Continuação PT 3

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VOLTEIIIIIIIIIIIIIE,

Eu provavelmente nunca teria ido ao programa se não fosse pela minha mãe. Se não tivesse feito o teste, quem sabe o que teria acontecido? Eu era preguiçoso. Assistia ao X Factor na Tv e sempre pensava em tentar, mas me inscrever era um pouco mais complicado. Parecia incapaz de preencher a ficha. Pensava:"Nunca vou passar mesmo. Por que tentar?". Mesmo depois de decidir me inscrever,preencher e enviar todos os papéis e receber a data fa audição,foi difícil ir. No dia marcado,eu não queria sair da cama. Minha mãe ficou insistindo para que eu levantasse, e eu disse a ela o mesmo de sempre: não ia dar certo, então por que me dar o trabalho? Mas minha mãe me disse que eu nunca saberia se não tentasse.

É ironico pensar que quase fui arrastado para a minha primeira experiência no palco. Sempre cobto a história como se fosse apenas meio preguiçoso,mas hoje sei que,no fundo,estava lidando também com uma ansiedade profunda. Sempre tive que lutar contra isso. Não era muito autoconfiante, que adorava se apresentar e cantar pra todo mundo - fazia isso no meu quarto só. Interpretava um personagem e me escondia atrás dele. Cantar era algo totalmente novo. Eu nunca tinha feito isso direito nem na frente dos meus pais,muito menos diante de uma platéia e camêras de TV. Acho que minha maior motivação era que- apesar de nunca nem por um segundo,ter acreditado nisso - aquela era a forma de ajudar minha famíliade levar algum dinheiro para casa,de provar o quanto significavam pra mim. Se cheguei onde estou hoje é porque minha mãe realmente acreditou em mim.

Quase cinco anos depois, me vi tendo de explicar para os meus pais que começaria uma carreira solo e que escreveria minhas próprias músicas - ia fazer o tipo de som que eu curtia,com letras mais pessoais...Bom,eles ficaram meio sem reação,eu acho. Minha mãe me deu o apoio de sempre - sei que ela estará ao meu lado em tudo o que eu decidir fazer. Mas com meu pai foi diferente. Não que ele não me apoie,mas é um pouco mais realista,ou coisa do tipo. E isso tem sido bom,porque meu pai me desafia a ir além dos meus limites. As duas abordagens são necessárias para moldar um caráter: precisamos ser tanto apoiados como desafiados.

Juro proces q vou att com mais frequencia  bjus.

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