12. O Ataque Duplo

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"Ennervate!"

Madame Pomfrey movia com rapidez a varinha pelo corpo de Rita.

No mesmo momento em que ela pronunciou,a menina que tinha no rosto um corte que atravessava toda a testa retornou acordou puxando de uma vez fôlego pela boca.

Suada e com uma dor intensa ela gritou.

"Calma menina! Calma!" Madame Pomfrey se pôs a dizer.

A velha enfermeira ensopou uma esponja de uma poção verde-lodo e começou a passar sobre os braços dela, enquanto isso, murmurava algumas palavras.

Lentamente os pequenos arranhões que haviam iam desaparecendo.

Rita olhou ao seu redor, sua visão estava embaçada, enxergava apenas a Madame Pomfrey e muito mal, estava mais para um borrão do que uma visão propriamente dita. Mesmo que tivesse a certeza que estava na ala hospitalar não podia divisar o cômodo.

Ela começou a chorar.

"Calma menina!" Madame Pomfrey tornou a dizer.

"O que conteceu?" Rita indagou soluçando.

Madame Pomfrey colocou novamente a esponja em uma bacia branca cheia do mesmo líquido verde. Numa voz apressada ela falou:

"Você foi estuporada, e caiu no chão. Por isso seus braços e sua cabeça estão desta forma."

"Onde eu... Eu estava?"

"Você não lembra?" Madame Pomfrey parou com seus cuidados e olhou atentamente para a menina.

Rita apenas negou com a cabeça, o que a fez doer ainda mais.

"Não deve fazer esforço, mais uma queda dessas e sua cabeça não vai aguentar." Tendo dito isto ela saiu de sua cama e foi atender uma outra que estava do seu lado(a outra cama estava protegida por uma cortina).

Ela olhou para o lado buscando seus óculos, mas esse mínimo esforço fez sua cabeça doer ainda mais.

Madame Pomfrey já saía da cama vizinha.

"Calma garota!" Ela apenas falou.

Da cama do outro lado ela viu um vulto escuro estendendo alguma coisa para ela, apanhou seus óculos da mão dele.

Conseguiu ver claramente a ala hospitalar quando os pôs, as camas de cada lado. Uma boa parte ocupada, mas seus residentes dormiam. Seus olhos pararam num garoto de cabelos pretos que estava do seu lado.

"Obrigado!" Ela falou.

"De nada!" Victor, colega dela de casa falou de volta.

Ela olhou para o teto e para as janelas por onde entrava uma luz tremeluzente.

"O que aconteceu?" Ela pronunciou.

"Dois gritos, a gente ouviu." Ele apontou para uma menina que estava deitada na cama vizinha ele.

"Gritos?" Ela indagou curiosa mas ao mesmo tempo temerosa.

Sua cabeça latejou.

"Sim, gritos, e de repente vocês vieram pra cá." Ela falou indiferente. Seus olhos miravam o candelabro que estava no centro da enfermaria.

Seu coração estremeceu. Rita fez esforço e conseguiu se virar para ver melhor o menino.

"Vocês?" Indagou.

"Sim, você e aquela menina da cama vizinha." Ele apontou para a cama vizinha a dele.

Rita olhou para a cama ao seu lado. A cortina impedia de ver quem estava depois dela.

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