Prólogo - O começo de tudo!

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Anos se passavam, e nada mudava, nossa ira pelos Mukamis e Sakamakis nunca mudava, e a dele contra nós não ficava para trás. Durante as Luas de Sangue, ficamos mais fortes, nos juntamos e lutamos contra eles, mas nunca vencemos, isto é o maldito clichê?! Sempre temos a oportunidade de ganhar, mas algo sempre acontece e acaba com tudo, isto é frustrante tanto para mim, quanto para Carla e a nossa matilha. Eu odeio, os odeio do fundo do meu coração, quero que todos estes vampiros imundos queimem no inferno!

Neste momento, cá estou a vasculhar nosso território, eu faço isto sozinho a manhã, e a noite vou com Carla, meu irmão sempre é meio "rude", certamente o contrário de mim, que em vezes sou engraçado, portanto, sou extrovertido, nossa mansão é enorme quanto á dos vampiros, rústica e bela, não deixamos aquele maldito ar de "casa assombrada" invadir nosso lar, ela certamente é iluminada até certo ponto, não chega á ser um tipo de lâmpada que cegaria alguém, é razoável.

Nós, Primeiros Sangue somos temidos, por termos força elevada, inteligência, agilidade, regeneração, e somos cautelosos quando lutamos e caçamos nossas presas.

Pelo contrário dos sangue-sugas, nós não somos sádicos por sangue, ou melhor, somos, mas sentimos fome, nos alimentamos e não precisamos ficar molhando a garganta em vão. Com exceção de Carla, que é muito mais sádico que eu.


...


Já era noite, e os Primeiros Sangue já se preparavam para patrulhar, Carla saiu junto de Shin, se dirigindo á vasta floresta que tinha ao redor de sua enorme mansão. Os mesmos patrulhavam seu território, quando de repente escutam um choro agudo que vinha da direção da rua. Logo Shin deixou sua forma de Lobo para a humana. Carla se mantinha na sua forma normal.

- Não acredito que você vai fazer isso.

- Calma, Carla. - O loiro sorriu para o grisalho, que apenas revirou seus olhos, o perdendo de vista.


[...]


Logo o outro voltou com uma criança em seus braços, Carla arregalou seus olhos de imediato. Antes que o grisalho pudesse falar algo, Shin se pronunciou:

- Vamos ficar com ela! Olha, tem um bilhete aqui também. - Shin mostrou-lhe um bilhete, Carla o pegou com receio e leu, o loiro segurava a criança que parava de chorar e o olhava intensamente. - Fofa!

- Oh céus... - Carla resmungou e jogou o bilhete no chão.

- Vamos cuidar bem dela!

- Vamos?! - Carla perguntou indignado. - Você vai!

- Você vai se apegar, vai, ânimo! - Shin apertava as bochechas da pequena, que sorria de maneira inocente.

Carla soltou um breve suspiro derrotado, ajeitou seu cachecol, fazendo com que cobrisse metade de seu rosto, o grisalho então se aproximou do irmão, e olhou a humana que Shin tinha em mãos.

- Repugnante. - Murmurou e Shin revirou seus olhos.

O loiro fez um gesto para o grisalho, para que saíssem da floresta. E assim fizeram, logo chegaram na mansão e subiram as escadas, adentrando no quarto de Shin. O loiro colocou a humana no centro da cama, que era enorme e macia, a menor olhou para Carla, e sorriu, o grisalho virou seu rosto para o lado enfurecido.

- Banhe ela.

- Eu? - Shin perguntou num tom confuso.

- Mais é claro, quem poderia ser?!!

Shin suspirou entediado, e tirou a fralda branca que envolvia a criança, logo começou a retirar suas vestimentas, deixando a humana nua. Ela ria enquanto se debatia e Shin movia seu rosto conforme a mesma tentava alcançá-lo, logo o loiro levantou-se e foi em direção ao banheiro do seu quarto, a banheira sempre estava cheia e com água morna, o mesmo não tardou á colocar a criança na água, ele a segurava enquanto a mesma batia suas mãozinhas na água, Carla observava na porta, e suspirava a cada vez que percebia que Shin quase deixava a pequena cair e afundar.

O loiro a observava atentamente, poderia até não parecer, mas ele estava prestando atenção nos movimentos da pequena, o mesmo riu ao sentir as mãozinhas da mesma tocarem seu rosto, ela tentou puxar seu tapa-olho, mas Shin desviou e lhe mostrou a língua, a menina, vendo o que o mais velho fez, tentou imitar, Carla sorriu fraco, a humana era fofa e extrovertida, deve ter puxado para Shin, mesmo que não seja de sangue. O grisalho tombou sua cabeça na extremidade da porta, e cobriu mais sua boca.

- Humana repugnante. - Sussurrou.


...


- Finalmente, desisto! - Shin colocou a pequena na cama, com uma toalha aveludada branca envolta da mesma. - Carla, tem roupas para bebês por aqui?

- Eu não sei.

- Caça, ela não vai ficar nua para sempre. - Shin segurava a menina, que dava pulinhos em seu colo, mesmo tendo apenas seis meses de nascida, é bem ativa.

Carla suspirou e saiu do quarto, logo voltou com um saco cheio de roupinhas, jogou o mesmo na cama. Shin não tardou para pegar algo para a pequena, achou um macacão no tom azul bebê e uma fralda descartável. Não demorou muito para a criança estar vestidinha.

- Como ainda tem roupinhas de bebê por aqui? - Shin franziu a testa, enquanto segurava a criança.

- Não sei. - O grisalho fechou seus olhos e sentou-se na beira da cama. - Que nome vai dar para ela..?

Shin arregalou seus olhos com a pergunta do irmão, ele estava levando á sério?

- Emmy! - Shin falou e sorriu para a menina, que pareceu gostar do nome.

- Emmy...

- Fale! - Shin sorriu. - E...m...m...y!

- Idiota, ela não fala, ainda. - Carla suspirou arrastado e Shin bufou.

- Quanto mais cedo, melhor!

Carla levantou-se e saiu do quarto, deixando Emmy e Shin á sós, a mesma estava sonolenta, então, o Tsukinami levantou-se e começou a andar pelo quarto devagar, observando a menina fechar seus olhinhos verdes e soltar um suspiro cansado, logo a mesma adormeceu. Shin, satisfeito, colocou-a em sua cama, posicionou alguns travesseiros ao redor da mesma, para não ter nenhum perigo que a mesma irá cair.

Se distanciou da menor, que agora dormia como um anjinho. O loiro sorriu e se dirigiu até a porta, abriu-a devagar e então a fechou, tentando fazer o minimo som.

- Finalmente...




My Werewolfs - Diabolik LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora