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Já sentada na maca, Steyce havia passado pela avaliação com o médico e esperava o resultado. O ambiente era cercado por cortinas grossas. Ela sentia-se um pouco desconfortável, todavia sabia que era necessário. O médico analisava tudo de costas para ela, na mesa do consultório improvisado. Uma enfermeira entra, sem aviso e sussurra algo no ouvido do doutor, que fica surpreso.

-Espere aqui, OK? -O médico pede.

-Algo de errado? -Steyce indaga com o cenho franzido.

-Só espere aqui.

O médico sai rapidamente. Steyce começa a analisar a situação. Mentiu nessa avaliação. Ótimo. Iria finalmente ser recrutada para a cadeia!

Ela começa a calçar os sapatos e, sem mais nem menos, um soldado entra na tenda.

Ela fica surpresa e para o que estava fazendo no mesmo instante. Encarando o soldado que parecia estar olhando longe. Um segundo homem entra, mas não era um médico ou soldado, parecida só mais um homem comum. Velho e meio calvo, mas ainda assim comum.

-Nos espere lá fora. -O homem, com sotaque -ah, meu Deus! -alemão avisa ao soldado, que assente e sai.

O homem encara Steyce que se ajeita na cadeira e fica apreensiva. Ele sequer nota e começa a folhear uma pasta que estava em sua mão, a qual Steyce não havia notado antes.

-Hum... -Ele murmura. -Então você quer ir pra guerra matar nazistas?

-Como disse? -Ela indaga, confusa.

O homem sorri e estende a mão.

-Dr. Abraham Erskine. Represento a Reserva Científica Estratégica.

-Steyce Rogers. -Ela murmura ao apertar a mão do homem.

O homem segue para a mesa e Steyce não consegue conter a curiosidade.

-De onde o senhor é?

Ele nem faz rodeios ao responder.

-Do Queens. Rua 73 e Utopia Parkway. Antes disso, Alemanha. -Ele a encara. -Isso lhe preocupa?

-De jeito nenhum. -Ela responde rápido.

-Hum... -Ele analisa a ficha. -Cinco tentativas em cinco estados diferentes...

-Deve ter pegado a ficha errada.

-Não, senhorita Rogers. Não se trata dos exames, mas das 5 tentativas!

Steyce emudece.

-A senhorita não respondeu minha pergunta: quer matar nazistas?

Steyce olha confusa:

-Isso é um teste?

-É sim. -Ele responde.

Steyce para e pensa na resposta certa. Ela nos queria matar ninguém. Na verdade, queria ajudar. Sentia que era seu dever. Sua obrigação.

-Não quero matar ninguém. Não gosto de crueldade, seja de onde venha.

Doutor Abraham assente, devagar e, a medida que balança a cabeça, um sorriso surge em seu rosto.

-Há muitos homens grandes e cruéis... -Abraham comenta, a fazendo sorrir timidamente. -Acho que precisamos de uma mulher pequena.

Steyce alarga o sorriso.

-Vou te dar uma chance. Só uma.

-Aceito. -Ela responde prontamente.

-De onde a mulher pequena vem? De verdade. -Ele dá ênfase nas últimas palavra.

Capitã América - A Primeira VingadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora