Continuaçao pt-4

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Nós cinco, que tivemos uma criação relativamente modesta,vivemos uma grande aventura e aproveitamos as oportunidades que tivemos, viajando para lugares distantes. Mas nunca perdi a sensação de estar deslocado. Talvez por ser de Bradford, talvez pelo meu sotaque, talvez pela mistura de etnias ou por minha religião...Não sei. Todo mundo ao nosso redor- os empresários, a gravadora, os advogados- me parecia muito sofisticado. Tudo o que eu conhecia antes foi substituído por algo diferente, e isso me deixou bem confuso. Além disso, minha família é muito unida, e foi muito difícil ficar tão longe dela de uma hora pra outra. Do nada, a vida se transformou numa montanha-russa de emoções desconhecidas e incertas. O desafio me fascinava,mas era assustador ao mesmo tempo.

Isso não quer dizer que não tenha sido legal em alguns momentos. Foi. Saíamos os cinco juntos,jogávamos futebol e dávamos risada. Nossas vidas eram muito animadas, e isso nos fez criar um vínculo verdadeiro. Sempre que fazíamos uma música juntos,apesar de não ser do meu estilo, eu curtia a experiência em si, ouvia as novas mixagens dos singles em casa ou no carro, no último volume, sem parar,pensando "Nós conseguimos, porra.Somos nós". Conheci fãs incríveis e nunca conseguirei agradecer o suficiente pelo amor e pelo apoio que me deram durante os momentos bons e os ruins. Sinceramente, posso dizer que me orgulho de muitas coisas da época do One Direction. Não sei se as pessoas sabem disso, mas é verdade. Os discos de platina que recebemos por cada um de nossos álbuns estão pendurados em uma parede da minha casa, bem à vista. O One Direction foi uma experiência incrível por si só e faz parte de mim. É um capítulo essencial da minha história e eu nunca o negarei.

Mas,no que dizia respeito à música,eu não me sentia inspirado. Naquela época, eu ainda estava aprendendo o que funcionava ou não,quase como uma fórmula. Com o passar do tempo,comecei a perceber que o que dava certo para o One Direction como banda não dava certo para mim. Dentro do estúdio, com produtores experientes e um monte de pessoas dando ordens, ficava difícil descobrir qual podia ser a minha contribuição, principalmente no início, quando tudo era tão novo e desconhecido. Olhando para trás, vejo que não estava pronto para ser um artista solo aos dezenove,aos vinte ou aos vinte e um anos. Os cinco anos com a banda foram essenciais para mim. Eu era muito jovem e pude conhecer o mercado. Participei da gravação dos quatro álbuns - Up All Night, Take Me Home, Midnight Memories Four -  e  das respectivas turnês de divulgação, em parceria com pessoas incrivelmente talentosas que me fortaleciam e me mostravam como ser um verdadeiro artista. Testemunhei o trabalho de compositores de sucesso, com os caras ao meu lado. Sempre serei grato por isso.

Só pra constar na ft tem a gigi BUT ela é meio pombo (sorry kevin) e sim eu shippo ziam (nao com todo o meu ser, mas shippo)

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