If I Ain't Got You

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Aria's PDV
- Aria desse jeito fica difícil, não importa a relação que tinham isso deve ser julgado pelo hospital como antiético ou não. Mas agora a acusação tem mais um motivo para fazer parecer com que você possa ter feito algo. Precisamos achar uma testemunha que faça com que isso não aconteça sem mentir sobre a relação agora. Mostrar que o fato de vocês terem esse tipo de relação não tem nenhuma relação com a agressão. Que é o que está sendo julgado aqui. Semana que vem teremos uma reunião para resolver isso.
- Ok. - E ela saiu. Tive que me sentar, não tinha mais forças para lidar com tudo aquilo. Meus amigos vieram na minha direção. Hannah me abraçou me confortando. Quando Callie chegou. -
- Posso falar com ela a sós? - Todos saíram de lá. Callie sentou-se do meu lado. - O que foi aquilo?
- O beijo?
- Sim...
- Eu a amo Callie.
- Você sabe bem que uma relação com o paciente é antiético.
- Eu não a agredi Callie. Queria tanto que ela acordasse e pudesse
explicar isso. - Comecei a chorar encostada em seu ombro. -
- Eu sei que não. Amelia disse que está noite fará a cirurgia. Mas ela não garante que ela acorde e seja capaz de dizer tudo o que aconteceu. Ou até mesmo que acorde, os danos em seu cérebro foram muito graves. - Chorei ainda mais. Só pensar que nunca mais a veria que ela podia não ser a mesma. Que poderia morrer. E que eu iria para a cadeia por algo que eu não havia feito. Ou mesmo ela voltar pros braços daquele monstro sem poder se defender. Meu coração doía. Callie me levou para
casa. Precisava descansar. A cirurgia começava às 18h.
Mais tarde quando acordei achei que a cirurgia havia acabado, não havia ninguém em casa. Corri para o hospital. Chegando lá estavam Callie, Arizona, Hannah, Chris e Eliza na sala de espera.
- Amelia ainda está operando.
- Porque vocês estão aqui parados?
- Bailey proibiu eu, Chris, Amy e Josh de de ver pacientes. Estávamos
todos muito aflitos e iria atrapalhar. E elas tão aqui nem sei porque.
- Não consigo trabalhar, estou muito nervosa. - Arizona afirmou. -
- Estou aqui só para dar apoio mesmo. - Eliza sorriu mostrando que
estava comigo. Sorri de volta. A cirurgia demorou mais que o normal, estranhei. Eu andava de um lado pro outro com muita aflição. Até que Amelia chegou com a Dra Edwards. -
- Então?
- Ela resistiu a cirurgia, mas precisamos ver se o cérebro dela aguenta. Ela vai ficar de observação até acordar, mas Aria saiba que ela pode ou não acordar. E pode ou não lembrar de algo. Tudo pode acontecer, suas próximas horas serão decisivas.
- Ok! - Olhei para todos que estavam sentados como se quisesse que alguém ficasse com ela. -
- Nem pensar Aria, isso pode te prejudicar. - Respondeu Arizona. Revirei os olhos. Quando a Dra Edwards se aproximou e então disse. -
- Aria!
- Sim Dra Edwards.
- Eu ficarei de olho nela, assim que ela acordar eu chamo todos vocês. -
Fiquei sem reação, acabei abraçando-a que retribuiu o abraço meio desajeitada e então saiu. Se passou umas duas horas, quando estava voltando do carrinho que fui buscar um café, estava chegando na sala de espera quando só vi Hannah sentada. Quando ela me viu, se levantou num impulso e ficou mexendo a cabeça com um sinal de sim. Na afobação acabei jogando meu café no lixo e sai correndo. Ela obviamente foi atrás. -
- Aria, você sabe que não pode vê-la a menos que alguém a permita. Vão chamar um oficial de polícia para questioná-la. Callie já ligou para sua advogada e ela está a caminho, então você deve esperar por ela. Ufa! cansei será que pode andar como alguém normal?
Quando chegamos no andar onde estava Wendy, vi muitas pessoas paradas por lá. Assim que vi Callie acompanhada de minha advogada. Fui na direção das duas que conversavam com seriedade.
- O que eu devo fazer Sta Fields?
- Aria, primeiro muita calma agora. Estava justamente falando com sua
irmã, falarei com o oficial e combinaremos de colocar uma câmera no quarto, pediremos para a enfermeira. Você irá falar com Wendy normalmente como sempre fala, sem se preocupar como se fossem só vocês duas.
- Não que se ela não se lembrar de mim e ficar agitada eles podem mal interpretar?
- Dra Edwards e Shepperd fizeram os exames com ela. Ela está confusa com a ordem de acontecimentos, mas chama por você.
- Acha que ela vai lembrar?
- Você tem que tentar.
- E se ela não lembrar de nada?
- Vamos tentar ganhar tempo até o julgamento para que ela possa tentar
lembrar pelo menos quem foi que fez isso.
- Estou com medo!
- Não tenha medo. Nós estaremos aqui para te apoiar.
Fui andando até a porta do quarto, sentia todos me observando. Abri a porta
devagar para não assustá-la. Entrei e fechei a porta. Quando Wendy me viu, abriu um sorriso enorme, senti um alívio ela sabia quem eu era o que era bom. Sentei-me na poltrona.
- Aria!
- Ei!
- Eu nao entendendo nada lembro de algumas coisas,mas não sei se são
reais.
- O que?
- Lembro de uma pancada eu caí no chão tentava gritar, mas ninguém me ouvia. - Me aproximei dela, sentando em sua cama. Ela começou a fazer carinho em minha mão, sentia cada parte do meu corpo tensa. -
- Wen, você se lembra quem fez isso?
- Sim...eu vi o Luke...tenho certeza estava bem embaçada a visão ele
estava de casaco preto.
- Luke fez isso com você?
- Nenhuma novidade...
- Você estava acordada? Porque não gritou quando viu ele?
- Eu estava sonolenta. Tive muito medo do que ele faria se eu gritasse.
- Ele te batia mais se você gritasse.
- Sim...
- Wen, eu preciso te falar uma coisa.
- Pode falar...
- Eu não tenho muito tempo, mas vou dizer rápido. Eu estou sendo
acusada de ter te batido. Na verdade...seu marido me acusou.
- Ele o que?
- Eu vou ser presa Wen. Se você não disser pra ninguém que seu marido
sempre fez isso contigo, como você me contou e contou para a psiquiatra. Você cairá nas mãos dele, porque eu não vou ter como te proteger mais.
- Eu não acredito que ele fez isso. - Ela começou a chorar. Senti um aperto tão grande no peito. Como alguém pode machucá-la assim? -
- Calma querida, vai passar.
- Isso nunca acabar? Eu estou cansada, eu achei que finalmente teria
paz. Quando te encontrei.
- E você terá meu anjo, é só não ter medo. Ele não vai por as mãos em
você. Conte a alguém.
- Ele sempre dá um jeito de me machucar, indiretamente ou diretamente. -
Meu pager tocou sinalizando que havia acabado meu tempo. -
- Eu tenho que ir. Eu te amo. Lembre-se o que eu prometi, nada de ruim vai te acontecer enquanto eu estiver aqui. - Senti as lágrimas invadirem meus olhos assim que saí do quarto fechando a porta atrás de mim. Hannah veio em minha direção e segurou minha mão. Andamos até onde estava todos. As lágrimas não paravam de cair, parecia que meu coração havia sido arrancado do peito. -
- Eu sei que isso é difícil. A enfermeira está trazendo de volta a câmera.
Ela falou alguma coisa?
- S-sim. - Falei soluçando. -
- Ótimo. Isso vai ser usado no tribunal amanhã.
- Os policiais não vão interrogá-la?
- Não. Ela acabou de sair uma cirurgia está muito fragilizada. Amelia
disse que ser interrogada pela Polícia pode estressar ela.

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