3° Capítulo - Maldita Chuva

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Entrei na sala dele e me sentei, logo ele começou a fazer várias perguntas sobre a Raquel e a Flávia.

-Eu conheço elas à 2 anos.- respondo uma das perguntas.

-E elas sempre brigaram assim?- ele perguntou

-Olha, sempre tiveram discussões, mas brigar igual hoje, foi a primeira vez que eu vi- respondo, e ele continua.

-Entendo, então antes de você conhecer elas provavelmente já deve outra briga como essa?-

-Eu não sei. Talvez, quem sabe.- respondo já de saco cheio.

-Tudo bem, você quer uma carona até sua casa?- ele pergunta guardando alguns papéis na mochila.

Nesse momento eu não sabia o que responder, fiquei mais gelada do que já estava! Então eu rejeitei.

-Você tem certeza?- ele insistiu

-Tenho sim, não moro tão longe.- respondi me retirando da sala.

Quando abro a porta da sala e olho para fora, uma chuva terrível está descendo dos céus, as meninas já tinham ido embora e fiquei perguntando como um dia tão lindo virou esse tempo nublado.

-Você tem certeza que não quer carona- ele pergunta novamente, rindo da minha cara.

-É... acho que vou precisar de uma carona- respondo gaguejando.

-Eu só tenho que entregar esses papéis pra Diana e já volto.- ele diz indo em direção a secretária.

Vejo ele indo e fico pensando nas perguntas que ele pode me fazer dentro do carro, e em como posso respondê-las sem parece uma completa idiota. Ele não demora muito na secretária.

-Vamos?- ele pergunta com um guarda-chuva aberto nas mãos.

-Sim, vamos- vou andando até o estacionamento e ele vem correndo atrás.

-Laura! Calma aí! Peguei esse guarda-chuva pra você!

-Não precisa, valeu!- respondo indo para o estacionamento, então eu paro e penso "como você é uma idiota!" -Quer saber professor? eu vou na chuva mesmo!- lhe deixo falando sozinho e vou em direção ao portão em passos largos.

Ele fica me chamando, sem entender o que aconteceu, quando vejo que já despistei ele me acalmo e vou indo pelas ruas chuvosas e vendo as pessoas correndo para não se molhar e fico imaginando como a vida seria melhor se as pessoas parassem de correr das coisas que não podem ser evitadas quando o destino já as escreveu.
Cheguei em casa e foi toma meu banho, meu pai já tinha saído para trabalhar e minha mãe estava de folga.

-Oi filha- minha mãe me comprimenta ao me ver saindo do banheiro

-Oi! O que tem pra almoçar?- pergunto.

-Poxa filha, eu iria pedir uma pizza porque não tô afim de fazer nada hoje, tudo bem por você?- ela pergunta segurando o celular.

-Claro, pode pedir, qualquer sabor pra mim tá bom.- respondo indo para o quarto.

Chegando no quarto término de me secar e paro nua na frente do espelho para me olhar, ainda na frente do espelho eu visto a roupa e penteie o cabelo, então, resolvo tirar um cochilo, pego no sono bem rápido, derrepente acordo no susto.

-Filha? - minha mãe me chama.

Vou ver o relógio e já são 18 horas.

-Nossa, acho que dormi demais.

-Laura?- ela me chama novamente.

-Oi mãe!- pergunto enquanto me levanto e abro a porta do quarto.

Professor de Filosofia Onde histórias criam vida. Descubra agora