The Return of Commander of Death

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Lexa estava ao fundo da sala, seus braços cruzados enquanto olhava fixamente para uma equipe de médicos ao redor de Clarke, Murphy vez ou outra olhava para sua amiga, ele sabia o quanto ela estava arrasada, Clarke sem memória seria uma tortura para Lexa, ter a mulher que ama, porém não tê-la completamente. Lexa viu a cirurgiã olhar para trás e a chamar, ela olhou para Murphy e o jornalista a incentivou se aproximar da médica. Os outros dois médicos deram espaço para Lexa se aproximar, a cirurgiã tocou no ombro de Lexa e a direcionou para o lado de Clarke que ainda parecia incerta sobre ter Lexa próxima de si.

- Eliza, eu quero que você me diga se essa mulher causa alguma lembrança em você, mesmo que algo vago, eu quero saber se a presença dela lhe parece familiar – os olhos de Lexa pediam desesperadamente para Clarke reconhecê-la, Lexa tentou tocá-la, porém a médica parou o movimento da jovem, ela sabia que Clarke poderia não se sentir confortável com aquilo – Eliza? – chamou novamente, Clarke parecia hipnotizada por aqueles lindos olhos de Lexa, com a falta de informação em sua mente, Clarke via Lexa com uma garota indefesa –

- Eu sinto muito, eu – Eliza segurou o lençol da cama e o agarrou, ela estava frustrada, ela sentia-se inútil ao não conseguir lembrar nem ao menos de si – Eu não me lembro de nada – respondeu –

- Está tudo bem, querida – disse com um sorriso cheio de compaixão – Vamos precisar fazer mais alguns testes, os últimos, eu prometo. Não se preocupe, não entre em pânico, a perda de memória acontece em muitos casos como o seu, mas não se apavore, muitas pessoas conseguem recuperar as lembranças, porém vou precisar que você tenha paciência – Clarke não respondeu a informação da médica, ela olhou mais uma vez para Lexa que mantinha o mesmo olhar triste – Posso falar com você a sós? – Lexa apenas concordou e saiu da sala com a médica –

Clarke ficou sozinha com o Murphy ao final da sala, ela tentou não olhar para o rapaz estranho então desviou o olhar. O jornalista se aproximou de Clarke e tentou não parecer tão intimidador como sempre foi ao ficar diante de Clarke.

- Como está se sentindo? – depois que Murphy descobriu que Octavia era a traidora e não Clarke, ele passou a não implicar tanto com a loira, sua compaixão era nítida ao ver a mulher –

- Como se eu tivesse perdido a memória – retrucou girando os olhos, Murphy deu um sorriso percebendo que a memoria de Clarke até poderia ter sumido, porém a personalidade irritante ainda estava com a loira – Desculpa – pediu Clarke percebendo que havia sido rude – É que é frustrante não saber quem eu sou ou como minha vida era, ou até mesmo quem são vocês – disse se referindo a Murphy e Lexa –

- Eu sei que eu vou soar como um idiota insensível, mas talvez essa sua perda de memória tenha sido algo bom – o olhar de Clarke poderia facilmente matar o jornalista se estivessem em algum quadrinho –

- Por quê? Eu fiz algo no qual eu tenha que me envergonhar? –

- Não, desculpe, é que eu sou insensível mesmo, a propósito eu sou Murphy – disse tentando parecer o mais simpático possível –

- De acordo com os médicos, eu sou Eliza – respondeu levantando sua mão e Murphy segurou a mão da loira, como se tivessem acabado de se conhecerem – Mas me diz, você é minha família? Amigo? Namorado? – a ultima palavra saiu com um certo desgosto e isso fez Murphy gargalhar –

- Não me encaixo em nenhuma dessas opções, somos amigos por conveniência – respondeu sendo sincero e Clarke gostou da verdade que o jornalista passava – Temos uma relação complicada, uma hora somos melhores amigos, em outras não conseguimos ficar no mesmo lugar ao mesmo tempo –

Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora