O Fim

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O sol começa a nascer.

O xerife começa a acordar chorando em devaneios, eu enfim levanto aliviado e em paz.

-Desculpe-me Xerife, mas eu tive que fazer isso... você tem razão, se tivesse me ouvido quando eu apareci naquela delegacia, anos atrás, talvez não estivéssemos passando por isso... Eu...sinto muito.

Eu levanto e fico de costas para ele.

-Você vai saber o que fazer, eu sinto muito, mas tinha que ser você, me desculpe, nunca mais me vera novamente...Adeus! – Eu enfim vou embora.

Caminho para o horizonte do sol nascente, em um raio de sol há um raio de esperança, de vida e de calor. Um raio de esperança para este homem que manca para o longe do desastre, para longe da calamidade de sua vida anterior, deixando para trás uma cidade banhada em sangue. Eu que agora ainda um pouco machucado com dores no corpo inteiro, como se no auge do sedentarismo tivesse que correr uma maratona, vejo, curiosas marcas no meu corpo. Principalmente em meu ombro, mas este pesadelo das dores desta noite anterior tiveram o seu fim. Foi uma noite e foi rápido, graças ao sol nascente. 

Agora posso seguir de passo-em-passo, mesmo que seja mancando, para um novo recomeço. Mas que por um infortúnio deixo para trás um novo começo para uma maldição terrível, que na próxima noite de lua cheia fará um outro homem sofrer trazendo uma nova fera. É uma maldição da qual quero manter a distância, pois quando você vira o lobo não há mais perdão.

A única coisa que gostaria de fazer é deixar a única lembrança desta história - mesmo que seja neste sol nascente – Digo que se faça a pura metamorfose, do sol para a lua cheia, e num segundo o dia se torna noite. Então caminhando para o horizonte, posso deixar a vocês o frio uivo do lobisomem. 

O uivo do lobo.     

A Maldição Do LobisomemOnde histórias criam vida. Descubra agora