Prólogo

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"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar na verdade não há."

...

Uma discreta e fina chuva caia sobre Konoha.  Alguns corriam, o que era realmente inútil já que todos sabem que quanto mais se corre na chuva mais molhado fica, e outros tentavam se proteger usando suas mochilas ou qualquer outra coisa que impedisse a chuva de encharcá-los. Mas apenas eu estava sentado debaixo de uma árvore, completamente molhado, porém continuava parado ali do mesmo jeito que estava antes de começar a chover.

Eu adorava chuva e todas as coisas derivadas dela. O cheiro de terra molhada, o frio, tranquilidade e a limpeza que ela deixava depois de tudo. E era em momentos como esse que eu gostava de ver minha sorte, porque me sentia totalmente em paz.

Minha família era composta em grande maioria por ciganos, então desde pequeno aprendi a ver a sorte no Tarot assim como minha mãe fazia. Tirei o baralho de cartas da minha mochila surrada pelos anos de uso e o embaralho, espalhando as cartas pela grama molhada e só então pegando a primeira.

A morte

A perda de alguém querido ou conhecido, renovação, mudança.

Rapidamente devolvo a carta ao baralho, assustado. Nunca tinha tirado a carta da morte, então desejei de todo coração que a carta estivesse se referindo a mudança e não a morte literalmente.

Com um pouco de receio puxo a segunda carta.

Os enamorados

Simboliza plenitude no amor, desejo, união e harmonia.

Um pouco mais aliviado, puxei a terceira e última carta.

A força

Simboliza a força interior, capacidade de sacrifício, luta e coragem.

Juntei as cartas com a preocupação tomando conta de mim. Geralmente as cartas da minha sorte eram só negativas ou positivas, nunca neutras. E eu não sabia o que esperar desta vez, se deveria ficar realmente preocupado ou feliz.

Droga.

As provas do bimestre estavam para chegar e eu queria saber como seria meu desempenho nelas. Suspirei, colocando as cartas de volta na mochila. O que me restava agora era me matar de treinar como sempre.

- Posso tirar uma foto sua?

Tenho os pensamentos interrompidos por uma voz familiar, olho para cima e dou de cara com uma figura masculina.

Sasuke Uchiha.

O garoto por quem eu era apaixonado desde o 8° ano. Ele havia me presenteado com meu primeiro beijo debaixo desta mesma árvore que estou sentado agora. Agora ambos estão 18 anos e frequentamos a mesma faculdade, mas nunca deixei de sentir aquela sensação quentinha no coração quando o via. É infantil? É, mas não é como se eu pudesse controlar meu coração.

- Por que você quer tirar uma foto minha? - Respondi me controlando ao máximo para não gaguejar.

Sasuke pareceu pensar em uma boa resposta para me dar por alguns  segundos, então aproveitei esse precioso tempo para observá-lo. Seu cabelo estava parcialmente escondido em uma touca cinza que deixava apenas a franja a vista, usava uma jaqueta de couro escuro e estava completamente molhado mas parecia não se importar com isso também.

- Você é bonito e essa árvore também é bonita, então na minha opinião profissional acho que isso daria uma bela foto. - Ele finalmente diz.

- Você é profissional? - finjo surpresa - Já que você não vai me fazer parecer feio como nas fotos que tiro de mim mesmo, por que não?

Efêmero - NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora