4. Sangue

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- É aquela garota ali! - Alguém gritou, eu vi dois policiais correndo até mim, assustada peguei Thomas no colo e corri.

- Por aqui! - Um garoto me puxou.

Pude ouvir a polícia passando reto, não viram eu me escondendo.

Respirei fundo e me agaxei, Thomas estava chorando.

- O que tá acontecendo? - Ele perguntou.

- Não sei Thomas, não sei! - Disse, colocando a mãe sobre meu rosto.

- Você foi culpada de homicídio. - O garoto que me salvou me mostrou um jornal em que aparecia minha foto, com uma legenda assim:

' Por vingança, Samantha Pereira Ribeiro mata sua mãe Eva Pereira Mendes Ribeiro por te-la abandonado no Orfanato Arco Íris de Mãe. Samantha usou uma faca para corta-la e um bastão para mata-la. Tudo isto aconteceu noite passada quando Samantha fugiu do Orfanato e foi atrás de sua mãe. Detetives concluíram que ela já estava trabalhando nisso.'

- Isto.. isto é uma completa mentira! Não é verdade! - Gritei.

- Para de gritar ninguém é surdo. -Thomas me interrompeu.

- Olha, não importa se é verdade ou não, mas você tem que sair daqui. - O menino disse.

- Qual é seu nome? - Perguntei.

- Lucas, e desculpe dizer mas se você não matou sua mãe significa que alguém matou-a e ele pode estar atrás de você. - Lucas me contou.

- Minha mãe...

Naquele momento, percebi que todas as esperanças que ainda tinha de ser adotada ou voltar pra minha mãe haviam acabado.

Minha mãe morreu, e eu estava sozinha... de verdade, é impossível eu algum Dia voltar a ve-la.

- Lamento, mas vamos embora daqui! - Thomas gritou enquanto olhava a polícia de aproximar. - CORRAM!

Eu corri, mas tropeçava a cada 3 passos, eu não acreditei minha mãe acabou de morrer ASSASSINADA!

Cai.

- Peguem ela! - Algum policial gritou.

Tudo que consigui fazer é esconder meu rosto e chorar.

Senti algo.

Abri os olhos.

- Peguei você.

Era Lucas, ele me segurava em seus braços. Ele era quente.

Quente como fogo.

Ele me dava medo, era misterioso e se escondia por entre as ruas.

Pow.

Um tiro.

- THOMAS! - Gritei.


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