigar.

Eu descubro a cabeça e abro só um olho.

- Serio? - Ele afirma com a cabeça serio. - Serio mesmo? - Me sento na cama.

-  Eu sei que você não quer ir, eu não vou te obrigar mas...

- Estava bom demais pra ser verdade. - o interrompo.

  - Você vai ficar aqui, mas vai ajudar Victor com o gado e tudo que ele precisar, então levanta essa bunda branca dai e vai trabalha. -  Fala sem da importância para minhas reclamações.

  - Falow. - Me jogo na cama de novo frustrado enquanto John vai andando para fora do meu quarto.

- Agora Bernardo! - Ele para  bruscamente  na porta e fala tão firme que se tivesse gritado não teria tido tanto efeito.

- Eu já vou cara, relaxa.

- Tô relaxado. - Sai sem fechar a porta, tá ai algo que repudio, o que custa fechar a porta caralho.




Eu ando ate onde Victor se encontra, ele  tira leite de uma vaca malhada em uma rapidez enorme, quando chego perto o suficiente ele me olha e da um sorriso de como quem sabe das coisas.

- Levantou cedo.

- Isso é grande.-  observo o pasto de grama bem verde que devia bater em minha canela, eu conseguia  ver onde a cerca começava mas não onde ele terminava e tinha tanta vaca e boi de tudo quanto e jeito, brancos, enormes, pretos, malhados - muito grande.


- São mais ou menos  dez mil metros de pasto, tem cabeça aqui que custa um carro, desses bom que vocês adolescentes gostam hoje em dia.

- Quantos metros tem isso tudo afinal? - Eu estava realmente curioso parecia não ter fim.

-  Duzentos mil , quinhentos, quem sabe? - Ele se encosta na  cerca do lado de dentro olhando pra mim. - Seu pai desistiu de levar vocês foi?

- Graças a Deus. - me encosto na cerca também de costa mas de um jeito que consigo olha pra ele enquanto conversamos.

- Você  deveria da um chance a ele, sabe, mesmo que tenha acontecido algo no passado, isso não é só por ele é por ti, vai aliviar essa dorzinha que  te incomoda as vezes, rancor é um perigo menino. - Ele sorri mas não um sorriso amigo ou pra mim, foi mais como se ele tivesse rindo pra se mesmo, meio bobo. - Olha pra tu ver, estou falando igual minha Maria.

Eu rio junto com ele, eu acho bonito nem sei porque, mas se eu escutasse algum amigo falando desse jeito meio bobo eu ia achar aquilo muito gay(até Leon eu zoei no inicio), mas quando Victor o fez não foi isso que eu pensei, eu não me imagino desse jeito nem tão cedo, acho que esses amores que começam quando  novos sempre não dão em nada, e temos mais e que aproveitar mesmo  pra que se prender a uma  só? Falando nisso eu tenho que da um jeito de terminar tudo com Lana, isso já não dava certo antes, imagina agora longe, e vai que esse lugar tem alguma garota gostosa por ai, nunca se sabe, aquela loirinha por exemplo ela é uma gata, chata pra caralho mas gata. Que? Nada disso Bernardo, foco, foco cara.

- Mas eu estou falando serio Bernardo. - Victor diz me fazendo pensar no que ele tinha dito antes, quando outras pessoas tocavam nesse assunto eu dava um jeito de ignorar ou falar qualquer coisa pra ela nunca mais falar disso novamente, mas com ele era complicado, ele sempre dizia as coisas de uma forma acolhedora, como se realmente entendesse o meu lado.

- É complicado, não é tão fácil quanto parece.

-Eu não disse que era fácil. - Pisca  me passando o balde de leite saindo do pasto. - Tem umas cercas a uns trinta metros daqui que estão precisando de manutenção, sua tarefa pegas essas ferramentas e essas madeiras que estão ai do lado. - Aponta a umas ferramentas que ate agora não tinha reparado do lado de fora de celeiro. - É essa sua tarefa depois tu da umas voltas pra ver se tem outras, se não vem falar comigo, porque  aqui não falta trabalho.

Dou um aceno pra ele que vai em direção a casa novamente que a propósito esta um pouquinho longe daqui, eu vou em direção as cercas que estão com rachadura  e algumas até quebradas, troquei as madeiras e começo a andar pra ver se acho outras e encontro arrumando também, eu acabo vendo umas pessoas e outras passando pelo lado de fora ou cuidando de um animal ou outro, eles sempre me cumprimentam com aceno de cabeça, vez ou outra era acompanhado de um "Opa", eu não tenho certeza mas acho que meu serviço não estava ficando ruim afinal, eu estava terminando uma cerca quando chega perto de mim um homem de mais ou menos vinte anos, era alto e loiro bem bronzeado as roupas parecia as fantasias de halloween que eu usava quando criança,  as calças eram tão apertadas que marcava ate a pinta que ele tinha na perna,eu só conseguia imaginas como será que os bago dele consegui sobreviver aquilo, um cinto enorme, blusa xadrez e botas de cowboy, a vontade de rir era grande mas me esforcei ao máximo pra me segurar.

- Você que é o Bernardo, certo?

- Isso ai, que que pega cara? - Me levanto com a caixa de ferramentas na mão, pronto pra ir embora.

- Você deve está querendo se matar, mó playboyzinho de cidade grande tendo que trabalhar. - Cara eu não gostei desse mané, ele falava como se aquilo fosse a coisa mais engraçada do mundo.

- Tá suave pra mim cara, eu não vou morrer por causa de um pouco de trabalho, eu sou da cidade grande isso não me faz um preguiçoso.

- Não eu não disse isso, você que se sentiu atingido atoa, deve ser coisa de gente da cidade grande né? - Zé que  moleque chato.

-  Cara pensa pelo menos eu não sou burro. - sorrio e ele faz uma carranca. - Só burro mesmo pra achar que viver na cidade grande me faz ser qualquer uma dessas coisas que tu insinuou, mas com certeza me faz ser mais estiloso. - Olho pra ele de cima abaixo, e eu não controlo minha cara de deboche.

Eu saio andando porque minha mãe já dizia, que  na fila de paciência eu passei direto, e ela tem total razão, como o cara chega do nada, falando merda desse jeito, quando estou a alguns metros dele o mesmo grita.

- Victor mandou você desce lá no celeiro assim que acabar. - De costa mesmo eu faço um beleza pra ele e continuo minha caminhada.

  Tinha mais algumas cercas estragadas por ali, arrumei todas e assim que terminei fiz minha caminhada ate o celeiro, era perto dali descia um pequeno morro em direção contraria a casa grande. Víctor estava com uma mamadeira na mão eu assim que ele colocas os olhos em mim sorri, eu retribuo sorrindo confuso e antes mesmo que eu perguntasse ele diz:

- Você quer me ajudar com os filhotes? - me estende a mamadeira, são então vejo bezerros atrás dele, cara quando eu ia me imaginar dando de mamar pra um bezerro, bem e aqui estou eu.

_ Deixa eu te mostrar como é. _ Victor pega da minha mão e me mostra me dando de volta logo em seguida e então eu faço sozinho enquanto ele cuida de outros bezerros .

Nos cuidamos dos filhotes damos banho e comida e depois limpamos o celeiro que parecia mais um chiqueiro de tão sujo, aquilo me fez pensar se aqui também tinha chiqueiro.

- Victor? - ele para de juntar feno e me olha atento. - Vocês tem chiqueiros por aqui?

  - Temos de tudo um pouco, mas nossa especialidade é o gado e os cavalos, por que? - Ele diz divertido.

- Só curiosidade mesmo. -Nos dois continuamos o nosso trabalho ate que ouvimos uma gritaria e risadas do lado de fora.

- Ana não pega ninguém só pega coco de neném. - A voz da pequena Sofhi, junto com as risadas do irmão  ecoa chegando no celeiro.

- Você vai ver Sofhi quando eu te pegar vou fazer tanta cosquinha mais tanta cosquinha, que você vai ficar que nem um tomate de tanto rir. - As duas crianças correm para dentro do celeiro que já estava quase todo limpo, e abraçam  as pernas do pai.

- A agora vocês correm pro papai né? - Ana entra  sorrindo no celeiro e olha diretamente na direção dos meninos. - Vocês estão encrencados mocinhos.
  Ela olha em minha direção mas logo em seguida desvia o olhar, os meninos continuam rindo mas já estavam cessando a euforia.

- Vitor, Maria tá chamando pra almoçar.

- Nos vamos terminar aqui e já vamos, vocês já podem ir descendo. - Ana afirma e sorrir pra Victor, ela tem um  sorriso de moleka.

- A não papai deixa a gente te espera? - sofhi faz biquinho e cutuca o irmão com o cotovelo, que logo entende o recado e a acompanha juntando as mãos.

-Tudo bem, já estamos acabando mesmo né Bernardo? - Victor pisca para mim.

- Verdade, Rapidinho nós terminamos, aí eu vou apostar uma corrida com vocês pra ver qual de vocês é o mais rápido.

- Claro que sou eu, pera mentira, a Ana é a mais rápida de qualquer um de nós. - sophi diz me desafiando. - Aposto que ela ganha ate de você Bernardo.

- Será que ganha mesmo?

- Que? Eu não tenho nada ver com isso.

- O que é pequena Ana tá com medo? - Ela rir com desdém, levanta e passa a mão no cabelo jogando ele pra trás.

- Não meu, eu só não quero te humilhar mesmo.

-Ooooooouuu. - faz as crianças em coro.

- Isso é o que nós vamos ver.

 
Continuo meu trabalho junto com Victor que até agora só observava e ria, velho eu vou rir demais quando ganhar dessa menina, vou jogar as palavras dela contra a mesma e eu quero ver  onde ela vai enfiar essa certeza dela.
Terminamos tudo, do lado de fora Peter e Sophia corriam com uma flor na mão na direção da bendita, pra não dizer outra coisa. Eles riam enquanto entregavam pra ela e brigava pra saber quem tinha trago a melhor flor.

- Meninos, vamos lá né, é a mesma flor, olha lá tá na hora, macaco mandou todo mundo voltar pra casa, lavar as mãos e comer.- Ela disse quando me viu sair do celeiro.

Tinha uma torneira perto do celeiro lavei minha mão lá e bebi um pouco de água.


- E agora que vocês vão correr né? - Sophi fala batendo palminhas.

- Filha não amola o Bernardo e a Ana. - Victor sai do celeiro limpando a mão em um pano.

- É verdade talvez Ana nem queira correr Sophia.- faço meu melhor olhar desafiador.

- Tanto faz, quer correr vamos correr.

Nos começamos a correr com Pet e Sophi, nos mais riamos do que do que corremos, mas logo eles cansaram e ficou só eu e Ana nos estávamos quase juntos, uma hora ela na frente outra hora eu, mas não ficamos assim por muito tempo ela pegou embalo e estava muito mais a frente do que eu, tive que batalhar muito pra estar lado a lado com ela, eu ia ultrapassa-la, mas veio em minha direção rápido demais, foi o tempo de nos dois frearmos bruscamente, eu cai no chão com a parada repentina, e juro antes de ver aqueles pelos negros sedosos e os olhos tão negros quanto, eu não acreditava em amor a primeira vista mais cara, que cavalo era aquele? seu rabo era enorme e seu corpo robusto(se é que se pode falar assim de um cavalo). ele abaixou sua patas pois ele tinha ficado só nas de traz, eu me levantei e Ana parou ao meu lado um pouco ofegante.

    

  - Invictum, de novo não

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  - Invictum, de novo não. - Ela fala cansada, e algo me dizia que não era pela corrida mas sim pelo...

- Invictum? - Eu indaguei passando a mão pelo seus pelos macios, fazendo com que o animal respondesse a meu toque esfregando a cabeça em minha mão.

- Sim, Invictum vem do latim invicta, significa o indomável. -falou tudo rápido demais, então ela respira fundo. -  Ele gostou de você... ele não costuma nem ficar quieto, quem dirá para pra receber um carinho.

É eu também gostei dele. - pensei comigo mesmo.

  - E eu aposto que é por isso do nome. - sorrio acariciando Invictum. - Talvez temos coisas em comum.

- A  com toda certeza. - A garota ri abertamente. - Os dois são nervosinhos, se estressa do nada.

Eu ia falar ia retrucar, mas de longe eu vi correndo quatro homens, com laços na mão, eles estavam soados eu pude ver quando se aproximavam os rostos melados e corados pela euforia.

   - Olá Ana. - O homem na faixa dos 35 anos sorri ofegante.

- Iai gatinha como ce tá. - só agora percebi o idiota das calças de mamãe sou gay, ele fala encostando nela, como se fosse íntimos.

- Oi Robson como vai a família? - Ela diz com um sorriso direcionado ao homem. - A oi Bob. - falou e eu percebi a voz dela se mudar para desanimo, além disso eu me esforcei em segurar o riso quem se chama Bob? Acho que ele percebeu e fez uma cara feia, um pouco mais do que a dele próprio, e me deu mais vontade de rir ainda.

- Esta tudo ótimo, Graças a Deus.

Os outro dois homens só enlaçou o cavalo, fez um comprimento com a cabeça e saiu, levando o animal e eu nem escondi minha cara de desapontamento.

- E tira o olho playba, eu estou tentando domar essa belezura a um tempo, e pretendo ficar com ele.

- Como assim ficar com ele? - Ana indaga, não me deixando nem responder.

- O cavalo já esta ai ha um tempo gatinha e ninguém consegue domar, só traz prejuízo, pois só vive fugindo e invadindo outras propriedades, tenho certeza que seu pai vai concorda com a ideia.

- Que ideia? - Ana já parecia exasperada, mas talvez fosse impressão minha.

- Sabe Ana, você sabe que e difícil domar o animal.... - Ana interrompeu o homem mais velho.

- porque ele é indomável, IN - DO - MÁ - VEL. - Falou pausadamente. - Não nasceu pra ser montado por qualquer um, você sabe ela montava ele, não e impossível.

- Nós sabemos que não é impossível, por isso Bob quer fazer a proposta de se ele conseguir domar o animal, ele fica com Invictum.

-Meu pai não vai concorda com isso, não mesmo. _ Ela passa a mão nos cabelos rindo sem humor.

- relaxa gatinha, eu vou cuidar bem dele. - Ele fala colocando a mão sobre o ombro dela e Ana rir de verdade agora mais ainda amarga.

- A por favor Bob, você só pode esta brincando comigo né... Só pode... - Eu percebi que ela tinha mais oque falar mas hesitou.

- Fica tranquila Ana seu pai não falou nada ainda, é só uma ideia. - O tal Robson se pronuncia.

-Uma ideia terrível alias, pera meu pai cogitou a ideia? - Os dois se calam e trocam olhares, Ana pareceu entender o recado, Robson olha para ela com pena, mas a garota gira nos calcanhares e sai dali pisando forte, sem da mais nem uma palavra.


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