Capítulo 11: Revelação

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"Está ao redor

Ficando mais forte, chegando mais perto

posso sentir que é hora de encarar isso

Eu consigo suportar isso?"



Acordei no outro dia com uma tremenda dor de cabeça e sem lembrar de ter ido pra cama.

Abri os olhos e vi que já passava do meio-dia. Jane estava sentada na cama escrevendo em seu laptop.

– Analgésicos? – perguntou, apontando pra mim um envelope de comprimidos junto com uma garrafa de água.

– Como eu cheguei aqui ontem? – quis saber enquanto tomava um comprimido junto com a metade da água da garrafa.

– Não se lembra de nada?

Forcei meu cérebro e tentei ignorar a pontada aguda na cabeça.

– Eu lembro do ritual todo, da piscina, da nossa conversa, da conversa com o Luke...

– O que vocês conversaram?

– Ele queria saber sobre o Charlie, mas não lembro de mais nada depois.

– Você dormiu na espreguiçadeira. Tenho que admitir que foi engraçado!

– O que foi engraçado?

– Edward teve que te carregar até a limusine e depois subir os três andares de escada até o quarto. Os meninos começaram a tirar com a cara dele e perguntar se ele já estava treinando pra lua de mel.

– E ele? – perguntei curiosa pra saber se o Edward já havia pensado em casar comigo...

– Não disse nada, só riu. Então como se sente?

– Péssima! – respondi desabando na cama de novo.

– Acho que você devia comer algo, vai melhorar com alguma coisa no estômago.

– Tem razão, já almoçou?

– Já.

– Então vou tomar um banho e depois descer pra comer alguma coisa.

Fazer parte de uma sociedade secreta era tão complicado quanto eu achava. Nós sempre tínhamos que largar quem ou o que estávamos fazendo se fosse chamado para alguma reunião ou serviço.

Havia festas, reuniões e recepções todas as semanas, que sempre duravam a noite toda. No outro dia eu estava péssima por não dormir direito e mal conseguia manter os olhos abertos na aula pra acompanhar a matéria. Mas hoje a coisa realmente ficou feia.

Estávamos na aula da professora Esme e eu estava apresentando um trabalho importante que valia a nota do semestre. Eu estava de pé diante da turma, passando slides num data show e quando eu peguei uma página das minhas anotações, havia um bilhete embaixo dela:

Venha agora!

O selo da sociedade estava embaixo. Eu não tive outra alternativa, senão juntar meu material e sair rapidamente. Sem explicações, sem desculpas, em silêncio, eu deixei a sala com meus colegas cochichando e a professora fazendo perguntas que eu não poderia responder.

Aquilo foi a gota da água! Quando cheguei na tumba, Luke estava me esperando, sozinho.

– O que houve de tão urgente que não poderia esperar eu terminar a apresentação de um trabalho? – perguntei indignada.

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