7° Capítulo - É o Fim?

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Fui pra secretária e lá espero meus pais, Raquel não pode ficar lá comigo, e tudo que eu mais queria era saber como estava o Rodrigo!

-Laura, eu quero entender o que ta acontecendo. - a Diretora Diana diz enquanto se senta na minha frente.

-Eu não tenho nada pra falar, só quero saber como ele ta... - digo de cabeça baixa.

-Seus pais já devem chegar, então resolvemos isso.

Alguns minutos se passam e meu pai chega.

-Filha?- ele diz batendo na porta que esta meia aberta.
Olho para ele de cabeça baixa e fico quieta.

Ele entra e senta do meu lado, então eu digo que virei muito amiga do professor, por isso passei mal quando fiquei sabendo.

-Nós vamos no hospital que ele estar- meu pai diz me abraçado. -Eu também era muito amigo de alguns professores- ele completa enquanto nos levantamos para ir para casa.
Chegando em casa minha mãe estava na cozinha.
-Filha!- ela venho correndo me abraçar. -Como você ta? Oque aconteceu?- expliquei tudo pra ela. Eles me acalmaram e fiquei o dia inteiro relendo minhas mensagens com Rodrigo, e não parava de pensar que tudo foi culpa minha, ele pediu pra ficar na minha casa, e eu não deixei. Anoiteceu e fui me deitar, dormi e sonhei com ele.

-Laura?- escutei a voz dele.

-Me tira daqui!

-Rodrigo?! Aonde você estar?

No sonho só ouvia a voz dele, ele me chamando e me pedindo ajuda, mas eu não consegui encontra-lo.

-Bom dia, filha- minha mãe me acorda. -Seu pai pediu pra te chamar, vamos visitar seu professor.

No mesmo instante levando da cama e vou me arrumar, estou preocupada, nervosa, ansiosa! Depois do café da manhã saímos pra o hospital. Chegando no hospital ele foi até a recepção.

-Então, amor?- minha mãe pergunta.

-Eles falaram que vão chamar o parente dele que estar no quarto, para autorizar a nossa entrada lá.

-Entendo, mas não vai poder entrar nós três junto mais o parente dele, ele está em coma.

-Vamos deixar a Laura entrar, depois nós vamos- responde meu pai.

Logo em seguida vem uma mulher em nossa direção, e pra mim surpresa é a ex namorado do Rodrigo.

-Oi, posso ajuda-los?- ele pergunta se aproximando.

-Sim, muito prazer. Sou pai da Laura, ela é aluna do Rodrigo, ela estava preocupada e quis vim ver como ele estar.-

-Claro, vários alunos tem parecido aqui- ela sorrir e completa -Vem Laura, entre comigo.

-Vai lá filha, e fique calma, ele vai ficar bem.- minha mãe diz me abraçando.

Vou indo até o quarto com o mulher.

-Meu nome é Manuela, Rodrigo me falou muito de você, Laura.

-É? ... isso é bom. -respondo

-Laura.- ela para na porta. -Antes de entramos, quero te dizer uma coisa, Rodrigo me ama, e com você é uma aventura de professor e aluna, isso não vai terminar bem, então é melhor você acabar com isso, e apaga toda essa ilusão da sua menti infantil.

Ela abri o porta e entra, fico sem reação e entro junto com ela. A imagem é forte e horrível, ele estava entubado, parecia morto, eu comecei a chorar e o lhe dei um abraço.

-Não fique muito em cima dele- ela diz

Eu choro e digo no ouvido dele na esperança dele me ouvir.

-Rodrigo, eu estou aqui... A sua Laura, eu te amo. Tudo vai ficar bem.

Fiquei alguns minutos com ele, então, tive que ir pra casa. No caminho para casa Raquel e Flávia me ligaram pra saber como eu estava, e eu não estou nada bem.

-Oi Laura! Como se senti?- Raquel pergunta.

-Nada bem, amiga

-Não fica assim amiga, já vi pessoas que saíram do coma e se recuperam rápido- diz Flávia

-Eu sei, mesmo assim é preocupante... Tem pessoas que acordam, outras não, eu tenho medo.

-Não precisa ter medo, pense positivo.- diz Raquel

-É, ele vai sair dessa, e vocês podem até ficar juntos, isso iria ser incrível, né? -completa Flávia.

-Claro! -digo sorrindo -Só vocês pra me fazer sorri uma hora dessas!- completo.

-Laura, temos que desligar agora, vamos passar na sua casa mais tarde, okay?

-Okay, Raquel.

-Beijos amiga, pense positivo!

-Pensarei, beijos!

Não parava de pensar em como ele é maravilhoso, eu deveria ter deixado ele ficar na minha casa, uma noite não iria fazer mal, teria evitando esse acidente. Eu oro para que ele melhore logo, eu quero abraça-lo de novo, e ouvir sua voz, mal consigo dormir, ou comer , queria ver uma mensagem dele dizendo que acordou, que esta vindo me ver, sinceramente, não sei mais o que fazer pra parar se pensar nisso.

TRÊS DIAS DEPOIS

Meu pai me trouxe pra ver o Rodrigo de novo, esperamos a Manuela aparecer, ela demorou muito, e enquanto meu pai foi ao banheiro, eu fui até o quarto, chegando lá ele não estava, a cama estava arrumada. Manuela estava no celular, então ela se virou e me viu.

-Oque esta fazendo aqui?!- ela se altera.

-Quero ver o Rodrigo de novo!

-Não ta vendo que ele não ta aqui, garota?!- ela desliga o celular e me puxa pelo braço.

-Me larga!- tento me soltar.

-Sai daqui! Fica longe da gente! -ela grita comigo me arrastando para fora do quarto.

-Ei! Oque ta acontecendo aqui?!- meu pai chega e me tira das garras dela.

-Eu não vou sair daqui até poder ver ele! Você não pode me impedir!- grito com ela em meio ao choro.

-ELE MORREU!- ela grita. Todos ficam em silêncio, alguns funcionários chegam e tentam acalma-la.
Eu fico sem palavras e só consigo chorar nos braços de meu pai. Não consigo pensar em mais nada, só em como minha vida vai ser de agora em diante, sem ele... Sem poder falar dele. Meu amor se foi, e eu não pude dizer adeus.

Professor de Filosofia Onde histórias criam vida. Descubra agora