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Este ficou grandinho! Espero que gostem, não esqueça de comentar e votar 💓

[SEM REVISÃO]

   Tomei um chocolate quente no caminho para o colégio, o líquido quente fez meu estômago revirar-se de uma maneira inacreditável.

— A senhorita está bem? — o motorista perguntou me olhando pelo retrovisor.

— Pareço mal? — olhei para ele confusa.

— Está pálida. — bom...Pálida já sou por natureza.

— O primeiro dia de aula é complicado. — falei tentando esclarecer a situação. Odeio o primeiro dia de qualquer coisa, nos deixa tão vulneráveis.

— A senhorita irá se sair bem, os jovens daqui são fáceis de lidar.

— O problema não é eles, sou eu... — respondi um pouco cabisbaixa, sou péssima em arrumar novas amizades. Sou do tipo de pessoa que só fala com a outra caso ela dê o primeiro passo.

— Figthing! — ele disse com um tom motivacional na voz e eu rir, porque ele está se importando com esse tipo de coisa?

— Obrigado por se importar.

— As pessoas precisam ser sensíveis para com as outras. Seja gentil sempre e isso mudará o dia de vários corações tristes. — minha língua estalou no céu da boca, porque isso parece tão nostálgico? Essa sensação...Meus ouvidos já escutaram essas palavras.

— Você acabou de melhorar o meu dia, senhor motorista! —  lancei um dos meus melhores sorrisos para ele e vi seus olhos se apertarem como se estivesse retribuindo.

— Me chamo Kyo.

— Kyo! — repeti animada — Pode me chamar de Selene.

— Selene é um nome muito bonito, sabe o que significa?

— Nunca procurei saber. — nunca tive interesse em nada disso, diferente da minha mãe que procurava significados em tudo inclusive na própria existência.

— O nome Selene tem origem grega, e significa literalmente "lua".

— Como sabe? —  meus olhos estavam semicerrados e isso denunciava minha curiosidade.

— Meu irmão é historiador, então sempre acabo absorvendo algo em nossas conversas. — explicou. Sentir o carro parar devagar e Kyo olhou-me diretamente pela primeira vez. Ele parecia estar na faixa dos 25 anos, quem disse que todo motorista é um senhor de 60 anos?

— Quer dá uma volta no quarteirão? — perguntei enquanto brincava com as pontas dos meus dedos. Olhei disfarçadamente pela janela e vi aquele bando de carne nova rindo e conversando como se o mundo fosse perfeito.

— Não quer chegar atrasada em seu primeiro dia, quer? — questionou deixando a cabeça tombar um pouco para o lado.

— Talvez. — sorrir de lado e ele gargalhou. — Estou falando sério!

— Sua mãe me mataria se não a deixasse no colégio. — rangir os dentes com aquela frase...Minha mãe?

— Ela não é a minha mãe. — que droga! Odeio quando aquela mulher tenta roubar o lugar da minha mãe, porém odeio mais quando as pessoas realmente acreditam que ela seja.

— Não? Parece um pouco, sabe? O cabelo... — rolei os olhos e abrir a porta do carro de vez.

— Obrigado pela carona Kyo. — agradeci antes de caminhar em direção a portal principal do colégio.

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