Dia 25 de dezembro de 2013
Minha avó continuava no hospital, mas agora ela estava bem melhor e em estado de observação. Minha mãe visitava ela sempre que podia. Hoje é Natal, quando anoiteceu, recebi uma ligação do meu pai, dizendo feliz natal e depois minha mãe, minhas tias e eu ceiamos. Depois que todos foram embora, minha mãe veio falar comigo:
- Filho, sua avó tinha feito um presente de natal para você e ela pediu para eu entregar.
Ela pegou um embrulho e deu para mim, eu abri e me deparei com uma capa de chuva longa, preta e com capuz. Minha avó sempre falava que eu precisava de uma capa de chuva, por que sempre que chovia em um dia de aula, eu voltava todo molhado:
- Gostei muito - Eu disse.
E depois eu abracei minha mãe e ela disse para mim:
- Temos que ter fé, Deus vai livrar sua vó do sofrimento no hospital.
Dia 16 de janeiro de 2014
Depois de passarem as festas, eu estava ainda de férias, passei vários dias com o meu pai na casa vida minha avó paternal, meu pai decidiu cuidar dela.
Já minha mãe, teve que voltar ao trabalho. Hoje eu assistindo TV em meu quarto, quando minha mãe chegou, estranho, pensou eu, pois ela havia chegado mais cedo. Eu desci as escadas e a vi sentada no sofá:- William, vem aqui.
Fui até ela e me sentei ao seu lado:
- Filho - ela começou a falar - Lembra quando eu te disse que Deus iria fazer a sua vó melhorar e livrar ela do sofrimento?
- Sim lembro - respondi.
- Ele fez isso...
Eu comecei a me animar, mas minha mãe continuou:
-...mas não dá forma que queríamos, Deus teve que chamar ela.
Eu senti um grande arrepio passar pelo meu corpo, pude sentir minha pulsação aumentar e só consegui dizer uma palavra:
- Não, NÃO!
- Eu sei, eu sei disso - ela disse chorando e me abraçando, enquanto eu derramava minhas lágrimas - Temos que pensar que ela está em um lugar melhor.
- Não pode - Eu disse - ela não pode nos deixar, NÃO PODE!
Minha mãe me abraçou com força, e continuei derramando minhas lágrimas.
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Diário do psicopata
Mystery / ThrillerNeste livro acompanhamos a história de Serial Killer pela perspectiva do próprio psicopata. William era um jovem, gentil e inteligente, mas graças ao ódio e ao amor, ele se deixou ser guiado por sua psicose.