Born To Die

Here We Go Again

N/I: Olá, olá.

Essa fic se trata de uma continuação da fanfic clexa BURN WITH YOU, então quem não leu, leia porque é fundamental para o entendimento dessa nova fic.

Boa leitura

...

- Não... Não... - o garoto chorava compulsivamente sobre o corpo da mulher. Suas mãos sangravam e ele não sabia o que fazer, talvez nem ao menos soubesse o que estava acontecendo. O chão frio da rua vazia o impedia de procurar por ajuda, já que não havia ninguém, ele olhou para o céu escuro da madrugada e gritou o mais alto que pôde -

- Você... vo... você vai.... bem... - as palavras eram cortadas enquanto sua mão trêmula tentava alcançar a mão do garoto - Eles... Eles vão voltar -

- Eu não vou deixar você, não vou! - respondeu o garoto em meio as lágrimas, a mulher negou e segurou o rosto do garoto com as duas mãos -

- Corr... corre... - pediu. O garoto permaneceu ali, a mulher ouviu algo que o garoto pareceu não ouvir - Eles voltaram... corre! -

O garoto olhou para frente e viu o carro descontrolado entrando na rua, um dos homens estava com metade do corpo para fora segurando uma arma apontada para o garoto.

- Eu amo você! - sussurrou o garoto depositando um beijo no rosto da mulher para depois correr -

Enquanto corria ele ouvia os tiros angustiantes, ele se atreveu a olhar para trás e viu que a mulher que já estava à beira da morte recebeu mais e mais tiros, o garoto continuou a correr e correr, apesar das lágrimas que caiam, ele possuía um olhar conhecido, um olhar de raiva e angústia, ele se escondeu detrás de um contêiner de lixo em um beco escuro das costas de um restaurante chinês. Ele abraçou os seus joelhos e descansou sua cabeça ali, o choro foi inevitável, mas ele sabia que não poderia extravasar sua raiva ali, enquanto fechava os olhos ele relembrava a cena que acabara de presenciar. Ele levou uma mão ao bolso traseiro e tirou um pedaço de papel com uma grafia quase que incompreensível, suas mãos trêmulas e ensanguentadas mancharam o papel.

- Octavia Blake? - leu o nome junto com o endereço, ele voltou a guardar o papel e jogou sua cabeça para trás colidindo com o material metálico do contêiner -

...

- Respira Lexa... só respira - pediu tentando acalmar a garota. Lexa fez como Clarke pediu, as mãos da mulher alcançaram os ombros da esposa e os massageou por alguns momentos - Você não tem que fazer isso, sabe, não é? - Clarke queria assegurar de que Lexa estava bem com a situação. Ela respirou fundo e Clarke sabia que Lexa estava pronta - Pronta? -

- Sempre - retrucou -

Clarke tirou as mãos dos ombros de Lexa e sua mão foi para a maçaneta da porta, Lexa se aproximou da mulher e passou um braço ao redor da cintura de Clarke. As duas se olharam e como se estivessem se preparando para entrar em um show, puseram um largo sorriso e abriram a porta.

- ALYCIA! - Lexa logo sentiu seu corpo ser enlaçado em um abraço forte o bastante para deixar Lexa desconfortável. Clarke sorriu com a cena, ela sabia o quanto Lexa estava odiando - Aconteceu alguma coisa? Por que vocês demoraram para abrir? Algo que eu possa ajudar? Estão se sentindo bem? - as perguntas eram disparadas e só o que Lexa conseguia fazer era observar aquela adorável criatura que chegava a ser irritante para a ex-assassina –

Se naquele dia em que Lexa resolveu sumir de New York com Clarke, assumindo uma nova identidade, alguém dissesse que elas acabariam morando em uma cidadezinha desconhecida, com trabalhos entediantes e vizinhos amistosos o bastante para deixar as duas no limite, ela provavelmente preferia ter morrido com Anya. Mas ali estavam as duas, um ano depois de todo o ocorrido em New York, vivendo em uma bela e aconchegante casa sendo anfitriãs daquele almoço.
Clarke ainda observava a garota abraçada à Lexa, dessa vez ela não sorria por educação, ela realmente estava gostando daquela situação que a, agora, a esposa estava.