Loirinha

53 1 0
                                    


Pov.: Ana
Eu estava perto do curral em um lugar que nos usávamos para banhar os cavalos e já tinha pegado os dois  que meu pai ia leiloar , adiantava as coisas quando Bernardo vem em minha direção com cara de quem comeu e não gostou, não que ele tivesse outra já que desde que chegou aqui ele só vivia emburrado e espalhando ignorância por onde passava.

- Oque é que eu tenho que fazer? - Delicado como sempre.

- Nos só temos que lavar esses dois cavalos, eles são dóceis então vai ser fácil.

- Tá, me passa essa mangueira aí, eu lavo esse preto e tu lava esse aí.

- Eu acho melhor um de cada vez, eles são dóceis, mas não quer dizer que eles são comportados.

  - Tanto faz cara, que merda. - Ele me olhou pela primeira vez desde que chegou ali, seus olhos cruzaram com os meus por segundos mas que pra mim durou horas, eu não sei se foi impressão minha mas ele ficou desconcertado desviou o olha rapidamente  abaixando pra pegar a mangueira.

  - Vamos começar pelo preto,  você molha e eu esfrego.

  - Tanto faz.

  Eu me virei para pegar o balde com shampoo e a esponja e eu até engasguei com que vi quando voltei a olhar pra ele, Bernardo estava terminando de tirar a camisa e oque ele tinha de idiota ele tinha de gostoso, a barriguinha malhada mas não aquelas barriga bombada e artificial, até parece que o babaca nasceu assim, e oque aquela tatuagem estava fazendo ali era pra deixar alguém louca? só deu pra ver um pedaço pois o desenho estava escondido pela calça e o pior de tudo é que eu queria saber até onde ela ia.

  - Se você tirar uma foto dura mais. - Só quando essas palavras saíram da boca do idiota número um que eu percebi a marnota que eu estava dando,  até porque não seria eu se não desse, sempre estou passando vergonha.

Eu dei de ombros e fingi indiferença, mas só fingi mesmo, eu estava morrendo de vergonha e tenho certeza que ele sabia pois meu rosto estava queimando, e isso significava que eu estava vermelha.

  - Vamos terminar com isso logo.- Eu não sei oque estava passando pela minha cabeça, oque deu em mim pra ficar pensando essas coisas e encarando esse imbecil desse jeito?

Pov.: Bernardo
Eu estava muito puto além de ter enfiado o pé na bosta eu ainda tive que ajudar aquela menina, era só pra me testar mesmo viu, eu não sei se os meus pecados foram tantos assim.

A loirinha esfregava o cavalo de um lado e eu jogava água do outro, nos já estávamos no segundo cavalo e eu ri com as lembranças dela me secando, ela tinha ficado mais vermelha que um tomate quando peguei ela no flagra, aqueles olhos verdes que ao mesmo tempo que mostrava desejo tinha inocência e aquilo me fez querer coisas em que eu não podia ter, que? Nada disso eu não queria nada, essa loirinha sem graça e chata eu não queria nada, nada mesmo.

  - Ou!  Você tá molhando minhas pernas. - Eu saio dos meus devaneios,  e minhas lembranças de hoje cedo vem a tona, e eu não pensei muito quando fiz, foi infantil eu sei mas eu só percebi que mirei a mangueira na direção dela quando ela começou a gritar.

- Não acredito Bernardo que por... Caria, para vira essa mangueira pra lá, para com isso, PARA.

  - Agora eu te entendo a sensação é muito boa.

-  Então é assim, você não acha que tá muito grandinho pra essas babaquices de vingança não?

-  Eu? A única coisa que eu acho é que você ficou muito sexy toda molhadinha.

  - Aa seu... - Foi tudo muito rápido de novo e quando eu fui ver a água com sabão suja já estava sendo jogada em mim, e logo depois começou a guerra,  a loirinha tinha jogado toda a água do balde em mim, então eu estava na vantagem com a mangueira e quando ela viu que não tinha outro recurso veio para cima de mim na tentativa falha de arrancar das minhas mãos, baixinha daquele jeito era até engraçado ver ela tentando, eu só fiquei com as mãos pro alto e rindo,  pulava e mesmo assim não conseguia, e quando ela abria uma brechinha eu molhava de novo.

  - A que saco, você é um idiota.

  - Obrigada, os bicos do seu peito também são lindos. - Ela ficou vermelha mas naquela hora não tive certeza se era de vergonha ou de raiva, só senti quando ela bateu em meu peito com toda a força do corpo, eu desequilibrei no chão lamacento e cai e por reflexo puxei ela comigo que caiu em cima de mim.

- Desculpa, você tá bem? - Ela olhou nos meus olhos e desvio no mesmo tempo, oque essa garota tinha eu joguei água nela e irritei ela, e agora essa loirinha vem com esse papo de " desculpa, você tá bem? "  ela queria me tirar do sério só pode, falando doce daquele jeito e com aquela boquinha rosada, em cima de mim e de novo eu quis beija- lá.
  Que porra Bernardo é só porque faz tempo que tu não come uma mina só por isso relaxa pensa com a cabeça de cima que vai da tudo certo.

  - Da pra você sair de cima de mim? - Ela ficou sem graça, droga, ela não podia ficar vermelha não mesmo aquilo era muito.... sei lá oque era, só que ela não devia fazer isso não mesmo.

  - Desculpa e- eu aí, que saco, mas não foi só minha culpa também, você que começou. - Ela levantou e que bosta era aquela, o vestido dela estava todo grudado no corpo e os lábios agora estavam roxos de frio pois estava no final da tarde e de noite ventava demais por conta das árvores, e mesmo assim ela esta... Ela não estava nada.

  - Onde é que fecha isso - Disse rude quando me levantei.

  - É lá...

  - Oque aconteceu aqui? - Victor apareceu  e Ana deu até um pulinho de susto.

  -  Vocês tão querendo oque?  Pega uma pneumonia é?  Já está anoitecendo,  venta demais aqui a noite. - Eu e a loirinha ( apelido que eu dei a ela e nem percebi) parecia duas crianças que fomos pegas brigando pelo brinquedo mais legal e era vergonhoso.

- Desculpa tio Victor, é que foi meio que sem querer.

- Sem querer? - Vitor riu oque me aliviou. - Imagina quando for por querer, você vai jogar ele no estrume dos porcos?

- Bem que não é uma má ideia. - Ela riu de um jeito moleca encantadora.

- A que engraçado, quero até ver você tentar. - Ana já ia me responder quando Vítor a interrompeu.

  - Os dois já chega por hoje né? Vão tomar banho antes que vocês morram, Ana tu sabe que tem bronquite não pode ficar molhada nesse sereno,  eu guardo os cavalos pra vocês. - Nos ficamos parados olhando um para o outro,  acho que querendo saber se devíamos ir embora mesmo e deixar nossa "lambança" nas mãos do Victor.

  - VÃO LOGO! - Ele pega a mangueira e joga jatos de água em nós. - Tão esperando oque?  Caça caminho de casa vai, vai - Eu e a loirinha saímos andando devagar com receio e Victor nos expulsando.

  - Você acha que devíamos ter deixado aquela bagunça lá com ele? - Fala depois de um tempo em que andávamos em direção a casa grande.

  - Não sei. - Eu respondo sincero. - Mas ele insistiu muito né?  Relaxa.

  Oque eu estava fazendo tranquilizando ela eu não sei, deve ser porque eu também estava precisando me tranquilizar, Victor era um cara legal.

- Oque aconteceu com vocês? - Maria estava fazendo um drama enorme,  nos só estávamos um pouquinho molhados. - Ana seu cabelo tá pingando água você sabe que não pode ficar molhada num frio desses menina, e você Bernardo cheio de lama sujando o chão da minha sala toda.

  - A com ela você preocupa né, agora comigo você reclama do chão, é legal saber o quanto sou importante pra você.

  - Dramático você não é né?

  - Em Maria?! - Falo dando ênfase no "Maria" essa loirinha é muito atrevida se eu pegar pra... Pra nada, cabeça de cima, lembre-se sempre.

- Olha aqui vocês dois parem de brigar já deu, e você menino sem drama ok? Vão tomar banho os dois e desce pra jantar, antes que vocês resolvem fazer farra aqui também.

- Que isso Maria. - Ana faz cara de inocente.

- Desse jeito você fere nossos sentimentos.

- Ata e você tem isso?  Sentimentos? - Ela me olha com uma cara de deboche que... Eu queria odiar mas aí era tão sexy.

- Por você eu tenho, mas nenhum bom.

- Aí eu tô tão triste e.... 

- CHEGA. - Maria a interrompe. - Vocês dois não cansam,  pelo amor de Deus vão tomar banho, AGORA.

- Tá, tá, já vamos não precisa se exaltar. - Eu disse subindo junto com a loirinha, e lá embaixo Maria continuava a resmunga.

- Nossa parece duas crianças, nem meus filhos brigam assim, pai amado me dê paciência, por favor.

Quando cheguei no andar de cima entrei no meu quarto rapidamente sem nem ao menos dirigir a palavra pra loirinha, estava tudo arrumado e limpo, não que eu tivesse sujado mas dava pra sentir o cheiro do produto de lavanda e as roupas estavam todas guardadas,  fui pegar uma roupa qualquer pra descer e jantar,  porque uma coisa que eu estava era com fome eu só tinha almoçado e trabalhar da mais fome ainda, peguei a roupa e lembrei que não tinha trago uma cueca se quer.

- Que porra viu, eu devia ter sido menos orgulhoso e pedido ajuda a dona minha mãe.

Peguei uma bermuda e uma camisa qualquer, entrei no banheiro e me olhei no espelho que tinha a cima da pia, eu estava com o rosto vermelho por conta do sol e eu tinha alguns arranhões espalhados pelo abdômen,  mas continuava gato,  tirei a calça grudada e a única cueca que eu tinha e aproveitei já lavei ela, ali na pia mesmo depois entrei no box e tomei o melhor banho de todos os tempos, bem pelo menos estava bom até eu começar a pensar em quem não devia, como ela corava de vergonha, o corpo dela marcado naquele vestido florido a boquinha o olha inocente, a como eu queria tirar a inocência dela.

Sem perceber eu comecei a "bater uma" pensando nela eu tocava no meu Pau pensando nela, na boquinha dela ali fazendo um oral e... Caralho eu não podia eu nem vou com a cara dela... Eu tentei parar mas já era tarde, depois de um tempo eu gozei pensando naquela loirinha atrevida.

Oque O Destino ReservouOnde histórias criam vida. Descubra agora