2| A fuga

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... Era o Jorge. Sem saber como reagir,fiquei alguns segundos olhando pra ele. Então,me perguntou:

— Será que eu poderia entrar?!

— É-é... Claro que pode!

— Obrigado,Kirza.

Quando vi ele colocar o primeiro pé dentro dá minha casa,só pensei quando meu pai chegar... Estarei frita!

Convido ele para sentar no sofá e ofereço uns biscoitos. Ele recusa,então pergunto:

— Então,o que veio fazer aqui?!

— Ah sim... Vim te convidar para a minha festa de aniversário... Gostaria de ir?

— Claro! Seria uma honra... Quer dizer,tanto faz!

Rindo ele fala — OK,te espero! - me entregou o convite e foi embora. Só que ocorreu um probleminha... Meu pai viu o Jorge saindo dá casa. enfurecido pergunta:

— QUEM ERA AQUELE GAROTO?

— Calma,pai! Ele só veio me convidar pra festa dele.

— SERÁ QUE FOI SÓ ISSO?

— Pai! Você já sabe que te obedeço e não faria nada sem sua permissão! Para de ser coruja! Já tenho 14 anos,e se eu quiser namorar eu vou!

— Olha,eu perdi o emprego então estou de cabeça cheia. Agora sobe pro seu quarto! E você não vai pra essa festa!

— Mais pai!

— Nada de "mais pai". Me obedeça!

— "Aff"!

Subi totalmente revoltada. Meu pai é daqueles corujas, então só de ver um menino do meu lado já procura discutir! Deitei na cama e abracei o travesseiro. Tirei um cochilo pra ver se a raiva passava...

Depois de aguardar dois dias, chegou a festa tão esperada! Só o problema,eu ainda estava de castigo. Mas quem disse que eu não iria?!

Peguei um vestido preto que batia até o joelho,coloquei um anel de caveira e usei um salto bege. Arrumei meu cabelo passando babyliss e coloquei um chapéu preto também.

Ele morava à uma quadra dá minha casa,então não era longe.

Ao perceber que meu pai estava no banheiro,sai às pressas. Aliás,se ele fosse lá, pensaria que eu estava dormindo,pois fiz aquele truque com o coberto e almofadas.

Chegado lá,toco a campainha, e sou recebida pela Rillary. Entrei com um olhar de "vai dar tudo certo". Mas... Olhei para o lado e vi o Jorge beijando aquela garota escrota. Então, sai dá festa com lágrimas nos olhos e sem olhar para trás!

Mas aí,as coisas se complicaram. Quando cheguei em casa,vejo meu pai sentado no sofá com uma cara de "um mês sem internet"...

— Senhora Kirza Ferreira Feuerschütte. Onde estava?!

— Não te devo explicações!

— EU SOU O SEU PAI! VOCÊ DEVE ME EXPLICAR O QUE EU EXIGIR!

— Depois dá morte dá mãe, você andou muito irritadinho. Me deixa em paz!

E eu vou para meu quarto me banhar em lágrimas e raiva.

Do Normal Ao Incomum ( Finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora