ChinaWare {jikook}

T

Amor pode não ser a palavra correta para descrever aquilo, e talvez não estivesse nem próxima da palavra apropriada, mas era fácil de confundir.

Tinha curiosidade, fascinação, desejo e carinho.

Jeon estava amando Jimin.

Você pode achar precipitado, mal dirigido, mas na real, amar não é só querer casar-se com essa pessoa, e querer passar a vida toda com ela, amor não precisa ser construído, você não precisa classificá-lo.

É só... Amor. Sem explicação, sem histórico, sem motivos. Era apenas um sentimento que nascera durante uma noite, e não precisava ser catalogado, não precisava ser registrado, o mundo não precisava saber, ninguém precisava saber.

Em tão pouco tempo?

Acontece.

Como Jungkook iria matá-lo se o amava?

O amor, mesmo o repentino, e talvez mais esse do que outros, lhe deixa tonto, muda as coordenadas do cérebro, te faz ir pela esquerda quando o endereço fica à direta. É imprevisível.

Jungkook chegou a conclusão de que estava amando Jimin, quando o garoto caiu no sono, ao seu lado, com a respiração tranquila e a expressão serena. Ele sentiu algo que nunca sentira antes, era incomum, era um misto, estranhissimo, de querer cuidar e ter por perto.

Jeon nunca sentiu isso.

E a coisa lhe deixava-o com um sentimento de fragilidade, de vulnerabilidade.

Jungkook era sentimental, apesar de tudo. Pode rir.

Ele infiltrou os dedos por entre o cabelo loiro do rapaz, e acariciou seu couro cabeludo. Jimin era o ser mais belo que Jungkook já pôde tocar, o mais doce, o mais amoroso, o mais precioso.

Jeon se levantou da cama e caminhou à passos leves até sua mala, no canto do quarto, onde abriu o forro falso e retirou de lá o revólver escuro.

E amor não te impede de matar.

Ele apontou a arma contra o peito do garoto, ele destravou o objeto, e seus olhos pararam no rosto angelical de Jimin.

Jeon imaginou aquele rosto tão lindo estampado nos jornais, imaginou a família entrando em desespero, imaginou os amigos dando depoimentos do quão alegre Jimin era.

Sua nona ou oitava vítima. Encomendado por um psicopata medroso.

Park Jimin, vinte anos, Seul, designer, sociável e sem ficha criminal.

Um alvo fácil.

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