Hector
Ainda eram 6 da manhã mas eu precisava saber o que tinha acontecido. A garota não estava em condições de dizer nada, e apesar de saber que ela não iria fazer nada de mal, não podia mantê-la na minha casa sem saber o que se passou.
Deixei sobre a mesa alguns cereais e pães para o café, e um recado dizendo que eu voltava logo. Peguei minha moto e voltei ao bairro residencial, estava em frente à casa que ela tinha saido sendo perseguida.
Precisei de muita coragem, mas era o meu trabalho e apesar de estar convicto de esse seria um caso perturbador, eu segurei o fôlego e entrei na casa.
As paredes estavam cobertas com fotos. Fotos de corpos.
É difícil ver um cadáver até mesmo em fotos, eu, estava cercado por fotos assim. Tudo estava em ordem, a casa estava organizada, mas as fotos eram perturbadoras, me chamou a atenção que, em cada uma delas, havia a data em que tinham sido tiradas, mas uma estava incompleta, rasgada bem no meio.
Peguei meu celular e tirei quantas fotos consegui, aquela era apenas a sala, ainda haviam outros cômodos. Subi as escadas cada degrau tinha um fino rastro de algo vermelho, fui seguindo até que o rastro acabou. Eu estava no sótão, tudo o que havia lá era uma escrivaninha e um caderno bem em cima. Cheguei perto, abri o caderno grosso e do nada um pedaço de papel saiu sendo puxado por uma linha transparente, até um peso amarrado na outra extremidade da linha fazer barulho ao cair no chão, a porta se fechou. Era uma armadilha e eu caí como um idiota.
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E como sempre uma história
RandomO mistério prevalece, o amor é cultivado, e a mágoa se transforma