--Brito on--
Acordei e novamente deparei-me com uma rapariga ao meu lado. Mas agora sabia quem ela era e abraçava-a.
A Gabriela estava com uma camisola minha e acordou um pouco depois de mim.
Eu beijei-a e desejei bom dia. Levantei-me e comecei a vestir-me. Ela vestiu-se também e fomos dar um passeio pelo exterior. Fazia um tempo desde que passeara por ali sem estar triste ou nostálgico. Vi que tinha recebido uma mensagem da Mah no dia anterior.
Que se passou? Do nada desligaste! Que querias falar?
Eu ainda fiquei a pensar se devia responder. Afinal, ela magoara-me imenso. Ainda não conseguia acreditar que enquanto eu estava aqui a sofrer, ela estava com outro. Mas achei melhor dizer qualquer coisa.
Esquece, não era nada. Apenas percebi que não éramos aquilo que eu achei.
Senti o meu coração doer enquanto escrevia. Passado um tempo ela respondeu.
Como assim?! Eu esperei tanto por ti! Mas agora também já não importa. Desculpa, mas avancei. Espero que faças o mesmo.
Consegui controlar as lágrimas. Transformei a tristeza em raiva e disse para a Gabi.
-Olha... então é assim... Ainda estou a tentar compreender isto... Agora somos o quê? - perguntei.
-Eu gosto de ti. Acho que deu para entender. - respondeu.
-Então.... Que tal namorar-mos? - perguntei atrapalhado.
Não estava nada habituado àquilo.
-Ok... Mas não podias ser mais romântico pois não? - perguntou irónica.
-Queres jantar a um sítio caro ou assim? Ou cinema? - perguntei. - eu não percebo nada destas coisas.
-Cinema parece bem. Que filme? - disse ela.
-Tu é que sabes. - respondi.
Seguimos para um cinema e vimos um filme que estava em exibição.
A meio do filme ela agarrou a minha mão e o meu coração pulou de euforia.
Quando estávamos a voltar para casa passamos por uma barraquinha onde se vendia peluches e eu apanhei-a deixar olho a um urso grande castanho.
E eu comprei-lho. Ela sorriu muito quando me viu a pedir. E assim que lho dei agarrou-me e abraçou-me da sua forma única.
Depois continuamos o nosso caminho para casa. Quando chegamos lá o meu irmão estava com a Sara.
Foi estranho pensar que eu já fora o rapaz na posição do meu irmão: a ser seduzido por uma miúda carente. Passei por eles e segui para a cozinha.
Eu e a Gabi cozinhamos e comemos juntos. Soube bem não estar sozinho. As horas foram passando até que chegou as 16:00. Decidimos sair de casa pois íamos ao cinema.
No caminho, demos as mãos. Nunca me considerei uma pessoa romântica e sentimental mas aquilo foi bom. A sensação de calor vindo do corpo de outra pessoa. O meu peito ardia com tantas emoções acumuladas.
Perdição, desejo, raiva, tristeza, traição,...
Apesar de sentir isto tudo não era capaz de expressar nada. A minha face era como um desenho abstrato: não se percebe nada mas cada um encara como quer.
Em menos de um mês já tinha acontecido tanta coisa. Mas isto não importava nada, nada importa. Naquele momento eu sentia-me vazio e sem cor. Nada fazia sentido. E então ela sorriu. E lembrei-me que está tudo bem, porque não importa o que sou, não estou mais sozinho.
Chegamos ao cinema. A meio do filme fomos falando e algumas coisa rolaram. Foi ótimo.
Ao final do dia levei-a a casa e fui descansar.
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My dummy❤
RomanceEram melhores amigos? Nunca ninguém entendeu. Nem se sabe explicar...