O Xerife e o Recruta

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-O Homem era mesmo um doido. - Diz o Xerife entregando o caderno a um outro policial da perícia.
-Você acha que o que ele contou pode ser verdade, Xerife? - Pergunta o recruta.
-Há muito tempo... um menino chegou a esquadra de polícia dizendo que tinha visto um lobisomem... Ninguém deu ouvidos, eu fui o único policial na época que se importou, mas também fui ridicularizado. Numa cidade tão pequena e calma como esta, havia muito tempo que nada ocorria até aquele menino chegar aos prantos naquela maldita esquadra policial -Dizia o xerife com um ar de negação e arrependimento, logo ele continuou: -Não foi à-toa, oque ele contou, as coisas que ele disse, um lobisomem teria cometido a pior coisa que esta cidade já teria visto! Um homem comum nunca tivera feito aquilo, não nesta cidade, mas um lobisomem...foi praticamente impossível de acreditar nele...

-Você acredita nele senhor? Acha que isso é real?
-Eu acho recruta, que se na época eu tivesse dado ouvidos, este homem ainda estaria entre nós e talvez tivesse uma vida normal como qualquer um. A sua mulher estaria viva e os seus filhos estariam correndo por estes campos. Não estaria escrevendo estas coisas...A história dele recruta, está aqui na nossa frente e escrita com sangue; que vão desde o velho soalho (-diz o xerife apontando com o dedo) até as paredes...
-E você irá publicá-la senhor?
-É CLARO QUE NÃO!

Quando ele diz isso, eu abro olho sobre a mesa...

-Já esta tarde, chame os homens para limpar esta bagunça...
-XERIFE!!!- Diz o Recruta sacando a arma coldre e disparando.
-O desgraçado está vivo...e é bem rápido... –Diz o Xerife.

Deixo-os na sala, sozinhos com os meus rastros de fuga: Uma garrafa rolando no chão e a porta dos fundos escancarada.

-Melhore a pontaria Recruta! Perdeu o seu primeiro alvo, não falhe da próxima vez!

-Mas senhor, eu acertei!Eu acertei senhor! -Dizia o recruta incredulo.

O Xerife tremulo e assustado por um segundo imagina oque está por vir, acabou de ler a história e sabe que pode ser verdade, pois a sua infância que de pouco foi agradável,ouvia histórias de lobisomem que seu avô contava nas noites de lua cheia, mas ele tem que lidar com os fatos, então ele parado e ainda atônito, diz: -Onde atirou?

-Nas costas, no braço, no ombro e na perna...senhor, ele não parou... - O recruta está desesperado.

A Maldição Do LobisomemOnde histórias criam vida. Descubra agora