3| Desconfiança

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No dia seguinte,recebo a ligação do Jorge. Claro,eu ainda estava irritada,mas resolvi atender:

— O que você quer?!

— Por que não apareceu na festa ontem?

— Claro que fui. Mas,parece que você estava muito ocupado beijando a Makiza.

— Isso foi uma confusão! Pois, ela que me beijou e...

— Então você deve ter gostado. Pois,a beijou com tanto gosto...

— Eu iria preferir se você estivesse no lugar dela!

Nesse momento,eu quis me iludir. Porém,eu estava tão irritada que cada palavra dele, era uma vontade de gritar!:

— Won,que fofo! Pena que não dou a mínima pra você,seu falso. Agora não fala mais comigo,OK?! Obrigada de nada!

Desliguei na cara dele e taquei o celular na almofada.

Logo em seguida,meu pai bate na porta querendo conversar:

*TOC TOC TOC*

— Posso entrar,filha?

— E tenho a opção de não deixar?!

— É... Eu só vim me desculpar...

— Pai,eu já disse que você tem que entender que já estou em uma nova fase. Um dia,você querendo ou não vou namorar!

— Eu sei! Mas tem tanto tranqueira nesse mundo! Dá um medo...

— Eu agradeço a preocupação. Mas não sou boba.

— Pois é. Percebi! Estou desculpado?

— Vou sair do castigo?! - Disse enquanto sorria e o abraçava.

Fui para a sala comer um salgadinho. Me joguei no sofá e fiquei assistindo algumas novelas dá tarde.

Até que aquela campainha toca novamente! Quando abro, é alguém atrás de um buquê de flores. E esse alguém era o Jorge. Fiquei ali parada, olhando pra ele com uma cara séria. Então ele me diz:

— Aceita esse buquê de flores como minhas sinceras desculpas?!

— Aham!

— Posso entrar e explicar?

— Ah,claro.

Ele se senta no sofá e me dá as flores. O meu maior medo naquele instante era como seria a reação do meu pai.

E assim começamos a conversar:

— Não acredita que foi ela que roubou o beijo?

— Já confiei em tanta gente que, confiar em mais alguém tá difícil...

— Mas por favor,confie em mim! - Ele disse enquanto segurou minha mão.

Mas...

— O que está acontecendo aqui?! - Gritou o meu pai.

— É... Prazer,senhor. Sou o Jorge,amigo dá Kirza.

— Nada prazer em conhecê-lo.

— Pai!

— O por que desse buquê?

— É que tive um mal entendido com sua filha e dei esse presente.

— Hum... Que mal entendido?!

— É... Pai,ele já estava indo embora.

— Sim,até mais Kirza!

Meu pai me olha enquanto sorria. Entranhando,pergunto:

— Por que o sorriso?

— Hum... Já tem namoradinho é?!

— Para pai! Ele só é meu amigo,tá?

Subi as escadas toda vermelha. E fiquei me perguntando "por que meu pai não brigou comigo?" Achei isso estranho,mas ao mesmo tempo de boa.

Fiquei ouvindo um pouco de eletrônica enquanto banhava. Depois,troquei algumas mensagens com o Jorge.

No dia seguinte...

Levantei toda animada para ir pra escola. Tomei o café,me arrumei e fui. Não o encontrei no ônibus,e isso,fez com o que eu me preocupasse.

Do Normal Ao Incomum ( Finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora