8. Sequestrada.

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Acordei com Thomas ao meu lado esquerdo, desmaiado e algemado, eu não reconhecera o local, eu olhei para o lado direito e vi, por entre grades Lucas, também algemado, mas acordado.

Lucas estava surrado, usando roupas rasgadas. E com sangue envolta do nariz e da boca.

   - Lucas! -Gritei, e tentei me arrastar, mas meus pés estavam algemados com correntes presas a paredes.
 
  Lucas e eu trocamos olhares tristes, eu não conseguia ficar brava com ele.

Ouvimos passos pesados e apressados, então alguém abriu minha cela, um homem com barba e cabelos grisalhos, usava uma camisa verde água escrito: "BEM VINDO A CASA DOS REIS DA PESADA" mostrando um pouco da barriga e um short jeans preto, curto.
 
     - Finalmente acordou. - O homem dizia. - Me chamem de Ares.
 
   Ares era o nome de um deus da mitologia grega, mas por algum motivo o homem ordenava para chama-lo assim.
   - Não quero machuca-los, mas se não colaborarem não terei escolha. - Ares disse olhando para Lucas. - Não queria ver companheiros nessa situação, mas recebi muito por esse sequestro e farei tudo o que me mandarem pela grana.
   Então o homem chegou perto de mim, eu fechei os olhos e virei o rosto, mas ele pegou meu queixo e virou meu rosto, fitando seus olhos nos meus.
     - Você vale ouro, menina. - Ares disse, tirando suas mãos de mim.
      - Você será preso! - Gritei.
      - Você acha que acreditarão na assassina?
     Bufei, Eu queria chutar aquele homem, bater com todas as minhas forças, mas ele foi mais rápido, me deu soco no rosto fazendo meu nariz sangrar, logo saiu da cela. 
      - Sam, está tudo bem, vamos sair daqui. - Disse Lucas tentando me consolar. - Vai dar certo.
       Eu já não tinha esperanças, o que me restava era acreditar que alguém, lá fora, iria me tirar daqui.

Horas depois
Eu dormi e ao acorde eu pude ver que 
Lucas estava adormecido, Thomas ainda não havia acordado e eu estava sozinha. Então ouvi passos pesados.

Ares....

Logo fingi estar em um sono profundo. E então ...

_Foge!

Abro os olhos em um susto.

_ Lucas?! Não posso deixa-los aqui!

Ares estava no chão, sangrando. Como aconteceu? Nem me pergunte.

_ AGORA! - Ele gritou.

As algemas estavam soltas.

Peguei Thomas no meu colo e corri.

_ Merda! O que vou fazer?!

Corri entre os corredores e vi a mesma menina que conversava com Lucas chorando.

_ O que faz aqui?! - Ela gritou.

_ O mesmo que você, fugindo! - Disse e peguei em sua mão, correndo com ela.

_ Me solta, sua órfã idiota.

Não pensei duas vezes e dei um tapa na face dela.

_ Nunca repita isso, sua filha da...

Lucas corria em minha direção.

_ Melanie? - Ele perguntava.

Faço uma careta.

_ Luquinhas, que bom te ver.

_ Fique quieta! - Gritei.

Ares veio em nossa direção correndo, eu e Lucas corremos.

Eu ainda carregava Thomas.

Achamos um portão e então Lucas tentou abrir.

_ Trancado. - Ele deduziu.

_ Vamos procurar outra saída, rápido. Ares está por aqui, tenho certeza.

Corremos para a direita e vimos várias celas. Com muitas crianças dentro.

_ Oh meu Deus! - Exclamei.

_ Não podemos salva-las! Vamos. - Ele disse, enquanto me puxava pelo braço.

Lágrimas de tristeza e nojo por aquele homem queriam descer, mas eu as reprimi.

Encontramos um outro portão, desta vez, aberto.

Entramos e pude sentir o calor do sol, o cheiro de grama e foi a melhor sensação que eu pude sentir a muito tempo.

_ Livres. - Repetimos em coro.

Thomas finalmente acordou, e eu beijei sua bochecha e o tomei pela mão.

_ Vamos, meu querido irmão. - irmão... finalmente consegui dizer essas palavras em voz alta. Afinal, Thomas era realmente meu irmão.

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⏰ Última atualização: Aug 12, 2017 ⏰

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