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Chegamos em frente à delegacia, Adriana abriu a gaiola e eu saí. Ela me puxou, e eu me Sacudi.
_ Sei andar nessa porra. Não me toca - A olhei. Ela me soltou e entramos.

Tinha alguns polícias e algumas outras pessoas normais. Ela me encaminhou até uma sala.
_ Pode sentar aí e mofar um pouco - Apontou pra cadeira e saiu fechando a porta.

Sentei na cadeira e olhei pro alto. As lágrimas ainda rolavam. Meus pensamentos não saiam do meu pequeno. Que o Pom cuide bem dele, e dê tanto amor, que ele mal sinta minha falta.
Minha cabeça estava explodindo, meus punhos gritavam, pela algema apertada.

Fiquei sentada ali por inúmeras horas, tomei um verdadeiro chá de cadeira. Até que entra uma agente penitenciária.
_ Levanta e vamos - Disse autoritária.
_ Vamos pra onde ? - Apertei os olhos.
_ Pro presídio. Pra onde mas seria ? - Ergueu os braços.

Revirei os olhos e olhei o chão.
_ Anda porra. Não tenho o dia todo - Gritou.
_ Você ganha pra isso - A fitei morrendo de odio e me levantei. Caminhei lentamente como se ela não tivesse ali.

Saímos da delegacia e ela me jogou na maldita gaiola. Entrou com uma outra pessoa e seguiu. Depois de longos minutos chegamos no presídio.

Olhando de fora eu já sentia calafrios. Tinham muitos agentes na entrada, armados até os dentes. O portão se abriu pra uma espécie de garagem. Estacionaram e logo a vagabunda veio, me tirou na maior brutalidade. Eu simplesmente Respirei fundo e acatei.

Ela caminhou na minha frente e eu à seguia. Presídio ? Era bem pior do que as pessoas costumavam me falar, as paredes escuras, descascando.  Era frio, muito frio, os telefones não paravam de tocar. As agentes me olhavam com desprezo. Claro, sou só mais uma ali.

Tiraram a algema de mim, mas nem se eu quisesse, conseguiria correr ou fugir.
_ Coloque seus pertences aqui - Abriu um plástico. Coloquei meus brincos, cordão de ouro escrito Bryan, olhar aquele cordão era como me dar uma facada no peito. Coloquei também minha aliança, que me levou até Pom em pensamentos. Onde ele está ?

_ Entra aí - Apontou pra uma sala.
Entrei na mesma e pude ver que era o lugar onde tiravam fotos dos réus.
Me entregaram uma placa com o meu  número, era o 161445.

Tirei as malditas fotos e voltamos pra portaria. Uma moça me entregou um par de roupas na cor laranja, uma manta, um chinelo, um caneco, travesseiro bem ruim, um sabonete pequeno, uma plástico com um pouco de creme dental dentro e uma escova.

Os produtos de higiene eram provisórios, logo depois meus familiares tinham que mandar.
Uma das agentes me levou, ao meu inferno.

Abriu-se uma grade e logo chegamos a um corredor cheio de selas. Ouvi gritos vindo das outras presas, elas gritavam coisas do tipo " o que a filhinha de mamãe tá fazendo aqui "  ouvi também " o crime vem de quem menos esperamos, quem vê cara não vê coração mesmo ".

Tentei ignorar, mas era impossível.
_ Sua sela é aqui - Parou em frente à uma sela com quatro  mulheres. Três me encararam. Uma nem se moveu, era como se não houvesse ninguém ali.
A agente abriu a sela, e meu corpo se arrepiou por inteiro. Respirei fundo e entrei. Este inferno, agora é meu novo lar.

A fiel mandou avisar 2 🎶Onde histórias criam vida. Descubra agora