Eu estava tendo um sono bem tranquilo, até alguma coisa pesada cair em cima da minhas pernas, acordo e vejo que era um veado morto, parece que ele morreu quando alguma quebrou o seu pescoço e basicamente falta a outra metade do seu corpo... E vejo o Imuna todo ensanguentado lambendo rastro de sangue em suas mãos, antes de eu falar alguma coisa o Imuna fala:
— Antes que você reclame que eu estou me movendo com esses ferimentos, ninguém irá se recuperar com fome, certo? Bom café da manhã – acabou com os meus argumentos, pelo menos ele foi sincero...
— Era só você ter pedido... – tentando me levantar, isso está fedendo - Você não tem cara de ser um bom caçador, só de olhar para você, nem parece que saber usar magia ou armas... – Eu pareço tão fraco assim?
— Um dia eu mostro para você que eu sou bom caçador ou não. – Tenho uma leve sensação que ele estava segurando para rir...
— Eu vou usar esse seu argumento como uma promessa, se você não caçar ao menos uma presa, vou passar a chamar de você de filhote – Tenho uma leve sensação que ele não ria a algum tempo.
Consegui tirar esse veado e acabei ficando ensanguentado... vou demorar um pouco para limpar isso, ascendi a fogueira e peguei um pedaço de madeira para servir de espeto para poder fritar a carne. O Imuna voltou a dormir, está amanhecendo... não ocorreu mais nenhum terremoto, única coisa que dá para ver do vulcão e a fumaça negra. Espero que o Sr. Patrão me não me demita por estar longe de casa e da loja, depois de comer, percebo que está tendo outra névoa, estou tendo uma leve sensação que alguém nós está observando, uma grama começa a se mexer do meu lado direito e apareceu um esquilo... fiquei aliviado, até que alguma coisa em formato de cipó pega o esquilo e esmaga, fico assustado e olho para o Imuna e vejo outro cipó puxando-o pela perna direita, tento correr, mas isso surgi por trás e acaba me puxando, Imuna fica desesperado, ele teve uma "brilhante" ideia de usar o seu elemento fogo, mas as árvores não pegaram fogo. Nós fomos arrastado até ficarmos pendurado em uma árvore gigante, devo estar a mais ou menos uns oito metros de altura, o tronco disso é simplesmente enorme, dá para ver de tudo aqui, mas não conseguia ver a mesma quando estava acampado... um cipó estava apertando bem forte a minha perna esquerda, estou cheio de arranhões, percebi que muitos dos ferimentos do Imuna se abriram... ótimo, mais uma noite tratando-os, parece que ganhou uns ferimentos novos, ele está desacordado... A sensação de alguém nós observando continua... olho no meio das arvores, tive uma pequena expressão de ter visto alguma coisa branca... espíritos? Sabe... espíritos das florestas não costumam ser clichê? Ou é coisa minha? Tive um plano, só para testar o que estou pensando, ou é coisa minha, então resolvi gritar:
— EI, NÃO SEI PORQUE ESTÁ FAZENDO ISSO, MAS, EU, SHAIBER E ESSE HOMEM-LEÃO, IMUNA, SOMOS UNS DOS CINCO ESCOLHIDOS - não gosto de aproveitar disso... mas tinha que dizer.
— Isso por acaso importa? Para mim vocês dois continuam sendo a minhas presas, principalmente esse tal de Imuna, veio até a minha floresta e causou destruição imaginável, Shaiber, se você e essa coisa realmente são uns dos cincos escolhidos, provem. – Disse uma voz em algum lugar.
— Seria interessante você nós soltar, que eu provarei. – Tentando me manter confiante que ia conseguir convence-lo.
— E dar chance para vocês dois me atacarem, nunca! Shaiber. Se eu não me engano, de acordo com a história, vocês que dizem ser escolhidos eram capazes de invocar as suas armas direto para as mãos, façam isso e quem sabe eu libero somente você.
— Mas e o Imuna? – Perguntei confuso.
— Ele não merece viver... podia ter destruído essa floresta, e o pior é que ele maneja o poder elemental de fogo.
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Crônicas dos Escolhidos
FantasiEm algum lugar de um mundo distante no universo, existe um continente chamado: Litera, onde Shaiber vive, um jovem vendedor de armas e equipamentos que um dia ganha como presente um bracelete que parece tão simples, mas que trará provações para sua...