Capítulo 04: Entrevista

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"O que eu faço para ignorar os que estão atrás de mim? Sigo meus instintos cegamente? Escondo meu orgulho desses sonhos ruins e mergulho em pensamentos que são enlouquecedores?

Não devo sentar aqui? Ou devo pagar a eles uma rodada vermelha? Devo acreditar em algo e ser enganado pela falsidade? Ou só devo não confiar em ninguém e viver na solidão?"


Bella

– Eu sabia que vocês conseguiriam! – disse Edward no jantar, quando contei a novidade.

– Agora já estamos a um passo de entrar para a Book & Snake, Bella. – disse Jane animada.

– Vocês querem entrar para a Book & Snake? – perguntou Emmett admirado.

– Claro. Entrar pra essa sociedade é praticamente ter o futuro garantido. E como eles valorizam muito a Revista, somos fortes candidatas para integrar na sociedade. – Jane disse isso tudo muito pomposamente.

– Mas tomem cuidado com os trotes! Tem um bando de espertinhos por aí que se veste com capas e faz os calouros praticarem coisas absurdas como iniciação. – avisou Emmett.

– Então como a gente vai saber se é um trote ou não? – perguntou Alice assustada e eu fiquei me perguntando se ela já estava sendo cortejada por alguma sociedade.

– Sei lá, provavelmente eles vão te levar até o mausoléu ou o que quer que seja da sociedade e então você vai descobrir se é trote ou não.

– É, mas você só entra lá depois que você aceita. – corrigiu Jasper.

Eles continuaram discutindo sobre isso até irmos dormir

Cheguei no quarto e antes de dormir resolvi checar meus e-mails no notebook que eu havia ganhado de Charlie quando passei uma semana com ele.

Havia um e-mail dele me perguntando como havia sido meu primeiro dia e dizendo que ainda não tinha nenhuma novidade sobre James. Eu fiz um resumo breve de tudo e enviei pra ele. Depois fui dormir.

Eu não tive mais pesadelos com o mausoléu, aliás, acho que não tive sonho nenhum.

Na sexta eu estava saindo pela porta com um carregamento de roupas escuras para lavar quando o telefone tocou. Droga. Provavelmente era Renée, querendo saber sobre a faculdade e tudo o mais. Apoiei a cesta no quadril e atendi o telefone.

— Alô?

— Isabella Marie Swan?

— É ela — falei.

— Solicita-se a sua presença na College Street, 750, sala 400, às duas horas desta tarde.

Duas horas significava em 15 minutos.

— Quem está falando?

— College Street, 750, sala 400. Às duas da tarde.

E aí, a linha ficou muda.

Caí sentada na cama, espalhando tops e calças de pijamas pelo chão. Isso é que era uma péssima hora. Não havia dúvidas na minha cabeça sobre quem estava do outro lado da linha: Book & Snake.

Rosalie havia falado que as entrevistas para entrar na sociedade eram sempre marcadas com muito pouca antecedência. Parte do teste era ver se você conseguia comparecer. Eu ainda não descobrira o que eles faziam se o convocado em potencial não atendesse o telefone ou se estivesse ocupado.

Roupa suja totalmente esquecida, me apressei. Ainda que a entrevista fosse apenas uma formalidade, eu tinha toda a intenção de seguir a pompa e circunstância da sociedade e me arrumar (sociedades têm tudo a ver com a aparência – dissera Rosalie).

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