Sinopse: Rayssa é uma garota tímida, inteligente, gamer e reservada. Se pudesse fugiria de todas as selfies que suas amigas tiram na escola, mas hoje em dia é praticamente impossível não ter algo exposto na internet. Por ironia do destino, Rayssa s...
— Ei, moço me vê um hambúrguer completo com muito molho, queijo duplo, alface, tomate, maionese e ketchup transbordando, por favor? — pedi sem parar para observar a cara de espanto do Yuri. Eu estava com fome e queria comer o maior hambúrguer da casa. Se tem uma coisa que sou boa, é nessa coisa de comer. Eu adoro comer e não me preocupo muito com o peso, já que não engordo com facilidade. Tenho algumas gordurinhas, mas nada alarmante. Minha mãe diz que quando eu ficar mais velha vou me arrepender de ter comido tanto na adolescência, mas eu não me importo com isso.
— Nossa, será que convidei uma ogra para sair? — brincou e gargalhou da minha expressão de vergonha.
— Poxa, eu estou com fome e não faço cerimônia na hora de comer. Alface e tomate para mim só se for no sanduíche. Detesto salada.
— Já eu adoro comer saudável, mas confesso que um hambúrguer bem suculento como o seu deve ser bem gostoso — piscou e gritou. — Ei moço, me vê um hambúrguer completo e uma Coca-Cola de dois litros.
— Sinto te dizer que se eu tomar Coca-Cola vou arrotar a noite toda e teremos que fazer um concurso de arrotos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Como a ogra quiser. Que tal fazermos esse maravilhoso e super educativo concurso olhando para a lua lá na praia? — perguntou e me encarou esperando a resposta com ansiedade.
Uau! Admirar a lua com o Yuri seria perfeito! A parte do arroto não é muito legal, mas não consegui evitar. Coca-Cola me deixa com muitos gases e eu preciso botar para fora. É, talvez eu seja uma ogra disfarçada de garota.
— Combinado! — sorri.
Depois de alguns minutos o lanche ficou pronto e nós caminhamos em silêncio até a praia que ficava dentro do camping. Não era uma praia privada, mas muitos seguranças ficavam de olho para vigiar os adolescentes campistas que adoravam aprontar no mar à noite.
Sentamos em uma canga e comemos em silêncio. A fome era tanta que eu devorei o meu hambúrguer tão rápido e deixei cair ketchup no meu vestido novo. Yuri riu do meu desespero e pegou um guardanapo para me limpar.
— Não precisa, pode deixar que eu me limpo sozinha.
Ele sorriu sem graça e olhou para a lua que estava enorme. Era noite de lua cheia.
— Hmm, hoje é noite de lua cheia, será que a minha ogra vai se transformar em uma loba?
— Não, já basta o mau hábito de fazer competições de arroto com os meus colegas. Não tenho a menor vontade de morder pessoas.
Ele encarou a minha boca por alguns segundos e pigarreou.
— A Coca está esquentando. Quem vai começar?
— Pode deixar comigo. O dono do arroto mais fraco vai ter que pagar um mico.
— Opa! Gostei da brincadeira. Pode se preparar para passar vergonha esta noite, ogrinha. Ninguém supera o meu arroto envenenado.
